Parece que a subscrição de obrigações GES condicionava o crédito aos clientes BES incluindo o montante da própria subscrição. Não entendo é como se prova isso caso a caso e se aceita o que pode porventura não ser verdade por muito que se lhe assemelhe! E realmente também sempre imaginei que a provisão imposta pelo BdP ser constituída para cobertura do risco de incumprimento do devedor e o banco substituir-se-lhe como avalista (e essa qualidade estava juridicamente formalizada?), não subsistiria tendo os donos maioritários do BES declarado falência pois não vejo como os administradores de tais falências vão alhear-se da administração do principal activo do Grupo, o banco, e aceitar satisfazer esse aval.
É claro que toda a actuação do BdP se compreende por o seu Governador não querer ser apodado do mesmo grau de incompetência do seu antecessor, hoje oportuno braço esquerdo de Mário Draghi no BCE! Mas por certo os advogados internacionais cair-lhe-ão em cima, ou no mínimo ao seu indigitado gestor do BES, Victor Bento. Contudo, este claramente está a jogar tanto pelo seguro, que se apresta a avolumar os prejuízos ocorridos e os que provavelmente ocorrerão no próximo futuro.
De modo que, acorrer a um aumento de capital do BES pode revelar-se até um bom negócio em prazo curto. Se ouvi bem a rádio (enquanto tomava chuveiro!, lol) parece que até o Deutsche Bank está interessado em entrar. Acho interessante, porque aliás sempre ouvi dizer que o Deutsche Bank é possível ter grandes prejuízos por desvelar. A ser verdade, eles todos se entendem e finalmente a banca nacional passa de portuguesa a estrangeira, o que sempre me admirou não ter acontecido há muito mais tempo. Contudo, imaginativamente, supunha uma maior permeabilidade a interesses ingleses do que alemães e franceses, mas são estes que se perfilam - a menos que China, Angola, Brasil e Guiné Equatorial não apareçam por aí todos a quererem debicar o moribundo.