Portanto,
agora como é?
A administração do banco foi cooptada pelo Conselho anterior e aceite pelo BdP.
Muito bem. Vai apurar uma situação patrimonial líquida
de todos os prejuízos efectivos e potenciais, imagináveis.
Pergunto, quando reúne a Assembleia Geral de Accionistas?
A holding que detém 25% das acções, o Crédit Agricole,
e os outros accionistas menores
vão aprovar essas contas?
Pergunto também: os administradores da falência controlada
da holding Espírito Santo vao consentir que os credores
de papel comercial do Grupo recebam 100%
dos seus créditos só porque subscreveram
esse papel aos balcões do banco!?
Como é que isso é possível,
se o rateio de reembolsos
só pode respeitar
prioridades
formais
claras?
Ademais, sendo esses credores do Grupo
reembolsados pelo banco, que por sua vez
se lhes substitui como credor da massa falida,
sendo ele próprio activo do património falido,
a conta líquida apura-se como? O activo líquido
do banco é rateado por todos os credores do Grupo,
e só a proporção própria
<crédito do banco sobre o Grupo>/<total dívidas do Grupo a credores>
é aplicada ao seu próprio activo diminutivamente, e o resto
pertença dos demais credores na parte proporcional
do activo do banco a converter em acções?
E se não for nada assim, antes o banco resolvendo mesmo
reembolsar todos os seus clientes que compraram
papel comercial do Grupo, e decidindo
os seus accionistas aumentar
de imediato o capital
e cumprir rácios
exigíveis aos
bancos;
e fazendo-o, pelo autónomo argumento
de que foram avalistas de tais subscrições,
mesmo assim, os credores do Grupo, agora
sob gestão dos administradores de falência,
hão-de querer receber pelo menos em acções
do banco o equivalente ainda por solver que
remanesça após a liquidação dos demais
activos do Grupo. Quem irá então
ficar dono do banco?
Isto é uma grande confusão
e será interessante ver
quem vai comprar!