Há uma linguagem que me parece bastante enganadora neste caso.
É dito que quem suporta os prejuizos e custos da recapitalização são os accionistas e que o Novo Banco não custa nada ao erário público.
Pelo que percebi o tal banco mau quase só tem promessas de crédito mal parado poucas obrigações deve ter. Os accionistas não suportam o prejuizo em consequencia da decisão tomada, já os suportaram até dia da decisão, em que tinham (em média ) 80-90% de perdas e com esta decisão podem perder o resto (mas é apenas 10-20% do que já perderam). O que a recapitalização implica é que accionistas estão fora e foi-lhes vedada a possibilidade de recuperar perdas devido ao possível crescimento do Novo Banco. Pode parecer mais punitivo mas não muda muito relativamente ao caso em era feita uma avaliação do banco se reduzia o capital para esse valor e estado (directamente ou através do tal fundo) metia o restante para perfazer 4.9bilioes. Com uma posição reduzida a 10% seriam precisos (sendo otimista) no mínimo 10 anos para recuperar as perdas.
Na verdade quem suporta os prejuizos é ao novo banco porque aceitou limpar (prescindir) os ativos problematicos sem qq compensação, simplesmente os deu por perdidos. Se tudo correr bem vão aparecer compradores e estdo recupera empréstimo, mas se coisas não correrem assim tão bem é claro que bancos nacionais do fundo de recapitalização não tem 4400bilioes para pagar emprestimo e teria de haver um emprestimo com fundos do estado a esses banco para eles poderem pagar ao estado
Quanto á questão de Angola.
Mesmo no último realtório em face da garantia existente nunca foi constituida provisão, por isso formalmente Angola não era lixo tóxico. No entanto os arquitectos do plano resolveram considera-lo tal e colocar os creditos a Angola no banco mau. A não ser que durante ofim de semana tivessem havido contactos com o JE Santos e este tivesse dito "podem colocar no banco mau que para mim é-me indiferente que minha assinatura seja considerado lixo", colocar esse crédito no banco mau parece-me péssima diplomacia já que foi decidido que documento assinado por presidente de um estado soberano vale zero (e presidente com muitos poderes não apenas de representação). Pode ser verdade mas regras da diplomacia proibem de expressar isso publicamente.
Se esse credito tivesse sido colocado no NovoBanco, diplomacia estaria salva, os accionistas ficariam na mesma ou seriam ainda mais prejudicados (porque sempre havia alguma probabilidade remota de serem reembolsados), e para o NovoBanco também nao os prejudicava porque outra decisão era prescindir desses creditos logo á partida. Alem disso tendo como interlocutor o Novo Banco a coisa ficava quase ao nível de dialogo entre estados e Angola iria ter uma postura um pouco mais construtiva, do que com a comissão liquidatária das dáividas a um bando de malfeitores.