https://observador.pt/opiniao/o-embuste-sistemico/Em resumo, depois de ter desperdiçado uma conjuntura económica excelente sem ter feito uma única reforma, tendo aliás promovido tudo aquilo que impede qualquer reforma, António Costa prepara-se para fazer mais uma geringonça, ou seja criar uma engrenagem que permita manter o PS no poder A regionalização vai ser o cimento dessa geringonça. Costa terá um aliado venerando e obrigado na figura de Rui Rio. Obviamente a regionalização não resolverá problema algum do país e acrescentará camadas na máquina do Estado. Mas o embuste da regionalização vai distrair o país de si mesmo.
pelo visto ainda tem bulgaria que e mais pobre!
O embuste do racismo sistémico. É dos livros: os peritos da ONU que visitam Portugal partem sempre chocados. Os últimos chocaram-se com a presença do “passado colonial” e afiançam que “Portugal ainda tem uma narrativa colonial tóxica”. Já tivemos peritos da ONU chocados com a austeridade ou com os despejos (infelizmente nunca se chocaram com as medidas que levaram o país à falência ou com as consequências do congelamento das rendas). Agora, e como não podia deixar de ser, temos os peritos da ONU chocados com o racismo em Portugal. Afinal para cada fase da agenda da esquerda temos os peritos da ONU adequados!
Para compor o ramalhete das indignações à medida, em tudo o que mexia estes peritos entreviram racismo: morreu um preso numa cadeia portuguesa? É racismo.
Um táxi recusa-se a entrar na Cova da Moura? É racismo.
A propósito desta ida de táxi à Cova da Moura não posso deixar de sugerir aos peritos que da próxima vez que vierem a Portugal se instalem num hotel próximo da Cova da Moura. Desse modo constatarão os inúmeros problemas que afectam os residentes da zona sejam eles afrodescendentes, celtiberodescendentes ou visigododescendentes: insegurança em algumas ruas; falta de transportes públicos; um centro de saúde a funcionar num prédio de habitação; uma saída da estação de comboio (a da Damaia) fechada (há mais de dez anos!!!) precisamente para o lado da Cova da Moura e da Damaia de Cima… (A outra sugestão é que aproveitem a permanência nessa zona para abordarem as diversas expressões do racismo entre afrodescendentes e entre afrodescendentes e ciganos. Acreditem que vão ter matéria para vários relatórios.)
Se queremos mesmo proteger as crianças temos de falar de bronquiolites e não de COVID. Mas é como se nas perguntas dos jornalistas e nas respostas dos políticos apenas existisse espaço para a COVID. O embuste tornou-se o novo normal.