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Autor Tópico: Subsídios ao cinema  (Lida 45988 vezes)

Incognitus

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #60 em: 2012-12-31 16:34:10 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
 
 
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #61 em: 2012-12-31 16:41:31 »
Outra coisa - não podemos esperar dos actores políticos uma auto-limitação daquilo em que o Estado se mete, porque o seu poder é directamente proporcional aos recursos que captam e de seguida distribuem. É contra-natura um tal sistema autolimitar-se.
 
Isto contribui par a par com a pressão dos milhares de diferentes interesses para irem ao bolo.
 
Existem apenas 3 variáveis que jogam contra esta expansão contínua:
1) A paciência dos credores (na medida em que parte dos gastos são financiados recorrendo a dívida (já aqui chegámos);
2) A paciência dos contribuintes (esta muito mais fácil de vencer que a dos credores, pois o Estado tem o monopólio da violência);
3) A incapacidade dos contribuintes (à medida que o Estado continua a retirar-lhes uma fatia cada vez maior dos seus recursos, estes deixam simplesmente de conseguir atender a todas as suas necessidades - nós estaremos agora a entrar neste ponto, em que as pessoas na prática perdem casas e carros devido à acção do Estado, etc).
« Última modificação: 2012-12-31 16:42:01 por Incognitus »
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #62 em: 2012-12-31 16:42:05 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #63 em: 2012-12-31 16:44:24 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.

Os interesses gerais são razoavelmente fáceis de ver. São aqueles que na ausência de um Estado não são cumpridos e ferem gravemente a vida das pessoas.
 
Uma RTP, TAP, Manoel Oliveira, Tiago Monteiro, etc, nada têm de interesse geral. Na ausência de financiamento aos mesmos, as pessoas continuam a ter TV, transporte aéreo, cinema, desporto motorizado ...
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #64 em: 2012-12-31 16:50:14 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.

Os interesses gerais são razoavelmente fáceis de ver. São aqueles que na ausência de um Estado não são cumpridos e ferem gravemente a vida das pessoas.
 
Uma RTP, TAP, Manoel Oliveira, Tiago Monteiro, etc, nada têm de interesse geral. Na ausência de financiamento aos mesmos, as pessoas continuam a ter TV, transporte aéreo, cinema, desporto motorizado ...
e desaparece a identidade nacional.
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #65 em: 2012-12-31 16:55:39 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.

Os interesses gerais são razoavelmente fáceis de ver. São aqueles que na ausência de um Estado não são cumpridos e ferem gravemente a vida das pessoas.
 
Uma RTP, TAP, Manoel Oliveira, Tiago Monteiro, etc, nada têm de interesse geral. Na ausência de financiamento aos mesmos, as pessoas continuam a ter TV, transporte aéreo, cinema, desporto motorizado ...
e desaparece a identidade nacional.

Tal como disse, os interesses particulares sempre avançam um suposto interesse geral como bom motivo. Aqui por exemplo tu invocas a "identidade nacional", algo etéreo e impossível de falsificar, mas simultaneamente absurdo porque nada indica que a "identidade nacional" desapareça na ausência de uma RTP, TAP, MO ou Tiago Monteiro - até porque já existia identidade nacional antes do aparecimento de qualquer uma dessas coisas.
 
No entanto, é um bom exemplo de como os vários interesses são defendidos. É essa a técnica.
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #66 em: 2012-12-31 16:58:49 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?

O Estado pode cobrar impostos e estabelecer regras e tomar medidas. Não existe nada que limite que regras e medidas são tomadas. O Estado é criado para estabelecer regras e sistemas gerais que aproveitam a toda a sociedade e que seriam difíceis ou impossíveis de ser implementados sem a sua existência. Porém, de seguida, imensos interesses particulares tomam conta dessa capacidade de cobrar impostos e tomar medidas, para a coberto do interesse geral, financiarem interesses muito específicos com os recursos de todos mesmo onde tal acção já não necessitaria de Estado nenhum para acontecer.
 
Ou seja, não existe nada no cinema ou desporto motorizado ou algo assim que necessite da existência de um Estado para acontecer desde que os interessados o financiem, porém para esses interessados é muito mais interessante obrigar todos a pagar as suas opções.
 
É só isso. E quem diz cinema, desportos motorizados, diz também milhares de outros interesses. A corrupção que existe passa por isso mesmo - por vender algo ao Estado a preços acima do mercado (ou para o qual não exista mercado), ou por criar um sistema de licenças no Estad que atribua valor à sua obtenção limitando os entrantes, e de seguida corrompendo esse sistema.
 
No fundo a razão pela qual um MO faz filmes neste momento, é apenas para ter um motivo para cobrar coercivamente 700k a todos os Portugueses. Obviamente isto nunca será reconhecido excepto em círculos muito estritos, que provavelmente até se riem da coisa e dizem "nunca pensei que isto desse tanto", como eu já ouvi (não acerca do MO mas acerca de outra coisa do género).
Mas se numa ditadura esse estado de coisas exigiria uma revolução, uma democracia tem os mecanismos inerentes para acabar com isso.
E a alternativa até pode ser o que advogas, mas terá de passar pelo processo democrático (ou fazes uma revolução).
Acho que é necessário separar as duas coisas: o despesismo e o clientelismo que gravita em volta do estado; o caso particula do MO.
Misturar as duas só cria confusão e estando as coisas pessoalizadas então a psicologia do atirar pedras e  arrastar pela lama vem logo ao de cima.



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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #67 em: 2012-12-31 17:04:01 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?

O Estado pode cobrar impostos e estabelecer regras e tomar medidas. Não existe nada que limite que regras e medidas são tomadas. O Estado é criado para estabelecer regras e sistemas gerais que aproveitam a toda a sociedade e que seriam difíceis ou impossíveis de ser implementados sem a sua existência. Porém, de seguida, imensos interesses particulares tomam conta dessa capacidade de cobrar impostos e tomar medidas, para a coberto do interesse geral, financiarem interesses muito específicos com os recursos de todos mesmo onde tal acção já não necessitaria de Estado nenhum para acontecer.
 
Ou seja, não existe nada no cinema ou desporto motorizado ou algo assim que necessite da existência de um Estado para acontecer desde que os interessados o financiem, porém para esses interessados é muito mais interessante obrigar todos a pagar as suas opções.
 
É só isso. E quem diz cinema, desportos motorizados, diz também milhares de outros interesses. A corrupção que existe passa por isso mesmo - por vender algo ao Estado a preços acima do mercado (ou para o qual não exista mercado), ou por criar um sistema de licenças no Estad que atribua valor à sua obtenção limitando os entrantes, e de seguida corrompendo esse sistema.
 
No fundo a razão pela qual um MO faz filmes neste momento, é apenas para ter um motivo para cobrar coercivamente 700k a todos os Portugueses. Obviamente isto nunca será reconhecido excepto em círculos muito estritos, que provavelmente até se riem da coisa e dizem "nunca pensei que isto desse tanto", como eu já ouvi (não acerca do MO mas acerca de outra coisa do género).
Mas se numa ditadura esse estado de coisas exigiria uma revolução, uma democracia tem os mecanismos inerentes para acabar com isso.
E a alternativa até pode ser o que advogas, mas terá de passar pelo processo democrático (ou fazes uma revolução).
Acho que é necessário separar as duas coisas: o despesismo e o clientelismo que gravita em volta do estado; o caso particula do MO.
Misturar as duas só cria confusão e estando as coisas pessoalizadas então a psicologia do atirar pedras e  arrastar pela lama vem logo ao de cima.

O despesismo e clientelismo e o MO são uma e a mesma coisa, apenas não te parecem assim porque no caso podes concordar conceptualmente com financiarem-se coisas como o MO.
 
Sendo que financiar coisas como o MO é perfeitamente possível fora do contexto do Estado, deverias perguntar-te porque é que tem que ser feito dentro do Estado.
 
Existem coisas que:
1) Só são possíveis com um Estado;
2) São possíveis de providenciar fora do Estado mas teriam que ser financiadas pelo Estado;
3) São possíveis fora do Estado e não têm que ser financiadas pelo Estado para acontecerem. É o caso do MO. É destes casos que eu falo. Também é o caso da RTP, TAP, Tiago Monteiro, etc.
 
(eu não creio que isto se vá alterar democraticamente, porque as pessoas não votam realmente para financiar MOs e afins, simplesmente é algo que depois de eleitos, os governos fazem - os governos além do interesse geral, alimentam milhares de interesses particulares. Os próprios partidos existem devido à conjugação desses interesses particulares a um nível mais baixo, o dos indivíduos que procuram tachos)
 
(além disso a esmagadora maioria das pessoas não liga o que quer do Estado ao que tem que pagar para o Estado, e pensa sempre que existe alguém "mais rico" que tem obrigação de pagar tudo. Aliás, isto na época presente até se torna ridículo com as pessoas melhor remuneradas do país a pensarem assim mesmo - a pensarem que deveria ser alguém que recebe AINDA mais que eles, a pagar tudo)
« Última modificação: 2012-12-31 17:07:50 por Incognitus »
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #68 em: 2012-12-31 17:09:20 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.

Os interesses gerais são razoavelmente fáceis de ver. São aqueles que na ausência de um Estado não são cumpridos e ferem gravemente a vida das pessoas.
 
Uma RTP, TAP, Manoel Oliveira, Tiago Monteiro, etc, nada têm de interesse geral. Na ausência de financiamento aos mesmos, as pessoas continuam a ter TV, transporte aéreo, cinema, desporto motorizado ...
e desaparece a identidade nacional.

Tal como disse, os interesses particulares sempre avançam um suposto interesse geral como bom motivo. Aqui por exemplo tu invocas a "identidade nacional", algo etéreo e impossível de falsificar, mas simultaneamente absurdo porque nada indica que a "identidade nacional" desapareça na ausência de uma RTP, TAP, MO ou Tiago Monteiro - até porque já existia identidade nacional antes do aparecimento de qualquer uma dessas coisas.
 
No entanto, é um bom exemplo de como os vários interesses são defendidos. É essa a técnica.

concordas que os monumentos são parte da identidade nacional? Não são etéreos, são uma marca da identidade nacional.
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #69 em: 2012-12-31 17:16:41 »
Porque é que há de haver sempre uns iluminados a deciderem o que é bom para mim ? Serei assim tão estúpido ?

 - Não gosto de bola e os iluminados tiraram-me dinheiro dos meus impostos para construir estádios em que nunca lá pus os pés.

- Não gosto de carridas de carros e os iluminados titram-me dinheiro dos meus impostos para pagar autodromos falidos, em que nunca pus lá os pés.

- Gosto de tumbling e nem um centimo dos meus impostos foram aplicados nesta modalidade e se quis que os meus filhos a praticassem tive que me cotizar com os outros pais para comprar tapetes.

É preciso realmente ser-se iluminado para decidir o que eu gosto e o que eu devo contribuir ou não ... este é que tinha razão ...   http://pt.wikipedia.org/wiki/Animal_Farm   

http://www.infopedia.pt/$o-triunfo-dos-porcos


Só por curiosidade. Também construiram ginásio, ou adaptaram instalações próprias para esse efeito?


É um ginásio feito com o dinheiro dos empregados de uma grande empresa  ao qual pagamos uma quantia simbólica.
« Última modificação: 2012-12-31 17:18:15 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Incognitus

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #70 em: 2012-12-31 17:19:41 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.

Os interesses gerais são razoavelmente fáceis de ver. São aqueles que na ausência de um Estado não são cumpridos e ferem gravemente a vida das pessoas.
 
Uma RTP, TAP, Manoel Oliveira, Tiago Monteiro, etc, nada têm de interesse geral. Na ausência de financiamento aos mesmos, as pessoas continuam a ter TV, transporte aéreo, cinema, desporto motorizado ...
e desaparece a identidade nacional.

Tal como disse, os interesses particulares sempre avançam um suposto interesse geral como bom motivo. Aqui por exemplo tu invocas a "identidade nacional", algo etéreo e impossível de falsificar, mas simultaneamente absurdo porque nada indica que a "identidade nacional" desapareça na ausência de uma RTP, TAP, MO ou Tiago Monteiro - até porque já existia identidade nacional antes do aparecimento de qualquer uma dessas coisas.
 
No entanto, é um bom exemplo de como os vários interesses são defendidos. É essa a técnica.

concordas que os monumentos são parte da identidade nacional? Não são etéreos, são uma marca da identidade nacional.

Eu concordo, talvez existam pessoas que não concordem, pelo que defenderia que os mesmos fossem protegidos por quem concorda e, tanto quanto possível, por mecenas e patrocínios bem como usando as receitas que geram.
 
Adicionalmente, não vejo o objectivo de remunerar faustamente quem trabalha num museu ou monumento, como hoje se faz.
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #71 em: 2012-12-31 17:23:18 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?

O Estado pode cobrar impostos e estabelecer regras e tomar medidas. Não existe nada que limite que regras e medidas são tomadas. O Estado é criado para estabelecer regras e sistemas gerais que aproveitam a toda a sociedade e que seriam difíceis ou impossíveis de ser implementados sem a sua existência. Porém, de seguida, imensos interesses particulares tomam conta dessa capacidade de cobrar impostos e tomar medidas, para a coberto do interesse geral, financiarem interesses muito específicos com os recursos de todos mesmo onde tal acção já não necessitaria de Estado nenhum para acontecer.
 
Ou seja, não existe nada no cinema ou desporto motorizado ou algo assim que necessite da existência de um Estado para acontecer desde que os interessados o financiem, porém para esses interessados é muito mais interessante obrigar todos a pagar as suas opções.
 
É só isso. E quem diz cinema, desportos motorizados, diz também milhares de outros interesses. A corrupção que existe passa por isso mesmo - por vender algo ao Estado a preços acima do mercado (ou para o qual não exista mercado), ou por criar um sistema de licenças no Estad que atribua valor à sua obtenção limitando os entrantes, e de seguida corrompendo esse sistema.
 
No fundo a razão pela qual um MO faz filmes neste momento, é apenas para ter um motivo para cobrar coercivamente 700k a todos os Portugueses. Obviamente isto nunca será reconhecido excepto em círculos muito estritos, que provavelmente até se riem da coisa e dizem "nunca pensei que isto desse tanto", como eu já ouvi (não acerca do MO mas acerca de outra coisa do género).
Mas se numa ditadura esse estado de coisas exigiria uma revolução, uma democracia tem os mecanismos inerentes para acabar com isso.
E a alternativa até pode ser o que advogas, mas terá de passar pelo processo democrático (ou fazes uma revolução).
Acho que é necessário separar as duas coisas: o despesismo e o clientelismo que gravita em volta do estado; o caso particula do MO.
Misturar as duas só cria confusão e estando as coisas pessoalizadas então a psicologia do atirar pedras e  arrastar pela lama vem logo ao de cima.

O despesismo e clientelismo e o MO são uma e a mesma coisa, apenas não te parecem assim porque no caso podes concordar conceptualmente com financiarem-se coisas como o MO.
 
Sendo que financiar coisas como o MO é perfeitamente possível fora do contexto do Estado, deverias perguntar-te porque é que tem que ser feito dentro do Estado.
 
Existem coisas que:
1) Só são possíveis com um Estado;
2) São possíveis de providenciar fora do Estado mas teriam que ser financiadas pelo Estado;
3) São possíveis fora do Estado e não têm que ser financiadas pelo Estado para acontecerem. É o caso do MO. É destes casos que eu falo. Também é o caso da RTP, TAP, Tiago Monteiro, etc.
 
(eu não creio que isto se vá alterar democraticamente, porque as pessoas não votam realmente para financiar MOs e afins, simplesmente é algo que depois de eleitos, os governos fazem - os governos além do interesse geral, alimentam milhares de interesses particulares. Os próprios partidos existem devido à conjugação desses interesses particulares a um nível mais baixo, o dos indivíduos que procuram tachos)
 
(além disso a esmagadora maioria das pessoas não liga o que quer do Estado ao que tem que pagar para o Estado, e pensa sempre que existe alguém "mais rico" que tem obrigação de pagar tudo. Aliás, isto na época presente até se torna ridículo com as pessoas melhor remuneradas do país a pensarem assim mesmo - a pensarem que deveria ser alguém que recebe AINDA mais que eles, a pagar tudo)

Há duas conclusões que consigo tirar: a primeira  é que não acreditas numa sociedade baseada num estado democrático, e a segunda é que estás pessimista quanto á natureza humana que se move espicaçada pela mola da inveja.
Não há alternativas mas se a minha interpretação está correcta, a filosofia não andará muito longe dos impulsos que levaram ao comunismo: destruir a sociedade opressora existente e criar um homem novo.



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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #72 em: 2012-12-31 17:28:46 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?
É o mesmo mecanismo que faz funcionar uma democracia representativa.

Não - é o aproveitar da democracia para avançar interesses particulares, vestindo-os de interesses gerais.
Um interesse geral é por exemplo uma estrada. Ora eu pago para andar na estrada. pelo que não há interesses gerais a não ser na educação e saude.

Os interesses gerais são razoavelmente fáceis de ver. São aqueles que na ausência de um Estado não são cumpridos e ferem gravemente a vida das pessoas.
 
Uma RTP, TAP, Manoel Oliveira, Tiago Monteiro, etc, nada têm de interesse geral. Na ausência de financiamento aos mesmos, as pessoas continuam a ter TV, transporte aéreo, cinema, desporto motorizado ...
e desaparece a identidade nacional.

Tal como disse, os interesses particulares sempre avançam um suposto interesse geral como bom motivo. Aqui por exemplo tu invocas a "identidade nacional", algo etéreo e impossível de falsificar, mas simultaneamente absurdo porque nada indica que a "identidade nacional" desapareça na ausência de uma RTP, TAP, MO ou Tiago Monteiro - até porque já existia identidade nacional antes do aparecimento de qualquer uma dessas coisas.
 
No entanto, é um bom exemplo de como os vários interesses são defendidos. É essa a técnica.

concordas que os monumentos são parte da identidade nacional? Não são etéreos, são uma marca da identidade nacional.

Eu concordo talvez existam pessoas que não concordem, pelo que defenderia que os mesmos fossem protegidos por quem concorda e, tanto quanto possível, por mecenas e patrocínios bem como usando as receitas que geram.
 
Adicionalmente, não vejo o objectivo de remunerar faustamente quem trabalha num museu ou monumento, como hoje se faz.
O MO é um monumento nacional e é pago como todos os monumentos. Com o dinheiro de todos nós. Repara que o homem já tem 100 anos. :D
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #73 em: 2012-12-31 17:30:56 »
concordas que os monumentos são parte da identidade nacional? Não são etéreos, são uma marca da identidade nacional.
Os monumentos alimentam muitas industrias, não só a do turismo directamente, mas todas as que gravita à volta do turismo. São as chamadas externalidades. É basicamente como um aeroporto ou um porto, muitas das estradas e algumas autoestradas.

Em relação ao cinema o argumento presumo que seja o de trazer também desenvolvimento suficiente para justificar os milhões que lá são despejados. Custa a acreditar, contudo, uma vez que o realizador que mais milhões recebeu não conseguiu meter um único filme no top40 dos últimos 8 anos.

Incognitus

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #74 em: 2012-12-31 17:31:20 »
Pensei que tinha começado a perceber, mas voltei á estaca zero.
Qual é o " mecanismo para expurgar recursos a terceiros para avançar interesses particulares"?
Não tem possibilidade de correcção? É final e inequóvoco uma decisão arbitral num jogo de futebol?

O Estado pode cobrar impostos e estabelecer regras e tomar medidas. Não existe nada que limite que regras e medidas são tomadas. O Estado é criado para estabelecer regras e sistemas gerais que aproveitam a toda a sociedade e que seriam difíceis ou impossíveis de ser implementados sem a sua existência. Porém, de seguida, imensos interesses particulares tomam conta dessa capacidade de cobrar impostos e tomar medidas, para a coberto do interesse geral, financiarem interesses muito específicos com os recursos de todos mesmo onde tal acção já não necessitaria de Estado nenhum para acontecer.
 
Ou seja, não existe nada no cinema ou desporto motorizado ou algo assim que necessite da existência de um Estado para acontecer desde que os interessados o financiem, porém para esses interessados é muito mais interessante obrigar todos a pagar as suas opções.
 
É só isso. E quem diz cinema, desportos motorizados, diz também milhares de outros interesses. A corrupção que existe passa por isso mesmo - por vender algo ao Estado a preços acima do mercado (ou para o qual não exista mercado), ou por criar um sistema de licenças no Estad que atribua valor à sua obtenção limitando os entrantes, e de seguida corrompendo esse sistema.
 
No fundo a razão pela qual um MO faz filmes neste momento, é apenas para ter um motivo para cobrar coercivamente 700k a todos os Portugueses. Obviamente isto nunca será reconhecido excepto em círculos muito estritos, que provavelmente até se riem da coisa e dizem "nunca pensei que isto desse tanto", como eu já ouvi (não acerca do MO mas acerca de outra coisa do género).
Mas se numa ditadura esse estado de coisas exigiria uma revolução, uma democracia tem os mecanismos inerentes para acabar com isso.
E a alternativa até pode ser o que advogas, mas terá de passar pelo processo democrático (ou fazes uma revolução).
Acho que é necessário separar as duas coisas: o despesismo e o clientelismo que gravita em volta do estado; o caso particula do MO.
Misturar as duas só cria confusão e estando as coisas pessoalizadas então a psicologia do atirar pedras e  arrastar pela lama vem logo ao de cima.

O despesismo e clientelismo e o MO são uma e a mesma coisa, apenas não te parecem assim porque no caso podes concordar conceptualmente com financiarem-se coisas como o MO.
 
Sendo que financiar coisas como o MO é perfeitamente possível fora do contexto do Estado, deverias perguntar-te porque é que tem que ser feito dentro do Estado.
 
Existem coisas que:
1) Só são possíveis com um Estado;
2) São possíveis de providenciar fora do Estado mas teriam que ser financiadas pelo Estado;
3) São possíveis fora do Estado e não têm que ser financiadas pelo Estado para acontecerem. É o caso do MO. É destes casos que eu falo. Também é o caso da RTP, TAP, Tiago Monteiro, etc.
 
(eu não creio que isto se vá alterar democraticamente, porque as pessoas não votam realmente para financiar MOs e afins, simplesmente é algo que depois de eleitos, os governos fazem - os governos além do interesse geral, alimentam milhares de interesses particulares. Os próprios partidos existem devido à conjugação desses interesses particulares a um nível mais baixo, o dos indivíduos que procuram tachos)
 
(além disso a esmagadora maioria das pessoas não liga o que quer do Estado ao que tem que pagar para o Estado, e pensa sempre que existe alguém "mais rico" que tem obrigação de pagar tudo. Aliás, isto na época presente até se torna ridículo com as pessoas melhor remuneradas do país a pensarem assim mesmo - a pensarem que deveria ser alguém que recebe AINDA mais que eles, a pagar tudo)

Há duas conclusões que consigo tirar: a primeira  é que não acreditas numa sociedade baseada num estado democrático, e a segunda é que estás pessimista quanto á natureza humana que se move espicaçada pela mola da inveja.
Não há alternativas mas se a minha interpretação está correcta, a filosofia não andará muito longe dos impulsos que levaram ao comunismo: destruir a sociedade opressora existente e criar um homem novo.

Acredito numa sociedade democrática mas penso que o sistema democrático tem que ter limites muito estritos sobre aquilo que pode decidir. Não faço ideia de como impor esses limites porque a natureza humana é tal que utilizará todos os mecanismos que possam servir para tirar recursos ao próximo sem contrapartida.
 
Um sistema que se baseia em trocas voluntárias é o melhor que se pode arranjar para limitar esse efeito da natureza humana, simplesmente porque duas pessoas têm que concordar na transacção, o que na esmagadora maioria dos casos implicará uma transacção pelo menos com alguma medida de justiça. Mesmo num tal sistema uns tentarão enganar os outros, não cumprir, etc. No entanto essas falhas empalidecem perto das geradas por um sistema em que tal contrapartida voluntária não tenha sequer que existir.
 
Existem 3 outras coisas que poderiam curar a maior parte dos vícios do sistema democrático:
1) Cláusulas de opting-out na maior parte dos sistemas, sujeitas a um cuidado com a selecção adversa;
2) Trazer o poder o mais para baixo possível (o mais para o nível local possível), onde as pessoas o possam influenciar mais;
3) Ligar o mais possível os custos do que se acha que deve ser apoiado aos proveitos, tornar os custos mais óbvios. Eventualmente cobrar em tempo a quem não consegue pagar em dinheiro, para que mesmo os recipientes das benesses do Estado compreendam o seu custo.
« Última modificação: 2012-12-31 17:35:33 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Automek

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #75 em: 2012-12-31 17:33:37 »
Dentro do sistema democrático o sistema referendário parecido aos Suiços consegue ser ligeiramente melhor, IMO.

jeab

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #76 em: 2012-12-31 17:34:20 »
sim, é por isso que há tanto monumento em ruinas. não fazem parte da nossa história e epor isso tendem a desaparecer.

Existe até outro modo de financiar muitos Monumentos e temos um óptimo exemplo nos Castelos e Fortes deste País transformados em Pousadas e Museus.

Uma das minhas maiores tristezas no passado, quando comecei a residir em Setúbal, era visitar o Castelo de Palmela, de Alcácer-do-Sal ,o Forte de S. Filipe em Setúbal e o Forte do Portinho da Arrábida, num estado de degradação tal, que o de Alcácer servia de WC às pessoas que por lá passavam.

Hoje em dia é com satisfação que os visito, estando todos transformados em Pousadas, excepto o Forte do Portinho que é actualmente o Museu Oceanográfico pertencente à Reserva Marítima da Arrábida.
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #77 em: 2012-12-31 17:38:31 »
Tatankov,
 
Dito de outra forma, eu não defendo um sistema que produza o resultado X ou Y. Eu defendo um sistema que respeite as opções das pessoas e as trate por igual, sendo certo que desde que a pertença a um qualquer outro sistema que funcione segundo outros princípios seja voluntária, não vejo qualquer problema nisso. Ou seja, não vejo qualquer problema em as pessoas pertencerem voluntariamente a uma qualquer associação cujo objectivo seja encher os bolsos do MO.
 
Tu, pelo contrário, defendes um sistema que produza apoios ao que achas que na tua opinião deve ser apoiado, que não apoie o que achas que não deve ser apoiado, e que faça esses apoios através da retirada coerciva de recursos à generalidade da população, inviabilizando que essa mesma população dirija esses recursos para as suas próprias opções.

Incognitus, eu não entendo o teu sistema alternativo.
Se passa simplesmente por ser um sistema "indexado" á bilheteira, alimentando "bolos&bolinhos" e "morangos com açúcar", mais vale deixares-te estar quieto.
A área da cultura, é uma area em que a intervenção do estado, não se pode reger por esses moldes que defendes. Se forem perguntar aos portugueses se querem de livre vontade dar 2€ todos os anos, para a preservação do Mosteiro da Batalha, achas que alguém vai contribuir?
e porque é que cada um devia pagar 2€ para preservar o mosteiro? quem quer ir lá que pague a entrada...e quem recebe esse dinheiro ou mantem o mosteiro ou deixa de o receber...

Hehehe, temos aqui mais um camarada, que não se importava de abolir o português das escolas, mudar o nome do país, queimar a bandeira, mandar abaixo mosteiros e castelos, etc, etc....
não disse para se destruir o património, mas não acho que se deva manter um mosteiro se ele não gerar receita com as pessoas que querem lá ir, o património que não se aguenta só com visitas é porque não é um grande exemplar do seu tempo e vão acabar por ficar em ruínas...

as pessoas vêm morangos com açúcar e esse tipo de coisas porque a vida da maioria dos portugueses é pouco mais do que o relacionamento que têm uns com os outros...raramente saiem das suas rotinas trabalho-casa e não têm grandes hipóteses de melhorar ter um trabalho minimamente decente por causa das taxas que os camaradas inventam, e não serve de nada o país ter uma cultura se a maioria das pessoas não a conhece porque não tem recursos ou vontade para isso

Smog

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #78 em: 2012-12-31 17:56:11 »
sim, é por isso que há tanto monumento em ruinas. não fazem parte da nossa história e epor isso tendem a desaparecer.

Existe até outro modo de financiar muitos Monumentos e temos um óptimo exemplo nos Castelos e Fortes deste País transformados em Pousadas e Museus.

Uma das minhas maiores tristezas no passado, quando comecei a residir em Setúbal, era visitar o Castelo de Palmela, de Alcácer-do-Sal ,o Forte de S. Filipe em Setúbal e o Forte do Portinho da Arrábida, num estado de degradação tal, que o de Alcácer servia de WC às pessoas que por lá passavam.

Hoje em dia é com satisfação que os visito, estando todos transformados em Pousadas, excepto o Forte do Portinho que é actualmente o Museu Oceanográfico pertencente à Reserva Marítima da Arrábida.
Conheço e acho bem que se paguem 2 £ para visitar o forte do Portinho onde estive antas de ontem. :P
wild and free

itg00022289

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Re:Subsídios ao cinema
« Responder #79 em: 2013-01-03 15:47:32 »
Citar
«Balas e Bolinhos 3» é o filme português mais visto de 2012

Num ano com quase 30 estreias de filmes portugueses, o mais visto foi «Balas & Bolinhos: O Último Capítulo», seguido de perto por «Morangos com Açucar - O Filme». Eis os números completos do cinema nacional em 2012.

   
É muito raro acontecer mas este ano é uma excepção: há dois filmes portugueses entre os 15 mais vistos nas salas de cinema nacionais ao longo do ano. «Balas & Bolinhos: O Último Capítulo» e «Morangos com Açucar: O Filme» são, respectivamente o 12 e 13º filmes mais vistos em 2012 no grande ecrã no nosso país, à frente de «blockbusters» como «O Fantástico Homem-Aranha», «Branca de Neve e o Caçador» ou «Os Jogos da Fome». Os dados são do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), contabilizados entre 1 de janeiro e 26 de dezembro de 2012 (faltam ainda apurar os últimos cinco dias do ano, mas as variações serão mínimas tendo em conta que não houve estreias de filmes portugueses em dezembro).

«Balas & Bolinhos: O Último Capítulo» teve 255.548 espetadores e «Morangos com Açucar - O Filme» conseguiu 236.856. Note-se que ambos os filmes foram feitos sem o apoio do estado.

Entre os mais vistos segue-se «Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus», com 50.740 bilhetes vendidos, «Linhas de Wellington», com 49.434, e «Florbela», com 40.875 espectadores. As nove fitas mais vistas (incluindo a co-produção «Cosmopolis») ultrapassaram as 10 mil entradas, o que é uma raridade no cinema nacional. Entre elas inclui-se o multi-distinguido «Tabu», de Miguel Gomes, que vendeu 21.169 bilhetes em Portugal mas já teve mais de 100 mil espetadores em França.

Eis a lista completa de estreias e resultados do cinema português em 2012:

1 - «Balas & Bolinhos: Último Capítulo» - 255.548 espetadores

2 - «Morangos com Açucar: O Filme» - 236.856 espetadores

3 - «Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus»: 50.740 espetadores

4 - «Linhas de Wellington» - 49.3434 espetadores

5 - «Florbela» - 40.875 espetadores

6 - «Cosmopolis» - 29.944 espetadores

7 - «Tabu» - 21.169 espetadores

8 - «Assim Assim» - 11.726 espetadores

9 - «Capitães da Areia» - 11.691 espetadores

10 - «Operação Outono» - 7.159 espetadores

11 - «O Gebo e a Sombra» - 5.983 espetadores

12 - «A Teia de Gelo» - 5.085 espetadores

13 - «É na Terra Não é na Lua» - 3.838 espetadores

14 - «Estrada de Palha» - 2.868 espetadores

15 - «O que há de Novo no Amor?» - 2.851 espetadores

16 - «Linha Vermelha» - 2.818 espetadores

17 - «Deste Lado da Ressurreição» - 2.212 espetadores

18 - «A Vingança de uma Mulher» - 1.176 espetadores

19 - «Em Câmara Lenta» - 1.167 espetadores

20 - «A Moral Conjugal» - 1.069 espetadores

21 - «Bonsai» - 930 espetadores

22 - «Paixão» - 846 espetadores

23 - «Desalinhado» - 774 espetadores

24 - «Cartas de Angola» - 381 espetadores

25 - «Orquestra Geração» - 349 espetadores

26 - «Kolá San Jon é Festa di Kau Berdi» - 294 espetadores

27 - «Swans» - 154 espetadores

28 - «País do Desejo» - 76 espetadores

29 - «Berlenga - A Ilha do Farol» - 26 espetadores

Também estrearam três curtas-metragens portuguesas, duas delas em complemento de longas-metragens: «Rafa», exibido com «Nana», que teve 2.011 espetadores; «O Dia Mais Feliz da Tua Vida», exibido com «Em Câmara Lenta», que teve 1.167 espetadores, e «Ensaio», que teve 195 espetadores.

Luís Salvado - 03-01-2013 13:00

http://cinema.sapo.pt/magazine/noticia/balas-e-bolinhos-3-e-o-filme-portugues-mais-visto-de-2012