vbm, se isso é assim tão óbvio, porque raio é que acumularam dívida até isso ser assim tão óbvio?
--------
E se a solução é tão fácil, o que andaram todos os povos a fazer nos últimos 1000 anos, quando bastava esse jubileu? Porque é que não aprenderam mais rápido?
Ou será que isto já foi tentado antes e não acabou bem?
Já propus uma explicação justificativa da tua primeira objecção: a par de juro pretérito baixo, os produtores-vendedores dos superavitários 'impingiu' bens de consumo e de produção aos países 'deslumbrados' com as facilidades oferecidas, 'caídas do céu', e puseram-se a comprar coisas que não tinham interesse nenhum para si.
Os povos não andaram a 'patinhar' mil anos nenhuns! Bem pelo contrário. A mim, que já li uma História Universal - a de Carl Crimberg - emocionam-me desenhos de mil anos na evolução dos povos. E não só! Também, o que se estabiliza, subsiste, dura mil anos. Por exemplo, a
Academia de Platão de Atenas ensinou durante mil anos!
Atenta bem no impossível, posto em destaque: países europeus a pagarem juros de 4 a 5% do PIB anual, consentindo na coexistência dessa condição com orçamentos anuais de instrução pública de 1% do PIB!!! Só um governo de loucos imagina sustentável uma afronta dessas. É caso para ressuscitar Marx do túmulo e proclamar «Estudantes de todo o mundo, mandai a dívida ao fundo perdido!»
No fundo, é o que o Banco Central de Frankfurt está a tentar fazer por via da inflação. Mas é um método obsoleto e o jubileu de rasgar a dívida é mais decidida aposta em nova União da Europa. Na qual, cessa o dumping de exportar, não com baixa de preços, mas com empréstimos de cem por cento de produtos cuja utilidade não vai além de dez a quinze por cento!
Os jubileus do passado recente, correram todos bem, particularmente os últimos dos anos cinquenta, que perdoaram à Alemanha dívidas de todo impagáveis, e pela inflação, amortizaram a quase zero, as dívidas de França e da Inglaterra.
O mesmo tem de ser feito a Portugal, Itália, Grécia, Espanha e Irlanda.
Picketty, que ouvi fragmentariamente na Sic, propõe também
uma reforma política democrática que me pareceu
interessante: o parlamento europeu
ser integrado por deputados
eleitos nos parlamentos
nacionais dos estrados
membros!
Parece bem democrático e formaria um parlamento
central bem mais exigente e interventivo,
designadamente a resolver a taxa
de desemprego tão elevada,
prova da nulidade
da União.