A solução terá que passar por não dar grandes condições aos gregos. No máximo um pouquito e caberá ao Syrisa pegar ou largar...
Se assim for, lá está esse partido igual aos outros aos olhos do povo grego e não só, e pronto é o rastilho para o povo abandonar de vez essa coisa dos partidos e olhar de forma diferente o mundo que o rodeia.
E habitual chegar a qualquer lugar e toda a gente discute politica esquecem-se que não é a politica que faz gerar valor mas sim a economia, que por sua vez não é controlada por políticos mas sim por todos os agentes económicos, e uma economia avança ou recua ao rito da oferta e da procura, simples, é só isto e nada mais.
Ora aqui está uma perspectiva interessante. Estas eleições gregas podem ter significado um golpe mortal no conceito de democracia. E a consciência disso poderá percorrer o mundo todo.
Ontem enquanto ouvia as notícias pensava um bocado nesta linha, e foi uma pena que não tenham ganho com maioria absoluta para não se poderem esquivar de futuras responsabilidades.
Mais cedo ou mais tarde as pessoas irão entender (talvez daqui a décadas, quem sabe?) que este tipo de sistema chegou ao fim da linha e que será necessário mais um passo na evolução das democracias. Representantes com tamanho poder, alterações constantes de quadros legais, legislação em quantidade e complexidade absurda; mais cedo ou mais tarde as pessoas terão que contestar isto e tal só acontecerá quando houver massa crítica a perceber (
e a perceber mesmo) que a política de eleição de representantes com excessivo poder e que governam basicamente sem fiscalização, para saírem no final do mandato (ou mandatos) e entrarem outros para governarem nos mesmos moldes, não leva a lado nenhum.