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Autor Tópico: A Nova pobreza  (Lida 230393 vezes)

Smog

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Re:A Nova pobreza
« Responder #100 em: 2013-01-11 20:32:28 »
Smog,

Já pensas-te em agricultura. Uma horta; uma criação de frangos de campo etc, era uma boa ajuda.
A minha mãe fazia criação de frangos mas dava-lhes ração. Há que investir nos custos da produção. mas é uma ideia. De resto. batatas, cebolas e azeite vêm do campo. Não pago.

Não precisas. Se tiveres um cantinho, planta milho. Tens aí um bom substituto de ração.
Moro na provincia, e por cá estas soluções estão cada vez mais, a ganhar força na cabeça das pessoas.
Milho? E feijão. e depois vais regar, sachar e não fazes mais nada. O milho tem de ficar em maçroca e depois debulha-lo. E entretanto quem faz o meu trabalho por mim?
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Gugu

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Re:A Nova pobreza
« Responder #101 em: 2013-01-11 20:38:05 »
Smog,

Já pensas-te em agricultura. Uma horta; uma criação de frangos de campo etc, era uma boa ajuda.
A minha mãe fazia criação de frangos mas dava-lhes ração. Há que investir nos custos da produção. mas é uma ideia. De resto. batatas, cebolas e azeite vêm do campo. Não pago.


Não precisas. Se tiveres um cantinho, planta milho. Tens aí um bom substituto de ração.
Moro na provincia, e por cá estas soluções estão cada vez mais, a ganhar força na cabeça das pessoas.
Milho? E feijão. e depois vais regar, sachar e não fazes mais nada. O milho tem de ficar em maçroca e depois debulha-lo. E entretanto quem faz o meu trabalho por mim?

Tens milho de sequeiro que não precisa de rega, assim como feijão.
Em relação ao tempo, tens que te organizar. Pensa nisso!

A estrutura politica, a ideologia dominante, faz tudo o possível para manter a população o mais pobre possível e favorecer o mais possível pequenas (e por vezes não tão pequenas) castas.
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Smog

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Re:A Nova pobreza
« Responder #102 em: 2013-01-11 20:49:55 »
Já pensei. Fica mais barato a ração e couves. O cantinho serve para plantar couves que se dão aos galináceos no seu crescimento. O milho não compensa nem o feijão. Compras feijão a preço concorrente em qq loja e o milho dá demasiado trabalho. Só por luxo se dá milho aos frangos para abate.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #103 em: 2013-01-11 20:56:23 »
pois é, as pessoas invejam o dinheiro e ignoram os problemas que o dinheiro traz na maioria das vezes...
Realmente é verdade Muze e é uma coisa que me faz confusão. Dinheiro a mais nunca deveria um problema. Mas a realidade que vejo à minha volta contraria a minha opinião. Pobres de espírito.

Tens um grande exemplo a família de Horácio Roque que é tanto dinheiro que nao chega para as falhas e mulher e que andam o guerra porca, burra e ignorante.....tudo devia falir para essa gente assim....é a grande  diferença dos milionários dos states e os pseudo- ricos deste país....

Smog

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Re:A Nova pobreza
« Responder #104 em: 2013-01-14 18:32:10 »
Citar
A DERIVA ANTIDEMOCRÁTICA A FAVOR DE UM GOVERNO "SEM ENTRAVES"



A democracia é feita de duas componentes fundamentais: o primado da soberania popular, expressa essencialmente por uma escolha pelo voto, e o primado da lei num Estado de direito. Não é apenas a escolha pelo voto que caracteriza a democracia, porque senão viveríamos numa tirania, associada a uma demagogia populista. Foi assim que Hitler chegou ao poder, com eleições, mas violando o primado da lei e do direito, e este é o modelo latino-americano de ditaduras populistas como as de Péron a Chávez.


Na prática, as coisas são mais complicadas, mas por muito complicadas que sejam, convém não esquecer o simples, que é também o essencial: é o voto mais a lei e não é só o voto, nem só a lei. Ora, poucas vezes se tem assistido a uma tão grande ascensão de posições antidemocráticas como nos últimos tempos, o que mostra como a "crise" - uma palavra muito ambígua, mas que serve como descrição de um tempo e um modo - tem uma forte componente antidemocrática, que provoca uma séria corrupção dos fundamentos da democracia.


Há dois movimentos não inteiramente distintos na motivação e no modus operandi, que estão hoje a corroer os fundamentos da democracia em Portugal. Um, grosso modo, pode considerar-se que vem "de baixo" da insatisfação popular, da radicalização de sectores sociais como a classe média, do populismo nas ruas e nas redes sociais e que representa uma pressão a favor da "democracia directa". Os "indignados" a fazerem assembleias populares com cem pessoas, convencidos que representam o povo, são a face ridícula de um movimento mais profundo contra os partidos, os políticos, o Parlamento, o Governo, a presidência, a representação. Não é que eles não mereçam muitos dos epítetos menos amáveis que lhes são dirigidos, mas a "democracia directa" não é pura e simplesmente uma democracia, mas uma tirania demagógica.
 
Outro movimento antidemocrático, bem mais perigoso a curto prazo visto que tem mais capacidade de subverter as instituições, vem "de cima", da elite do poder, do governo e do establishment politico-económico que o controla e lhe define a orientação. O modo como a questão da constitucionalidade do Orçamento do Estado (OE), do papel do Presidente da República e do Tribunal Constitucional está a ser tratada constitui uma deriva perigosa contra a democracia. A sua face visível inclui recentes declarações de Eduardo Catroga sobre a Constituição como "entrave à governação", ou de Ferraz da Costa no mesmo sentido, ou de uma série de empresários e banqueiros politizados que aparecem na vanguarda de defesa do Governo, no mesmo sentido de considerar que o Governo devia ter a liberdade de tomar as medidas que entender "para salvar o país", mesmo que elas fossem ilegais à luz do Estado de direito encimado pela Constituição.


Há muita indiferença democrática nessa deriva, mas há também uma vontade de que uma governação em nome de interesses, ideologias e elites possa ser feita sem qualquer peia legal, sem "entraves", ou seja, de forma ilegal e antidemocrática. Há hoje por isso uma pulsão fortemente antidemocrática por parte de grupos, partidos, políticos, personalidades públicas, e depois amplificada pela tropa menor dos propagandistas e bloguistas, de cujo alcance nem eles próprios se apercebem, porque há também muita ignorância atrevida à mistura. Claro que há também muita necessidade de bodes expiatórios e consciência de fracasso, ressentimento e radicalismo.


Não me surpreende que seja assim, visto que os elementos antidemocráticos inscritos numa democracia que nunca verdadeiramente se emancipou dos longos quarenta e oito anos de autoritarismo são muito fortes na vida pública portuguesa. Eles surgem na coligação entre mais velhos que tem poder económico, já viram muito e compraram gente de mais, sabem muito bem o que querem e são indiferentes à democracia, e jovens muito ignorantes, amorais, subservientes aos velhos por complexo e interesse, e que sem o manto da protecção partidária não seriam nada de nada, como aliás nunca foram. Neste caldo de cultura e interesses, as ideias sobre a política, a gravitas de estado, a hipervalorização do "consenso", a hostilidade ao debate, o medo à competição e ao escrutínio, o receio do "outro", são a norma que funciona a favor de um universo fechado, assente nos poderes fácticos e na sua delegação, e que não quer ter nenhum limite nem aos seus interesses, nem às suas carreiras.


Nos últimos dias, esta deriva antidemocrátiva veio ao de cima reagindo à decisão do Presidente da República de enviar as normas do Orçamento para verificação sucessiva da constitucionalidade, e pelo receio de que o Tribunal Constitucional lhe dê razão. Estamos a falar de uma Constituição que de há muito critico, inclusive em muitas das regras que hoje estão na base do debate público a propósito do Orçamento. Há muito tempo que tenho um ponto de vista muito negativo sobre a manta de retalhos do texto, desde o absurdo preâmbulo a muito de programático e declarativo que está na Constituição. E, como se tem visto nos últimos tempos, muita dessa ganga não tem protegido de forma eficaz muitos daqueles "direitos adquiridos" que se consideravam garantidos pela Constituição. Por isso, mesmo como está, a Constituição tem permitido a esmagadora maioria das medidas da governação, pelo que só muito dificilmente pode ser considerada um obstáculo à política corrente. Tem também permitido a transformação de Portugal numa região europeia subordinada a um directório estrangeiro.


Mas não é isso que está em causa, não é o conteúdo da Constituição, nem o direito de a criticar, mas sim os procedimentos que na Constituição são o fundamento do nosso sistema democrático, que vão desde os mecanismos do sistema eleitoral, aos poderes de Governo, Assembleia, Presidente e tribunais. Não pode a Constituição servir para se afirmar a legitimidade do Governo, porque tal é conveniente, e, quando coloca em causa eventuais medidas ilegais do OE, ser uma "entrave" inaceitável à governação e sua bondade. Até porque se as coisas são assim, não é culpa nem do Presidente, nem do Tribunal Constitucional, nem da Constituição, mas sim do modo como os actuais dirigentes do PSD, antes e depois de chegarem ao Governo, trataram da questão constitucional, primeiro minimizando-a e depois violando-a.
 
Este Governo, na arrogância dos seus primeiros tempos, não deu a mínima importância em falar com o PS para fazer uma revisão constitucional, no início da aplicação do memorando, quando tal era plausível. Depois, foi-se emaranhando num labirinto de arranques e recuos, como a discussão a propósito da "regra de ouro" e do Pacto Orçamental, cada vez com a sua posição mais fragilizada pelo desastre da política governativa. O PS foi crescendo, e tornando rígida a sua posição, Até que o patético apelo à "refundação" do Estado, que era na sua origem um apelo a uma revisão constitucional in extremis, revelou um Governo acossado perante um PS em que Passos Coelho conseguiu o milagre de colocar o seu alter-ego António José Seguro a crescer nas sondagens. Para quem não acredita em milagres, este move de deslumbramento o mais agnóstico dos seres.


Hoje, temos um OE que pode estar ferido de inconstitucionalidades graves, em medidas que são vitais para a sua execução e põem em causa a continuidade do Governo. A culpa não é do Presidente em mandá-las para verificação, como é seu dever, nem do Tribunal Constitucional, se as considerar inconstitucionais, como é sua obrigação, nem da Constituição que o Governo deve respeitar para poder ser considerado legal e legítimo. Se o Tribunal considerar que aspectos do OE são inconstitucionais, a culpa é em primeiro e ultimo lugar do Governo, que insistiu, contra muitas opiniões qualificadas, em fazer um OE com dúvidas fundadas de ilegalidade.


Porquê? Porque não sabe fazer de outra maneira, e precisa de não ter qualquer "entrave" para nos taxar? Ou porque, consciente ou inconscientemente, está cada vez mais a caminhar para um abismo que pensa confortável, visto que pode cair apontando o dedo a todos porque queria "salvar o país da bancarrota" e "não o deixaram"? As duas hipóteses são provavelmente verdadeiras e complementares e os motivos mesquinhos, mas ambas são demasiado perigosas para a nossa democracia. Elas alimentam a crise e a sua componente de deriva antidemocrática. Como se vê.


(Versão do Público de 5 de Janeiro de 2013.)
JPP via Abrupto
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Smog

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Re:A Nova pobreza
« Responder #105 em: 2013-01-15 19:52:40 »
Se a constituição for violada e o governo levar a dele avante poderemos dizer que uma ditadura economico-finaceira foi instalada.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #106 em: 2013-01-15 20:25:22 »
Se a constituição for violada e o governo levar a dele avante poderemos dizer que uma ditadura economico-finaceira foi instalada.

Será, mais propriamente, uma ditadura da realidade.
« Última modificação: 2013-01-15 23:17:57 por Incognitus »
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Re:A Nova pobreza
« Responder #107 em: 2013-01-15 21:44:31 »
a mim parece-me que algumas interpretações da constituição levam a tiques de ditadura...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re:A Nova pobreza
« Responder #108 em: 2013-01-16 00:08:59 »
a vocês a palavra ditadura não faz mossa. são apenas tiqes. Acho que se está a impor uma ditadura que usa linguagem economico financeira mas voces vêem isso com bons olhos.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #109 em: 2013-01-16 00:28:30 »
a vocês a palavra ditadura não faz mossa. são apenas tiqes. Acho que se está a impor uma ditadura que usa linguagem economico financeira mas voces vêem isso com bons olhos.

É a tal ditadura da realidade. É a ditadura de não haver dinheiro.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #110 em: 2013-01-16 14:35:19 »
a vocês a palavra ditadura não faz mossa. são apenas tiqes. Acho que se está a impor uma ditadura que usa linguagem economico financeira mas voces vêem isso com bons olhos.

É a tal ditadura da realidade. É a ditadura de não haver dinheiro.
Em primeiro lugar é a tua realidade, a realidade onde te moves.
Segundo, para os bancos e financeiras nunca falta o dinheiro.
Terceiro: Lês este texto de António Costa (Quadratura do circulo).

Citar
Comentadores e analistas políticos não têm a coragem de dizer o que disse António Costa, em menos de 3 minutos, ontem, no programa "quadratura do círculo".
E aqui está textualmente o que ele disse (transcrito manualmente):

(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.
E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.
Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer? podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!
A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.
Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.
Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."
« Última modificação: 2013-01-16 14:38:25 por smog »
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Re:A Nova pobreza
« Responder #111 em: 2013-01-16 15:02:20 »
É um mau texto e revela incompreensão quanto ao problema. Quem viveu acima das possibilidades foi o agregado dos Portugueses. Certo, alguns via esquemas viveram mesmo muito acima destas, mas seja como for o agregado viveu acima das possibilidades. Não se trata de viver de subsídios e afins.
 
Podemos estar a viver acima das possibilidades até a morrer de fome, pelo que pouco importa se o nosso viver acima das possibilidades ainda assim é viver muito abaixo da média. Se num território se produzirem 9 batatas para 10 habitantes, viver dentro das possibilidades é comer 9 batatas, não 10.
 
(nota ainda que vigarices do tipo das do Isaltino não provocaram um rombo na capacidade, pelo contrário. Esse tipo de vigarices por atribuição de licenças a troco de benefícios gera actividade líquida e não tira a ninguém - o que tira a alguém é a própria existência de entraves para que outros façam o mesmo e produzam)
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Re:A Nova pobreza
« Responder #112 em: 2013-01-16 15:23:57 »
É um mau texto e revela incompreensão quanto ao problema. Quem viveu acima das possibilidades foi o agregado dos Portugueses. Certo, alguns via esquemas viveram mesmo muito acima destas, mas seja como for o agregado viveu acima das possibilidades. Não se trata de viver de subsídios e afins.
 
Podemos estar a viver acima das possibilidades até a morrer de fome, pelo que pouco importa se o nosso viver acima das possibilidades ainda assim é viver muito abaixo da média. Se num território se produzirem 9 batatas para 10 habitantes, viver dentro das possibilidades é comer 9 batatas, não 10.
 
(nota ainda que vigarices do tipo das do Isaltino não provocaram um rombo na capacidade, pelo contrário. Esse tipo de vigarices por atribuição de licenças a troco de benefícios gera actividade líquida e não tira a ninguém - o que tira a alguém é a própria existência de entraves para que outros façam o mesmo e produzam)
Não. Os boys é que estão a mais, as parcerias é que são fraudolentes, os bancos é que tem buracos, os isaltinos deste pais é que derraparam as contas publicas.
A discutir assim nem há ponta por onde se pegue. O que boldei no texto é também a minha opinião.
Não estamos a viver acima das nossas possibilidades. O que há é muita divida pública.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #113 em: 2013-01-16 15:39:44 »
E que tal olhar para as continhas da CM Lisboa, gerida pelo referido António Costa. ;)
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re:A Nova pobreza
« Responder #114 em: 2013-01-16 15:47:23 »
É um mau texto e revela incompreensão quanto ao problema. Quem viveu acima das possibilidades foi o agregado dos Portugueses. Certo, alguns via esquemas viveram mesmo muito acima destas, mas seja como for o agregado viveu acima das possibilidades. Não se trata de viver de subsídios e afins.
 
Podemos estar a viver acima das possibilidades até a morrer de fome, pelo que pouco importa se o nosso viver acima das possibilidades ainda assim é viver muito abaixo da média. Se num território se produzirem 9 batatas para 10 habitantes, viver dentro das possibilidades é comer 9 batatas, não 10.
 
(nota ainda que vigarices do tipo das do Isaltino não provocaram um rombo na capacidade, pelo contrário. Esse tipo de vigarices por atribuição de licenças a troco de benefícios gera actividade líquida e não tira a ninguém - o que tira a alguém é a própria existência de entraves para que outros façam o mesmo e produzam)
Não. Os boys é que estão a mais, as parcerias é que são fraudolentes, os bancos é que tem buracos, os isaltinos deste pais é que derraparam as contas publicas.
A discutir assim nem há ponta por onde se pegue. O que boldei no texto é também a minha opinião.
Não estamos a viver acima das nossas possibilidades. O que há é muita divida pública.

Para determinar se estamos a viver acima das possibilidades, basta olhar para o equilíbrio com o exterior. Até seria possível ter déficit e dívida pública e NÃO estarmos a viver acima das possibilidades. Tal como está, estamos, e a forma de deixarmos de estar é consumirmos menos ou produzirmos mais.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #115 em: 2013-01-16 15:51:06 »
É um mau texto e revela incompreensão quanto ao problema. Quem viveu acima das possibilidades foi o agregado dos Portugueses. Certo, alguns via esquemas viveram mesmo muito acima destas, mas seja como for o agregado viveu acima das possibilidades. Não se trata de viver de subsídios e afins.
 
Podemos estar a viver acima das possibilidades até a morrer de fome, pelo que pouco importa se o nosso viver acima das possibilidades ainda assim é viver muito abaixo da média. Se num território se produzirem 9 batatas para 10 habitantes, viver dentro das possibilidades é comer 9 batatas, não 10.
 
(nota ainda que vigarices do tipo das do Isaltino não provocaram um rombo na capacidade, pelo contrário. Esse tipo de vigarices por atribuição de licenças a troco de benefícios gera actividade líquida e não tira a ninguém - o que tira a alguém é a própria existência de entraves para que outros façam o mesmo e produzam)
Não. Os boys é que estão a mais, as parcerias é que são fraudolentes, os bancos é que tem buracos, os isaltinos deste pais é que derraparam as contas publicas.
A discutir assim nem há ponta por onde se pegue. O que boldei no texto é também a minha opinião.
Não estamos a viver acima das nossas possibilidades. O que há é muita divida pública.

Para determinar se estamos a viver acima das possibilidades, basta olhar para o equilíbrio com o exterior. Até seria possível ter déficit e dívida pública e NÃO estarmos a viver acima das possibilidades. Tal como está, estamos, e a forma de deixarmos de estar é consumirmos menos ou produzirmos mais.

isso parece-me ser inconstitucional  :D
não ligar aos trades que posto. o mais certo é correr mal.

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Re:A Nova pobreza
« Responder #116 em: 2013-01-16 15:57:41 »
É um mau texto e revela incompreensão quanto ao problema. Quem viveu acima das possibilidades foi o agregado dos Portugueses. Certo, alguns via esquemas viveram mesmo muito acima destas, mas seja como for o agregado viveu acima das possibilidades. Não se trata de viver de subsídios e afins.
 
Podemos estar a viver acima das possibilidades até a morrer de fome, pelo que pouco importa se o nosso viver acima das possibilidades ainda assim é viver muito abaixo da média. Se num território se produzirem 9 batatas para 10 habitantes, viver dentro das possibilidades é comer 9 batatas, não 10.
 
(nota ainda que vigarices do tipo das do Isaltino não provocaram um rombo na capacidade, pelo contrário. Esse tipo de vigarices por atribuição de licenças a troco de benefícios gera actividade líquida e não tira a ninguém - o que tira a alguém é a própria existência de entraves para que outros façam o mesmo e produzam)
Não. Os boys é que estão a mais, as parcerias é que são fraudolentes, os bancos é que tem buracos, os isaltinos deste pais é que derraparam as contas publicas.
A discutir assim nem há ponta por onde se pegue. O que boldei no texto é também a minha opinião.
Não estamos a viver acima das nossas possibilidades. O que há é muita divida pública.

Para determinar se estamos a viver acima das possibilidades, basta olhar para o equilíbrio com o exterior. Até seria possível ter déficit e dívida pública e NÃO estarmos a viver acima das possibilidades. Tal como está, estamos, e a forma de deixarmos de estar é consumirmos menos ou produzirmos mais.
Quais são os factos concretos quando nos comparas com o exterior. Importações estão a crescer mas os produtos produzidos podem ser consumidos no interior. Se tiram poder de compra aos nacionais quebra a procura de bens.
Mas diz-me lá quais são os factos palpaveis pelos quais afirmas que há desequilibrio com o exterior.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #117 em: 2013-01-16 16:08:44 »
É um mau texto e revela incompreensão quanto ao problema. Quem viveu acima das possibilidades foi o agregado dos Portugueses. Certo, alguns via esquemas viveram mesmo muito acima destas, mas seja como for o agregado viveu acima das possibilidades. Não se trata de viver de subsídios e afins.
 
Podemos estar a viver acima das possibilidades até a morrer de fome, pelo que pouco importa se o nosso viver acima das possibilidades ainda assim é viver muito abaixo da média. Se num território se produzirem 9 batatas para 10 habitantes, viver dentro das possibilidades é comer 9 batatas, não 10.
 
(nota ainda que vigarices do tipo das do Isaltino não provocaram um rombo na capacidade, pelo contrário. Esse tipo de vigarices por atribuição de licenças a troco de benefícios gera actividade líquida e não tira a ninguém - o que tira a alguém é a própria existência de entraves para que outros façam o mesmo e produzam)
Não. Os boys é que estão a mais, as parcerias é que são fraudolentes, os bancos é que tem buracos, os isaltinos deste pais é que derraparam as contas publicas.
A discutir assim nem há ponta por onde se pegue. O que boldei no texto é também a minha opinião.
Não estamos a viver acima das nossas possibilidades. O que há é muita divida pública.

Para determinar se estamos a viver acima das possibilidades, basta olhar para o equilíbrio com o exterior. Até seria possível ter déficit e dívida pública e NÃO estarmos a viver acima das possibilidades. Tal como está, estamos, e a forma de deixarmos de estar é consumirmos menos ou produzirmos mais.
Quais são os factos concretos quando nos comparas com o exterior. Importações estão a crescer mas os produtos produzidos podem ser consumidos no interior. Se tiram poder de compra aos nacionais quebra a procura de bens.
Mas diz-me lá quais são os factos palpaveis pelos quais afirmas que há desequilibrio com o exterior.

Pode ser a Balança Comercial, ou de forma mais lata a Balança de Transacções Correntes. Ainda estão negativas com o exterior, não estão longe de equilibrar mas entretanto acumulamos uma posição de investimento com o exterior também ela negativa e seria desejável algum tempo com essas balanças positivas, para compensar.
 
Depois parte das exportações são ainda algo insustentáveis, tipo estar a vender ouro.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #118 em: 2013-01-16 19:33:49 »
A Balança pode ainda estar desequilibrada mas as expostações têm vindo a crescer mas isso não significa que não produzamos. O que significa é que os nossos produtos não são competitivos por várias razões sendo a publicidade uma. (tudo o que vem de fora é melhor!).
A solução passa por relançar a agricultura e pescas e usar o dinheiro do UE para produzir no sector primário em vez de arrancarmos os pomares para que a Espanha venha vender cá. Depois a industria. falamos da textil que compete com a China. Não é uma luta igual. Os salaários dos chineses e o número de horas que trabalham põem qq pais do Norte da Europa KO. Não vivemos acima das possibilidades porque as possibilidades que falas são o pais China. Temos de olhar para a UE e não para a China.
Agricultura e indústria KO. Não me venham dizer que compramos tudo. Claro que sim depois de destruir o nosso tecido produtivo.
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Re:A Nova pobreza
« Responder #119 em: 2013-01-16 19:35:12 »
E que tal olhar para as continhas da CM Lisboa, gerida pelo referido António Costa. ;)
Derrapagens como em todas as camaras do pais. Aliás as camaras são os locais onde pululam mais caciques.
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