Estas vagas de emigração para os países com melhores balanços nas contas do Estado vai aproxima-los dos balanços desequilibrados dos países do sul e a Europa como um bloco verá o seu rating descer o que significa que o dólar em 2016 e 2017 tem espaço para atingir a paridade e ultrapassar o euro.
Como há analistas americanos que previram o colapso da União Europeia no espaço de 10 a 15 anos, as previsões deles recebem um valente incremento de probabilidade de acertarem e o acréscimo de incremento mantém-se enquanto o fluxo migratório continuar.
Assim não haverá nenhum país isolado a sair do euro, mas sim todos mais ou menos ao mesmo tempo.
Ficará na história que o fim da primeira tentativa de União Europeia se deveu à primavera árabe e ao modo negligente como a União Europeia interferiu no processo, tornando-se vitima do mesmo.
É assim a História...
O fluxo migratório, o que poderá levar, é a uma melhoria da economia e não ao seu colapso.
Portugal de 1975 é um bom exemplo, dado que os refugiados chegaram a 10% da população nacional.
Depende das qualificações dos migrantes e da facilidade de integração no mercado de trabalho.
No curto prazo leva a maiores encargos por parte dos Estados, no médio e longo prazo é que surgem as melhorias nas economias.
A integração nem sempre é fácil e possível no imediato. Vi um documentário sobre vários migrantes há já bastante tempo no desemprego e o que me admirou é que eles resistiam aos tempos difíceis e não tinham caído na tentação da criminalidade.
Mas ao falar no colapso da UE em 10 a 15 anos, que é longo prazo, por essas razões, para mim não faz sentido.
Quanto mais tempo passa, maior é a integração dos migrantes.
Vai sim levar ao colapso das economias que exportam os migrantes, como os países do médio oriente (Síria, Iraque, etc.) ou do Afeganistão/Paquistão.
Bom...
O colapso da União Europeia e do Euro, previsto por analistas americanos é no sentido se as políticas de austeridade continuarem como única via de solução dos défices e divida dos países em pior situação.
Em absoluto é difícil prever uma coisa dessas, poderá considerar-se uma previsão "especulativa".
O próprio Inc. já disse que há um peso muito forte de decisão política em segurar a União mesmo que esteja pendurada por fios...
Sendo assim, supondo que a previsão tem condições para estar certa, podemos deduzir dois cenários:
1) Os migrantes, embora no curto prazo pressionem os gastos estatais piorando as contas dos Estados (resta saber em que percentagem do PIB) conseguem nesses prazos integrarem-se e serem uma força laboral positiva que atenuará as probabilidades de colapso da União.
2) Os migrantes, não conseguindo integrar-se a médio e longo prazo, serem mais um peso para os Estados do que força laboral contributiva e acentuarem as probabilidades de colapso.
No ponto 2 é importante também verificar que percentagem deles tenciona regressar ao país de origem assim que as coisas normalizarem e se a estadia na Europa foi compensadora ou não para as contas da União. Há muitas variáveis não controladas que impedem saber com rigor se o desfecho será positivo ou não para a Europa.
Para os migrantes será com certeza mais positivo virem para cá do que serem mortos ou torturados lá, mas o quanto positivo cá também depende das respostas que a Europa lhes dá e pelos vistos tem havido desorientação e até pouca hospitalidade em alguns casos.
No fundo, também fiz uma previsão a pender mais para o cenário 2, falível.
Oxalá a previsão que fiz esteja errada e tanto os migrantes como a Europa ganhem com esta "joint-venture"... e não haja colapso da União.
Previsões a um prazo tão distante, caso acertem são...
Mera coincidência e não mérito.