@Mig, não aproveitaste o post do jeab para aprender, está lá preto no branco a questão
dos custos na margem final.
Se estás no terreno, não devias misturar alhos com bugalhos .
1º - Estufas em plástico, há de diversos tipos e finalidades e podes ter estufas em plástico, com forçagem completa e claro o que chamas de meios auxiliares ( senão, não se poderia fazer a forçagem completa climática)
2º - Não é verdade que as grandes superficies controlem os pesticidas dos legumes e frutas. É mencionado nos contratos que fazem com os agricultores fornecedores, em que os agricultores se responsabilizam pela entrega dos produtos com a toxicidade legal. É um dos maiores problemas existentes, é a ainda utilização de pesticidas sem controlo por parte de um técnico e o cumprimento dos prazos até a colheita é deixada à "boa vontade" do agricultor. http://agrotec.pt/ue-97-dos-alimentos-contem-residuos-de-pesticidas-dentro-dos-limites-legais/
3º - Misturas guerra biologica na agricultura com a aplicação de pesticidas. Normalmente só se consegue substituir os biocidas com a guerra biologica, mas há classes de pesticidas que não se consegue ( ex. herbicidas selectivos)
De qualquer modo, não estou a defender seja que método agricola for, pois em 1º lugar o importante é o mercado. Diz-me que mercados é, que eu dir-te-ei qual o método melhor
Agora o exemplo que dei, se leste com atenção, vías que eu disse que o aumento de produção resultante do hidroponismo, não era suficiente, nem por sombras para ser rentável a vender a produção nos mesmos locais e preços que eu vendia, com custos de produção muitissimo mais baixos.
Quem vejo aqui a misturar alhos com bugalhos és tu.
Primeiro ponto, a grande cadeia alimentar já toda têm laboratórios, mesmo os entrepostos como o Estevão Luís Salvador, se tens algum resíduo químico no produto ele simplesmente não entra na grande cadeia alimentar.
Segundo ponto, falas em herbicidas seletivos e como sabes os auxiliares nada têm a ver com herbicidas mas sim com inseticidas.o grande combate nas estufas é às pragas, os herbicidas seletivos em estufas não são usados uma vez que é tudo em hidroponia.
Terceiro ponto as estufas em plástico estão quase todas desatualizadas a não ser as recentes que têm entrada dupla para não permitir a fuga dos auxiliares. em Almeria só usam rede nas estufas e foi subsidiado pelo governo. Podes argumentar com o que entenderes, hoje se não produzes com combate às pragas em modo bio estás condenado a não vender, a não ser que o teu mercado seja as mercearias. Quanto ao custo de produção também não concordo, poupas em produtos mas tens de gastar em mão de obra e continuas com o mesmo problema, se usares pesticidas o teu mercado afunila cada vez mais para o pequeno retalho e isso têm custos logísticos muito grandes.
Os grandes investimentos estrangeiros em Portugal ultimamente nas culturas de estufa no comestível são em vidro, nem perdem tempo com o plástico. têm a climatização a 25 graus e produzem 12 meses, usam apenas auxiliares no combate às pragas e fitofármacos apenas os bio, compatíveis com os auxiliares. Nas flores e aromáticas também já se começa a ver estruturas novas em vidro.
O vender localmente infelizmente não têm viabilidade e as regras têm de mudar, têm de passar a ter o mesmo controlo das grandes superfícies, vi muitas vezes usarem fungicidas como o fosetil de alumínio e poucos dias depois estarem a colher e entregar nos pontos de venda.