As declarações são insensatas de alguém que já demonstrou não ter capacidade política. Um desastre de líder.
Com a ânsia de protagonismo o presidente do Eurogrupo disse:
"Se houver risco num banco, a nossa primeira questão deve ser: ‘Ok, o que é que vocês no banco estão a fazer em relação a isso? O que podem fazer para se recapitalizarem?' Se o banco não o puder fazer, então vamos falar com os accionistas e os obrigacionistas, vamos pedir-lhes para contribuírem para recapitalizar o banco e, se necessário, aos detentores de depósitos não garantidos", ou seja, às poupanças acima dos 100 mil euros.Umas horas depois, provavelmente apertado por alguém com alguma sensatez vem dizer:
"Os programas de ajustamento macroeconómico são feitos à medida da situação do país em causa e não são usados modelos". “Chipre é um caso específico com desafios excepcionais”. blá...blá...blá.
Chama-se a isto ter uma entrada de leão e uma saída de urso. Não conseguindo conter a ânsia de protagonismo desmesurada, que o levou a tantos erros graves em poucos dias, o melhor será abandonar o cargo.
Defendi desde o início a ideia de responsabilização dos depositantes, até lhe chamei ideia genial, mas critiquei sempre a forma como foi comunicada. É necessário melhorar a estratégia de comunicação da União Europeia, porque uma má comunicação pode destruir uma boa medida, como ia sendo este o caso.