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Autor Tópico: Ultraliberalismo  (Lida 54539 vezes)

Zenith

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #80 em: 2013-05-28 01:06:02 »
Também há a alternativa da Somália, um país  onde colectivo e estado são duas palavras desconhecidas. Com um investimento de 741€ compra-se uma passagem para uma terra onde libertos das amarras e grilhões do estado terão decerto a grande oportunidade para fazer florescer todo o potencial da iniciativa individual. A viagem é longa mas o investimento é módico e decerto vale a pena  :D


Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #81 em: 2013-05-28 01:14:06 »
Se tanto gostam do ultraliberalismo, exponham-se a uma selva Africana, só com a roupa no corpo, e tentem sobreviver aí por uns tempos.

Lá todos os bichos se olham uns como predadores, outros como potenciais vítimas.

É cada um por si.

Não há piedade.
Tal como na ideologia tão desejada.

Não lhes levaria muito tempo até servirem de almoço a algum Leão ou qualquer outro animal naturalmente mais apto a sobreviver naquele ambiente.



Os Ultraliberais, pretendem um mundo selvagem onde só os mais competitivos ou aptos dentro do sistema, sobrevivem ,dominem .

É fácil desmontar a falácia de um sistema assim montado até ás últimas consequências.

Basta por exemplo imaginar uma paragem de autocarros, onde esperam centenas de pessoas, havendo um só autocarro.

As mais rápidas entrarão nele, as outras terão de regressar a pé, sejam velhos, crianças ou o que fôr. 

É isto o ultraLiberalismo.





As contribuições sociais devem desaparecer do mapa.

Saúde, educação, aposentadorias, só pra quem pode.

Os mais ricos devem dominar, sem piedade...

Impostos, só para quem é assalariado.

Os ricos, limitam-se a recolher proveitos, servir-se da mão de obra barata e voltar para a sua caverna (off-shores) ao estilo do Ali Bábá e os 40 ladrões, contribuindo o menos possível na sociedade onde estão inseridos, furtando-se aos impostos.



Algumas falácias:

A  "verdadeira" social democracia é uma impossibilidade.

O estado regulador e distributivo, só estorva e é a causa de todos os males.

Alternativas: só o comunismo, o marxismo , Cuba, Coreia do Norte  e outros bichos papões...

Tudo a preto e branco.

Entre outras coisas, penso que os liberais não possuem problemas com conceitos como filas para o autocarro. Nem com a social-democracia, o Estado algo regulador ou até um pouco redistributivo.
 
O problema principal é mesmo com o uso do Estado para avançar interesses privados.
 
 
« Última modificação: 2013-05-28 01:15:20 por Incognitus »
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Automek

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #82 em: 2013-05-28 01:23:32 »
Não esquecer o "Ultra".
O ultraliberalismo é uma expressão que em inglês praticamente nem é usada porque o conceito correcto é neoliberalismo. A diferença entre os ultraliberais (ou neoliberais que é uma melhor definição) e os liberais clássicos é o facto dos neoliberais terem alargado os princípios liberais a áreas sobre as quais os liberais clássicos não se debruçaram porque não existiam na altura (como por exemplo o estado social). De resto os princípios são os mesmo e não têm nada que ver com o que o mgom descreveu (nem com o que se passa na Somália).

Existe uma ideia completamente errada (talvez a ideia mais erradamente difundida) de que liberalismo / neoliberalismo = inexistência de regras, inexistência de estado, etc.

Zel

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #83 em: 2013-05-28 02:23:36 »
eh o efeito papagaio, as pessoas nao estudam os assuntos e deixam-se manipular pela televisao

Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #84 em: 2013-05-28 02:40:54 »
É mais complexo, eu já expliquei que existem novas definições. "Neoliberal" é tudo aquilo com que discordamos, nomeadamente mais impostos (para nós), menos impostos (para os outros), dar dinheiro (aos outros e aos interesses dos outros), etc. "Social" é tudo aquilo com que concordamos, nomeadamente mais impostos (para os outros), menos impostos (para nós), dar dinheiro (para nós e para os nossos interesses), etc.
 
O importante a reter é que a mesma coisa tanto pode ser neoliberal como social, depende de como nos afecta. Qualquer coisa - por mais socialista que seja - que nos afecte, é naturalmente neoliberal. Por exemplo, se um qualquer Lenine ou Hitler tomasse conta da nação ele seria naturalmente neoliberal. A menos que nos favorecesse, claro.
 
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #85 em: 2013-05-28 07:51:07 »
Qualquer coisa - por mais socialista que seja - que nos afecte, é naturalmente neoliberal.
Esta frase é um excelente resumo. Basta ver que este governo, apesar de ser bastante interventivo na economia (portanto, com tendências socialistas), é considerado liberal, neoliberal, ultraliberal, etc.

tatanka

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #86 em: 2013-05-28 11:25:08 »
Definição de Ultra-Liberalismo:

Ultra Liberalism is an extreme form of Economic Liberalism.
It is the view (sometimes called Minimal Statism, or Minarchism) that government should be as small as possible.

Ultra-liberalist usually agree that government should be restricted to its "minimal" state functions of government (courts, police, prisons, defense). Some other minarchists include in the role of government the management of essential common infrastructure (roads, money). For Ultra-Liberals, the role of government in enforcing moral order should be limited to null.

Minarchists often accept as valid some of current government's domain, and consider it more urgent to stop the expansion of government than to reduce its domain to any particular size. Minarchists are generally opposed to government programs which transfer wealth or which subsidize certain sectors of the economy.


Um ultra-liberal é contra todo e qualquer apoio de cariz social. Este aspecto vai de encontro á metafora do mgom.
« Última modificação: 2013-05-28 11:27:03 por tatankov »
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #87 em: 2013-05-28 11:49:51 »
Mas geralmente o que provoca discussões não são os apoios sociais, e sim os apoios a interesses particulares, tipo o do artista no fórum principal, ou a resistência a um ensino onde sejam os pais a escolher a escola e esta poder ser pública ou privada, mantendo-se o direito a um ensino gratuito. Ou o Manoel Oliveira - também um interesse particular (dele e de alguns outros), etc.
 
Ou seja, as discussões entre liberalismo e colectivismo nem se dão com alguém a defender um estado zero. Dão-se logo que se mexa nos interesses de alguns, mesmo sem colocar em causa coisas como educação gratuita, saúde gratuita (para o utilizador), etc.
 
 
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #88 em: 2013-05-28 13:52:11 »
Um ultra-liberal é contra todo e qualquer apoio de cariz social. Este aspecto vai de encontro á metafora do mgom.

Aí entramos na parte controversa da definição. Um liberal assenta em determinados princípios, seja ele liberal clássico, neoliberal (ultraliberal) ou qualquer outro liberal, dependendo do grau com que defender a corrente libertária.

É por isso que essa definição de ultraliberal, mesmo na net, praticamente não aparece. Repara que a Wikipédia, que é uma referencia, não tem a definição de ultraliberal, simplesmente porque o termo é comummente associado aos neoliberais.

Há, de facto, uma corrente chamada minarquismo mas que está perfeitamente identificada e até existe um livro e um filme sobre o tema chamado Atlas Shrugged. Isso não é o que um liberal defende, seja qual for o tipo de liberalismo (na altura quiseram colar o livro aos liberais e até houve bastantes críticas).

O minarquismo está basicamente entre o liberalismo e o anarco capitalismo. Se se quer realmente criticar o minarquismo ou o anarco capitalismo (com as quais também não concordo) tudo bem, mas é melhor mudar o título do tópico para não causar confusões porque, até agora, tudo o que foi referido no tópico em nada corresponde com os princípios liberais.

Liberalismo implica regras e não apenas nas 4 vertentes do minarquismo.

Luisa Fernandes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #89 em: 2013-05-28 13:56:32 »
Para um ultraliberal só estas áreas (courts, police, prisons, defense) são públicas, e mesmo assim...!

Saúde, Educação e Seg. Social , são apeteciveis para negocios chorudos dos mesmos de sempre.

Realmente o paraiso destes ultra de sucesso é a Somália, estado zero.
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #90 em: 2013-05-28 14:06:39 »
Realmente o paraiso destes ultra de sucesso é a Somália, estado zero.
Não acertas uma Luísa.

Incognitus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #91 em: 2013-05-28 14:40:03 »
Para um ultraliberal só estas áreas (courts, police, prisons, defense) são públicas, e mesmo assim...!

Saúde, Educação e Seg. Social , são apeteciveis para negocios chorudos dos mesmos de sempre.

Realmente o paraiso destes ultra de sucesso é a Somália, estado zero.

A Luísa é um exemplo daquilo que falo. O problema dela não é a existência de um direito à Educação, Saúde ou Segurança Social. Não, o problema dela é qualquer dessas vertentes não ser prestada directamente pelo Estado de forma a poder alimentar interesses específicos. Como defesa, indica que não o fazer iria ... pasme-se .. alimentar outros interesses.

Acontece que a relevância de se alimentar seja quem for, está em que o preço que se paga seja um preço de mercado. Porque ALGUÉM irá ser alimentado se presta um serviço. Portanto para a sociedade só interessa que o custo seja o menor possível e o serviço seja o melhor possível. Ora, no sistema que eu defendo, mesmo que existam lucros por parte dos actores que prestam o serviço, o custo é igual. E o serviço só pode ser melhor, porque inclui mais alternativas e são os "clientes" a escolher qual o melhor serviço.

Ou seja, por exemplo neste debate, a Luísa está disposta a prescindir de qualidade sem ganhar custo apenas para dirigir os recursos disponíveis para dados interesses.

É o tipo de debate a que geralmente assistimos.
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #92 em: 2013-05-28 15:17:09 »
Ora, no sistema que eu defendo, mesmo que existam lucros por parte dos actores que prestam o serviço, o custo é igual. E o serviço só pode ser melhor,
Exacto. Basta ver o que aconteceu com as telecomunicações. A PT, quando era estatal e monopolista (algo que é defendido aqui para outras áreas como a saúde, educação, etc.) era a miséria que se via. Mais de 15 euros só para ter a ficha na parede, sem chamadas incluídas. Os notários, idem: mau serviço, meses à espera de uma escritura, etc.

tatanka

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #93 em: 2013-05-28 15:27:43 »
Ora, no sistema que eu defendo, mesmo que existam lucros por parte dos actores que prestam o serviço, o custo é igual. E o serviço só pode ser melhor,
Exacto. Basta ver o que aconteceu com as telecomunicações. A PT, quando era estatal e monopolista (algo que é defendido aqui para outras áreas como a saúde, educação, etc.) era a miséria que se via. Mais de 15 euros só para ter a ficha na parede, sem chamadas incluídas. Os notários, idem: mau serviço, meses à espera de uma escritura, etc.

Mas atenção, parecendo que não o estado continua a ter um papel importante no sector das telecomunicações.
Provavelmente as ideologias neo-liberais não compreendem, a existência de entidades reguladoras. No entanto sem a existencia da mesma, dificilmente tinhas uma unica antena de telemoveis nos Açores, ou nas muitas regiões do interior do país, pouco ou nada rentáveis para as operadoras.
« Última modificação: 2013-05-28 15:28:36 por tatankov »
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Re:Ultraliberalismo
« Responder #94 em: 2013-05-28 15:43:09 »
Provavelmente as ideologias neo-liberais não compreendem, a existência de entidades reguladoras.

Olha que não Tatankov. Defendem a regulação em determinadas áreas, mas apenas as essenciais e não a panóplia de coisas em que o estado se mete. Há uma ideia errada de liberalismo, neoliberalismo = ausência de regras. Não é o caso.

Citar
Deregulation – abolition of regulations that impede market entry or restrict competition, except for those justified on safety, environmental and consumer protection grounds, and prudent oversight of financial institutions;
http://en.wikipedia.org/wiki/Neoliberalism


Até há grandes debates entre os próprios liberais sobre se devem existir não regras anti trust que impeçam monopólios, uma vez que tem implicações no fair trade que defendem. Essa, por exemplo, é uma área bastante polémica.

Luisa Fernandes

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #95 em: 2013-05-28 17:07:15 »
Soares sobre os neoliberais:

Citar
O histórico socialista Mário Soares acredita que Paulo Portas tem sido “chantageado pelo Governo, por causa do processo dos submarinos e dos carros de combate Pandur”, e que é este capítulo que o tem impedido de sair do executivo de Pedro Passos Coelho.

Numa entrevista ao jornal i, Mário Soares, quando questionado sobre a actual situação do ministro dos Negócios Estrangeiros no Governo, disse que, quando o líder centrista ponderou pela primeira vez se ficava ou não no cargo, “o caso dos submarinos voltou à primeira linha. E isso obriga-o a continuar no Governo. O medo é que manda na vinha”.

Numa análise sobre o actual estado do país, o antigo Presidente da República afirmou que os portugueses “querem que o Governo se demita”, criticando a “subserviência em relação à troika e à senhora Merkel”. Apesar disso, Soares acredita que, com o risco de a Alemanha entrar em recessão, “os neoliberais ainda vão ser surpreendidos”, e aponta o dedo a Durão Barroso, por ter vindo a “variar muito segundo os ventos”.

Mário Soares entende também, em declarações na mesma entrevista, que Cavaco Silva devia “demitir o Governo, porque, como se tem visto, a legitimação do Governo está a destruir em absoluto a sua imagem junto da esmagadora maioria dos portugueses. O que é um perigo que nunca aconteceu”. E condena, por isso, que, recentemente, o Presidente da República tenha reafirmado a legitimidade do executivo, que “não fala com o povo que o elegeu – nem pode sair à rua sem ser vaiado”.

Governo de esquerda ou maioria absoluta do PS?
Soares congratulou-se, ainda, com a reunião da esquerda contra a austeridade que conseguiu organizar e que terá lugar na quinta-feira, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, contando com a presença das direcções de PS, PCP e Bloco de Esquerda. Mas recusou, para já, dizer que o encontro pode impulsionar um futuro Governo de esquerda.

“Eu gostaria, mas não posso dizer se sim ou não. É importante tão-só que se juntem pessoas indicadas ou não pelos partidos e das centrais sindicais que se reclamem da esquerda e se afirmem contra a austeridade, e considerem que é fundamental e urgente que o actual Governo se demita”, disse. E acrescentou: “Todos sentem que é necessário acabar com a austeridade já e derrubar o Governo, que tem vindo a arruinar a nossa pátria, criando mais de um milhão de desempregados, o empobrecimento geral e a destruição do Estado social”.

Para justificar a presença na reunião de direcções que não gostam de se juntar – e por o encontro contar até com o apoio de Pacheco Pereira –, Soares insistiu que muitos sociais-democratas não se revêem na “direita ultraconservadora e neoliberal” como a do actual executivo, que considera mesmo não respeitar o “espírito de Sá Carneiro”. “É um Governo de direita pura e dura, como quase todos os governos que hoje estão no poder na Europa. Ora, quem fez a União Europeia foram os socialistas, sociais-democratas e os democratas-cristãos. Agora, com a excepção da França e da Itália, não há nenhum Governo destas famílias políticas na Europa! São todos neoliberais, republicanos no sentido americano do termo e ultraconservadores”, sublinhou.

Quanto ao futuro, o antigo primeiro-ministro denotou, apesar de tudo, algum optimismo, acreditando que, tal como Portugal conseguiu derrubar a ditadura antes de outros países, também o poderá fazer com a austeridade, até porque, insistiu, “a crise do euro não é só financeira e económica, é também social, política, ética e ambiental. O neoliberalismo, a ideologia que provocou a crise, contra as pessoas e em favor do dinheiro, está moribunda e não vai poder perdurar muito”.

Mesmo assim, na entrevista ao i, Mário Soares disse que não é capaz de responder em consciência se acredita numa maioria absoluta do PS, mas garantiu que António José Seguro lhe tem falado nessa possibilidade. Contudo, deixou um recado ao líder socialista: “Era bom que dialogasse com a esquerda, quer sejam militantes dos partidos ou não. Também com os militantes e antigos militantes do PSD que estão críticos do Governo e que representam, de longe, a maioria. Não esqueçamos que quase dois terços dos militantes do PSD são contra o Governo, e os candidatos a presidentes dos diferentes municípios também. E ainda com os militares e a Igreja. Sem isso, não podem ganhar”.
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Automek

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #96 em: 2013-05-28 17:29:49 »
Ora, quem fez a União Europeia foram os socialistas, sociais-democratas e os democratas-cristãos. Agora, com a excepção da França e da Itália, não há nenhum Governo destas famílias políticas na Europa! São todos neoliberais, republicanos no sentido americano do termo e ultraconservadores”, sublinhou.
Que disparate. Só por má fé ou senilidade é que se pode considerar que Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, etc. são governos neoliberais.
Por causa destas personalidades é que não percebes (nem procuras perceber) o que é um liberal. Isto prova a força da comunicação social e dos comentadores.

Nuno

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #97 em: 2013-05-28 17:30:37 »
O que dizia Mario Soares foi 1º ministro

Citar
Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto”. DN, 27 de Maio de 1984

“Não se fazem omoletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns”. DN, 01 de Maio de 1984

“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.” JN, 28 de Abril de 1984

“Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política que está a ser seguida é a necessária para Portugal”. Idem

“Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos nossos males colectivos e a indicar a terapêutica possível” RTP, 1 de Junho de 1984. Idem, ibidem

“A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós” RTP, 1 de Junho de 1984

“Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos”. Idem

“O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”. Idem, ibidem

“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (...). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego”. JN, 28 de Abril de 1984

“O que sucede é que uma empresa quando entra em falência... deve pura e simplesmente falir. (...) Só uma concepção estatal e colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa responsabilidade. Idem

“Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”. RTP, 1 de Junho de 1984

“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos”. 1ª Página, 6 de Dezembro de 1983

 “Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho nem salários”. DN, 19 de Fevereiro de 1984

“A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende representar” RTP, 1 de Junho de1984

“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa.” Der Spiegel, 21 de Abril de 1984

“Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida na lei. Sê-lo-á”. RTP, 31 de Maio de 1984

 “A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser permitida a militares em serviço” La Republica, 28 de Abril de 1984

“As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça descoberta”. Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984

“Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro. Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas condições actuais” JN, 28 de Abril de 1984

“Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão pública, devidamente corrigida”. RTP, 1 de Junho de 1984

“Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói”. 6 de Junho de 1984
« Última modificação: 2013-05-28 17:31:14 por Nuno »
Beware a closed mind, for it shuts away new ideas

Ashanath Leader Linnaeus

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #98 em: 2013-05-28 17:45:07 »
Ehehe, bem metida Nuno. Soares, esse perigoso Neoliberal.  :D

mgom

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Re:Ultraliberalismo
« Responder #99 em: 2013-05-28 20:39:22 »
Já que me acusam de cultura televisiva, aproveito para acrescentar.

Gosto de ver a Fox News!

Obama, uns dias é um radical Islâmico, outros Marxista convicto, outros homossexual, ou  até cidadão de nacionalidade estrangeira.  E olhem que nem gosto assim tanto dele, mas é menos mau que muitos.

Taxar os ricos e saúde comparticipada, são coisas do Diabo, e de radicais comunistas juramentados.

Os "vira casacas", que nos querem vender "gato por lebre", são iguais em todo o lado.

Há canais bem melhores, mas são todos geralmente muito maus, isso concordo.




Quanto á Social-democracia sim, mas a "verdadeira". Que não esteja vendida aos interesses dos Plutocratas.

Que também há exageros no Estado, quem o pode negar?

 Mas sobrevalorizar esse facto, para justificar assaltos ás populações, não.

Em tudo deve haver peso e medida.

Haja peso, medida, justiça solidariedade e verdade.

Eu sei é utopia...

Mas é a única que nos resta, navegar em Democracia e denunciar as injustiças estejam elas onde estiverem.
"Nunca discutas com um estúpido.  Te fará  descer ao seu nível e aí te ganhará  por experiência".