Nos EUA o abuso da função pública é ainda mais agressivo do que em Portugal (onde nos últimos 5 anos a coisa estava a ser progressivamente normalizada). O Messiah já deixou aqui um exemplo bem claro, e existem exemplos ainda mais brutais em sub-sectores, nomeadamente os ligados a prisões (guardas prisionais, psicólogos prisionais, etc). O esquema das pensões que o Messiah descreveu está espalhado por muitos Estados e transforma praticamente todos os FPs a ele expostos em milionários na prática.
onde é que está isso?
está a parecer-me propaganda.
coloquei um gráfico elaborado pelo citibank. não me parece uma fonte suspeita.
parece que caiu o céu e o inferno?
não está correcto?
quero ver provas substanciais desse facto.
até lá, não vou dizer que é BS, porque não quero entrar nesse tom outra vez.
mas pôr em causa um gráfico do citi - não é porque seja do citi, é porque não há razão objectiva para duvidar dele - sem apresentar a razão pela qual se entende que o gráfico mente, não é nada correcto.
suponho que o nosso troll residente tenha vindo com a trollada do costume. assim não vamos lá.
L
O Messiah descreveu a reforma de professores do sector público. É qualquer coisa assim (isto varia de Estado para Estado. Porém esta lógica é usada para muito mais FPs e em mais Estados):
* Contribuem 2% por mês para a reforma;
* Chegada a reforma, que pode ocorrer tão cedo quanto aos 50-55 anos (lembras-te do Krugman a dizer que os Americanos como um todo se reformavam tarde?) os professores recebem o que contribuiram, capitalizado, num só bolo (podem ser uns $150k-$200k);
* Nessa altura, também passam a receber a reforma do Estado (como reparas, para a qual não contribuem efectivamente, porque recebem a contribuição de volta), que corresponde praticamente ao salário dos melhores anos;
* E, algo que eu nunca ouvi falar e que se teria que confirmar várias vezes, ainda recebem uma reforma da Segurança Social dos EUA (que é fraca, o máximo é cerca de $30,000/ano ou $2,500/mês);
Se não te parece abusivo é porque nada te pareceria abusivo. E como é que poderia ser propaganda, o Messiah refere-se até a um caso que o afecta E beneficia. Mais honesto não poderia ser.
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Sobre o gráfico, o Japão está errado porque o gráfico é funcionários públicos/employment e o Japão aparece para aí a 3.5%, quando a Singapura, que é o país com o menor rácio nesse campo, tem para aí 6.5%. O Japão é baixo, porém, está abaixo dos 10%, mas não é certamente 3.5%). Daí que eu diga que o Japão ali parece baseado na população total e não nos empregados.
De resto estes números variam muito de fonte para fonte, como reparaste noutro gráfico e dados que coloquei já é tudo diferente. Aquilo que constitui "funcionário público" varia muito de estudo para estudo e não é necessariamente consistente de pais para país. Além disso no caso do Japão pelo menos a forma como o sector da saúde está estruturado minimiza o número de funcionários públicos (porque as pessoas podem ir a hospitais públicos ou privados, logo existirão tendencialmente menos públicos).
Aqui uma curiosidade, na França isso também acontece o que também deveria ter o mesmo efeito. Ou seja, um número elevado de FPs/empregados na França ainda assim deverá estar a subestimar o verdadeiro peso dos FPs em França.
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O Neo demonstrou com dados que o sector público dos EUA está em crescimento no longo prazo. É algo basicamente indiscutível. O prazo é maior do que aquele que estás a considerar, mas a tendência é clara. A principal excepção a isto foram os anos do Clinton, em que existiu um aumento de impostos, contenção de gastos (parte devida a gridlock), crescimento económico e uma bolha accionista.