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Autor Tópico: Lutas Geracionais  (Lida 1749 vezes)

Luisa Fernandes

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Lutas Geracionais
« em: 2013-09-12 14:10:08 »
Lutas geracionais. Só  faltava isto


Num tempo em que estamos a perder valores, em todos os sentidos e aspectos. Em que o respeito entre pais e filhos e até avós, parece não estar a contar para nada. Em que o País se esvazia em todos os aspetos ,lato senso, até de Pessoas, conseguir-se lutas geracionais, parece o menos próprio. Mas está a acontecer.

Com o esmagamento  - a que estamos a assistir – do Estado Social, em vez de uma Reforma devida e necessária de todo o Estado, que incluiria  – dado estarmos falidos, ou quase, com uma divida de 123% do PIB! – não só Estado Social – Saúde; Segurança Social e Educação – mas antes e também , mais equilibrada e consensual , de Justiça, Forças Armadas, Polícias – unificando -los – Autarquias – fundindo-as, acabando com mais de metade das cidades que temos –  , e o mesmo em Institutos e Fundações e  renegociando – mais, menos, mais –  PPP´s.

 Ficaríamos com menos Despesa Pública, não poríamos os reformados, os desempregados, os doentes, os necessitados à beira do suicídio, e teríamos ainda verba para começar a reconstruir – investindo – na economia, neste desgraçado nosso País. Esta – economia –  produz e  faz ganhar “dinheiro” para reerguer o País.

Claro que não é o que se está a fazer, antes se vai pela tal via do esmagamento linear do Estado Social, só e já!  Passa todos os dias. Os reformados são uns malandros, que ainda por cima recebem dinheiro do Estado e parece que vão durar muito , nunca mais morrem. E os que hoje contribuem para lhes “dar” reforma, quando chegarem à idade putativa de se reformarem, não irão ter reformas. Logo.

 Logo, parece que é um incentivo velado – aos que hoje trabalham –  para que se revoltem nos descontos para os velhadas ou doentes, ou inválidos, ou desempregados. Mas essencialmente tudo que seja para reformados!  E ninguém enxerga , quer esmiuçar, que esses reformados já trabalharam, que hoje não têm como, nem onde trabalhar?

E se a ideia é não sustentar velhadas , doentes, etc., talvez recuperar os princípios de Hitler. E fazer uma raça pura. Só robustos, só jovens, só “malta” até aos 60 anos, tudo o resto não serve, ocupa espaço, não produz.

A passagem de Cultura, História e Conhecimentos geracionais, não interessa. Quanto mais sem cultura e sem conhecimentos, sem princípios, sem valores, sem educação, melhor!

Quanto mais se quebrar a solidariedade entre gerações, até entre todas Pessoas sejam ou não de idades diferentes, melhor.

Quanto mais possível for  - melhor, melhor – diariamente ouvirmos e lermos que quem hoje desconta para quem hoje está reformado, mal está a fazer, dado que por certo não irá ter quem para si o faça. Logo aos sessentas não vai ter reforma. Melhor.

E já não interessa um pai ou uma mãe ter uma boa relação com um filho, uma filha, um avó,  uma avô  estar com os netos. Até não poucas vezes ajudar monetariamente enquanto reforma tiver. Não, isso não interessa.

Já não interessa um velho ter direito a ter qualidade de vida! Já não interessa um velho saber que viver mais tempo,  não é uma  maçada, é bom. Já não interessam os avanços feitos na saúde para bem e mais tempo viver. Para quê?

Lixem-se as gerações, fique só a mais jovem, mas, sem doenças. Sem desemprego.Sãos. Sãos!!!! Se não lixam-se!

A.M.
« Última modificação: 2013-09-12 14:11:04 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

Incognitus

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Re:Lutas Geracionais
« Responder #1 em: 2013-09-12 14:12:41 »
Os reformados que estão a sofrer cortes são os que têm maiores rendimentos de reforma. O que defendes, Luísa? Que se corte nos outros, nos que têm MENORES rendimentos? Ou que se corte nos já castigados trabalhadores?

O desemprego é em grande medida função da dificuldade de obter lucros - logo devido a elevados impostos, elevada burocracia, etc. O que defendes para diminuir o desemprego, Luísa? Mais impostos?
« Última modificação: 2013-09-12 14:13:29 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re:Lutas Geracionais
« Responder #2 em: 2013-09-12 15:04:31 »
que texto tao mentecapto, puro lixo

Incognitus

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Re:Lutas Geracionais
« Responder #3 em: 2013-09-12 15:21:39 »
Fazer pelos outros é a base do sistema capitalista. Que apenas estabelece reciprocidade.

Um sistema socialista, ironicamente, o que destrói é a necessidade de reciprocidade - e portanto, a necessidade de fazer algo pelos outros.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re: Para onde queremos ir?... that's the true question!
« Responder #4 em: 2013-09-12 15:32:43 »
Bem, de todo esse arrazoado, só o 2º e 3º parágrafos se aproveitam, pelo menos sempre se diz ou propõe algo concreto, resta apenas saber quão realizável será esse programa de reformas. Em democracia, os governos dificilmente podem atuar contra a vontade dos cidadãos que os elegeram e nem toda a gente tem os mesmos interesses, como é evidente. Ou até talvez os interesses comuns mais vastos nem sequer sejam reconhecidos como tal, pois para haver entendimento num diálogo é sempre preciso existir algum tipo de cedência e compromisso mútuos.

Antes de se falar em reformar seja o que for, torna-se necessário reconhecer abertamente algo tão básico como a defesa do interesse próprio das várias classes ou grupos de cidadãos, ou seja, os interesses corporativos. Isso tem sido muito falado nos diversos debates neste fórum acerca desta temática e é essa arreigada defesa dos tais interesses instalados - chame-se-lhe "direitos adquiridos" ou qualquer outra coisa - que dificulta ou mesmo impede os consensos necessários para as tais reformas, por muito justas e equitativas que elas sejam... ou fossem!

É verdade, porém, que as classes economicamente mais favorecidas dispõem de uma fatia bem maior e desproporcional do poder político, e este é um fenómeno histórico universal... sempre foi e ainda é assim! Apenas durante períodos revolucionários - Revolução francesa, Revolução de outubro, 25 de abril... - "o povo é quem mais ordena", mas só durante algum tempo. Aquilo de que necessitamos agora é muito mais subtil e profundo do que revoluções armadas ou episódicas mudanças de regime. A maior revolução em curso atualmente diz respeito a uma mudança de foco ou consciência, simultaneamente individual e social, pois ambos os aspetos andam a par. Porém, uma tal revolução pacífica e interior é um processo longo, o que aliás o vai tornar bem mais duradouro do que os habituais derrubes de regimes, mesmo que em alguns destes casos isso também represente um passo intermédio necessário para uma maior democratização de países ainda sujeitos a governos ditatoriais e repressivos.

Voltando a Portugal, uma grande parte da solução reside na dita "sociedade civil"... NÓS! O que é que o conjunto dos cidadãos deste país pretende e o que é que se propõe fazer para o alcançar? Que consciência é que temos, não apenas dos nossos direitos de cidadania, mas sobretudo dos nossos deveres em prol dessa mesma cidadania dita democrática e responsável? Ou ainda, em que medida sabemos respeitar os direitos (e interesses) alheios, para além dos limites tacanhos do nosso interesse próprio? Qual o denominador comum que nos une, como povo e como nação ao longo de quase 9 séculos, e a partir de que base ou alicerce firme pretendemos edificar o nosso futuro, de forma consciente e esclarecida? Numa palavra: o que é que realmente queremos, qual a meta da sociedade portuguesa?!

Nada do que digo é novo, em boa verdade estas são reflexões intemporais que já vêm desde o início da história humana: para onde é que queremos ir... qual é o nosso porvir? Este ideal último de harmonia e cooperação, numa sociedade justa e fraterna - Liberdade, Igualdade, Fraternidade! - foi poeticamente assim descrito por um simples homem do povo, analfabeto nas letras mas bem sábio no sentir!

O mundo só pode ser   
Melhor do que até aqui,
Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!


It's time we start to understand it... NOW!!!

muita teoria e pouca pratica, porque nao crias um negocio que sirva os outros e faca do mundo um local melhor

Incognitus

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Re:Lutas Geracionais
« Responder #5 em: 2013-09-12 19:05:52 »
A reciprocidade não existe da mesma forma - no capitalismo ela é forçada pela moeda. No socialismo/comunismo, não necessariamente pois existirá forma de obter moeda sem vender algo a terceiros.

É por isso que as prateleiras nos países comunistas acabaram vazias e o nível de vida caiu brutalmente. Porque ninguém tinha necessariamente que produzir para outros de forma a obter deles coisas.

E é mesmo tão simples quanto isso. Até tu o sabes, pois providenciaste serviços a terceiros para obteres deles dinheiro para comprar o que necessitavas - é intrínseco ao sistema. OBRIGA as pessoas a produzir para os outros (se dos outros querem produção). Só falha precisamente quando as pessoas não conseguem produzir algo valorizado pelos outros.
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Automek

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Re:Lutas Geracionais
« Responder #6 em: 2013-09-12 19:24:22 »
O homem do talho e da peixaria não estão lá por uma questão de solidariedade ou porque achem que têm uma missão divina de vender carne e peixe às pessoas.

Não. Eles estão lá primeiramente porque precisam de ganhar dinheiro para a sua subsistência. E essa satisfação dos seus interesse individuais (há quem lhe chame egoísmo) é que faz com que as pessoas tenham um local onde comprar peixe e carne, sem terem de ir pescar ou criar animais. É uma coisa básica mas que muita gente não compreende.

(e a moeda, claro, torna isto possível como o Inc referiu, uma vez que é um bem fungível)