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Autor Tópico: co-adopção por casais homossexuais  (Lida 13328 vezes)

tatanka

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #20 em: 2014-01-20 15:44:25 »
De qualquer das formas:
1) Hoje a adopção monoparental é legal (cai por terra a ideia de que a família é mãe+pai)
2) Essa adopção monoparental pode ser realizada por um homosexual
3) É normal que um homosexual viva com outro homosexual
4) É legal que dois homosexuais se casem

Ora, se tudo isto é legal, a co-adopção é apenas o culminar lógico porque as crianças adoptadas já vivem com duas pessoas do mesmo sexo. A co-adopção apenas as vem proteger e legalizar o que é o dia-a-dia.

Se é apenas para legalizar o que é o dia a dia acho um desperdício fazer um referendo sobre algo que o governo deve e pode legislar.

Os jotas são uns palermas mimados que querem é aparecer.
(o custo de um referendo ronda os 10 milhões)

Isto é um assunto que não desperta interesse numa grande parte da população. O povo, na labuta do dia a dia, tá-se pouco maribando para este tipo de tema.

Acho muito dificil haver participação suficiente, num referendo destes, para ser vinculativo.

Por acaso acho que vai haver. As pessoas gostam de alguma forma, nomeadamente em temas destes, de participar nestes discussões e decisões que são simples e reais, ao contrario de outras que nem percebem o que se discute.

80% das pessoas, nem sabem o que quer dizer co-adopção.
Se no referendo do aborto, um assunto que toda a gente entende á primeira, e que diz respeito a uma fatia muito mais larga da população, não se votaram os 50% necessarios, não acredito que este referendo venha a ser vinculativo.
“I hate reality but it's still the best place to get a good steak.”
― Woody Allen

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #21 em: 2014-01-21 12:48:18 »
Grande texto!!

Citar
Carta aberta ao presidente da JSD e seus compagnons de route

CARLOS REIS DOS SANTOS 18/01/2014 - 01:10
 

Hesitei em decidir a quem me dirigir: não sei quem hoje é o mandante da JSD, nem a quem prestam vassalagem. Assim, terei de me dirigir ao presidente formal da JSD – e a quem deu publicamente a cara por uma das maiores indignidades que se registaram na história parlamentar da República.

Para vocês, que certamente não me conhecem, permitam-me que me apresente: sou militante do PSD, com o n.º 10757. Na JSD onde me filiei aos 16 anos, fui quase tudo: vice-presidente, director do gabinete de estudos, encabecei o conselho nacional, fui quem exerceu funções por mais tempo como presidente da distrital de Lisboa, fui dirigente académico na Faculdade de Direito de Lisboa, eleito com a bandeira da JSD, fui membro da comissão política nacional presidida por Pedro Passos Coelho, de quem, de resto, fui um leal colaborador. Quando saí da JSD, elegeram-me em congresso como vosso militante honorário.

Por isso julgo dever dirigir-me a vocês, para vos dizer que a vossa actuação me cobre de vergonha. E que deslustra tudo o que eu, e tantos outros, fizemos no passado, para a emancipação cívica, económica, cultural e política, da juventude e da sociedade.

Com a vossa proposta de um referendo sobre a co-adopção e a adopção de crianças por casais de pessoas do mesmo sexo, vocês desceram a um nível inimaginável, ao sujeitarem a plebiscito o exercício de direitos humanos. A democracia não deve referendar direitos humanos de minorias, porque esta não se pode confundir com o absolutismo das maiorias. Porque a linha que separa a democracia do totalitarismo é ténue – é por isso que a democracia não dispensa a mediação dos seus representantes – e é por isso que historicamente as leis que garantem direitos, liberdade e garantias andam à frente da sociedade. Foi assim com a abolição da escravatura, com o direito de voto das mulheres, com a instituição do casamento civil, com a autorização dos casamentos inter-raciais, com o instituto jurídico do divórcio, com o alargamento de celebração de contratos de casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estes direitos talvez ainda hoje não existissem se sobre eles tivessem sido feitos plebiscitos.

Abstenho-me de fundamentar aqui a ilegalidade do procedimento que se propõem levar avante: a violação da lei orgânica do referendo é grosseira e evidente – misturaram numa mesma proposta de referendo duas matérias diferentes e nem sequer conexas. Porque adopção e co-adopção são matérias que vocês pretendem imoralmente enfiar no mesmo saco.

Em matéria de co-adopção vocês ignoram ostensivamente o superior interesse das crianças já criadas em famílias já existentes e a quem hoje falta a devida segurança jurídica e protecção legal. Ao invés, vocês querem que os seus direitos sejam referendáveis. Confesso que me sinto embaraçado e transido de vergonha pela vossa atitude: dispostos a atropelarem o direito de umas poucas crianças e dos seus pais e mães, desprotegidos, e em minoria, em nome de uma manobra política. E isto é uma vergonha.

Mas é também com estupefacção que vejo a actual JSD tornar-se numa coisa que nunca foi – uma organização conservadora, reaccionária e atávica. Vocês empurram, com enorme desgosto meu, a JSD para uma fronteira ideológica em contradição com a nossa História e ao arrepio do nosso património de ideias e valores: o humanismo em matéria de liberdades individuais sempre foi nossa trave mestra. O que vocês propõem é uma inversão de rumo: conservadores na vida familiar mas liberais na economia. Eu e alguns preferimos o contrário. Porque o PSD, em que nos revimos, sempre foi o partido mais liberal em matéria de costumes e em matérias de consciência.

Registo, indignado, o vosso silêncio cúmplice perante questões sacrificiais para a juventude portuguesa. Não vos vejo lutar contra o corporativismo crescente das ordens profissionais e a sua denegação do direito dos jovens a aceder às profissões que escolheram. Não vos vejo falar sobre a emigração maciça que nos assola. Não vos vejo preocupados com muitas outras questões.

Mas vejo-vos a querer que eu decida o destino dos filhos dos outros.

Na JSD em que eu militei sempre fomos generosos: queríamos mais direitos para todos. Propusemos, entre tantas coisas, a legalização do nudismo em Portugal, o fim do SMO, a despenalização do consumo das drogas leves, a emancipação dos jovens menores e o seu direito ao associativismo. Nunca nos passaria pela cabeça querer limitar direitos.

Hoje vocês não se distinguem do CDS e alguns de vocês nem sequer se distinguem da Mocidade Portuguesa, ou melhor, distinguem-se, mas para pior.

A juventude já vos não liga nenhuma. E eu também deixei de vos ligar.

Jurista, militante do PSD n.º 10757 e militante honorário da JSD

http://www.publico.pt/politica/noticia/carta-aberta-ao-presidente-da-jsd-e-seus-compagnons-de-route-1620073

Incognitus

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #22 em: 2014-01-21 13:13:23 »
Não é assim tão óbvio que seja um grande texto, porque:
* O referendo não visa só sobre o direito de adoptar mas também de ser adoptado, e não é linear que alguém adoptado por um casal homossexual não tenha efeitos negativos na sua vida devido a isso (mas também é perfeitamente possível que os efeitos sejam positivos);
* E acima de tudo, o "querer que eu decida o destino dos filhos dos outros" vai sempre ocorrer neste caso, seja via referendo seja via uma decisão dos representantes.

(eu partilho da opinião indicada pelo Automek - esta é uma questão que na prática já está na lei)
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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #23 em: 2014-01-21 13:15:06 »
Vou votar sim, com total convicção.

As crianças devem ser entregues à custódia de quem seja capaz de cuidar bem delas, independentemente da orientação sexual, grupo étnico, religião, etc. E com certeza que um casal homossexual não será menos apto que um heterossexual sejam todas as outras condições iguais.

Vem consagrar igualdade de direitos para essa minoria; é bom para esses casais que querem ser pais; e, mais importante que tudo: é bom para as crianças que precisam duma família.

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #24 em: 2014-01-21 13:23:46 »
Vou votar sim, com total convicção.

As crianças devem ser entregues à custódia de quem seja capaz de cuidar bem delas, independentemente da orientação sexual, grupo étnico, religião, etc. E com certeza que um casal homossexual não será menos apto que um heterossexual sejam todas as outras condições iguais.

Vem consagrar igualdade de direitos para essa minoria; é bom para esses casais que querem ser pais; e, mais importante que tudo: é bom para as crianças que precisam duma família.

Eu não vou votar, com total convicção...  :D

Não acho que a lei actual limite os casais homossexuais, e não me parece que a natureza inclua 2 homens e um filho ou duas mulheres e um filho. Ou seja, a lei actual parece até mais equilibrada do que permitir OU proibir a co-adopção. Um casal homossexual continua a poder adoptar, mas apenas um deles fica como pai adoptivo, o que provavelmente também defende mais a criança pois é uma situação que os colegas compreenderão melhor (se a chegarem a conhecer).
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Zenith

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #25 em: 2014-01-21 13:45:37 »
Uma dúvida que me ocorreu e que também se aplica a casais de heterosexuais.
Um casal (heterosexual ou homsexual) que viva com uma criança do qual apenas um dos membros do casal é progenitor, o outro membro do casal só pode co-adoptar se o outro progenitor já tiver morrido? Acho que é a única quem tem lógica senão uma criança podia ficar com 3 pais.

Eu se for a referendo vou votar a favor (se for votar), mas independentemente das minhas convicções acho que se a lei permite o casamento de homosexuais o principio da simplicidade exigiria que todos os casais tivessem os mesmos direitos, senão ficamos com casais tipo 1 com determinados direitos, casais tipo 2 com outro tipo, casais tipo 3  etc.

Claro que em Portugal há um gosto muito particular em  complicar as leis.

Automek

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #26 em: 2014-01-21 14:21:41 »
Um casal homossexual continua a poder adoptar, mas apenas um deles fica como pai adoptivo, o que provavelmente também defende mais a criança pois é uma situação que os colegas compreenderão melhor (se a chegarem a conhecer).
Penso que seja essencialmente para salvaguardar a criança em caso de morte do pai adoptivo. Ou seja, que o companheiro/cônjuge, que na pratica também já era pai, possa continuar a assumir as mesmas funções, sem lhe tirarem a criança, como de resto acontece com o pai/mãe sobrevivo quando existe o falecimento num casal hetero.

Automek

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #27 em: 2014-01-21 14:24:49 »
A veia de tuga, habituado à burocracia desde que nasce, não me impede de sorrir ao pensar em todos os  formulários que preenchemos ao longo da vida, nos quais consta o campo Pai/Mãe. Isso é coisa para ser criado um ORI - Observatório de Reformulação de Impressos.  :D

Zakk

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #28 em: 2014-01-21 17:11:51 »
Vou votar sim, com total convicção.

As crianças devem ser entregues à custódia de quem seja capaz de cuidar bem delas, independentemente da orientação sexual, grupo étnico, religião, etc. E com certeza que um casal homossexual não será menos apto que um heterossexual sejam todas as outras condições iguais.

Vem consagrar igualdade de direitos para essa minoria; é bom para esses casais que querem ser pais; e, mais importante que tudo: é bom para as crianças que precisam duma família.

Eu não vou votar, com total convicção...  :D

Não acho que a lei actual limite os casais homossexuais, e não me parece que a natureza inclua 2 homens e um filho ou duas mulheres e um filho. Ou seja, a lei actual parece até mais equilibrada do que permitir OU proibir a co-adopção. Um casal homossexual continua a poder adoptar, mas apenas um deles fica como pai adoptivo, o que provavelmente também defende mais a criança pois é uma situação que os colegas compreenderão melhor (se a chegarem a conhecer).

Eu tambem acho isso, a criança fica melhor defendida na situação de um só pai ou mão.

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #29 em: 2014-01-21 18:06:43 »
aqui diz quase tudo do que penso sobre um referendo sobre a co-adopção (que não deve acontecer porque o Cavaco vai ter o bom senso de não o deixar passar)

Citar
Com a vossa proposta de um referendo sobre a co-adopção e a adopção de crianças por casais de pessoas do mesmo sexo, vocês desceram a um nível inimaginável, ao sujeitarem a plebiscito o exercício de direitos humanos. A democracia não deve referendar direitos humanos de minorias, porque esta não se pode confundir com o absolutismo das maiorias. Porque a linha que separa a democracia do totalitarismo é ténue – é por isso que a democracia não dispensa a mediação dos seus representantes – e é por isso que historicamente as leis que garantem direitos, liberdade e garantias andam à frente da sociedade.

Isto tb mostra a fibra e a estrutura dos deputados que nos representam na AR, no caso do PSD, que, como bons e dóceis carneiros, aceitaram a disciplina de voto em algo implica essencialmente a consciência individual.


John_Law

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #30 em: 2014-01-21 18:16:32 »
Vou votar sim, com total convicção.

As crianças devem ser entregues à custódia de quem seja capaz de cuidar bem delas, independentemente da orientação sexual, grupo étnico, religião, etc. E com certeza que um casal homossexual não será menos apto que um heterossexual sejam todas as outras condições iguais.

Vem consagrar igualdade de direitos para essa minoria; é bom para esses casais que querem ser pais; e, mais importante que tudo: é bom para as crianças que precisam duma família.

Eu não vou votar, com total convicção...  :D

Não acho que a lei actual limite os casais homossexuais, e não me parece que a natureza inclua 2 homens e um filho ou duas mulheres e um filho. Ou seja, a lei actual parece até mais equilibrada do que permitir OU proibir a co-adopção. Um casal homossexual continua a poder adoptar, mas apenas um deles fica como pai adoptivo, o que provavelmente também defende mais a criança pois é uma situação que os colegas compreenderão melhor (se a chegarem a conhecer).

Se não for igual, limita. E isso não é igual. Não só haveria uma diferença clara na não existência de um estatuto de pais homossexuais como isso pode ter consequências práticas. Eles os dois são os pais, não é um deles... Imagina fazer equivaler essa situação a casais heterossexuais... "Têm que escolher um de vocês para ser o pai/mãe... Apesar dos dois ajudarem igualmente a educar os vosso filho, gostarem igualmente dele, e serem casados ou viverem em união de facto"

E isso nunca defenderia mais a criança porque aos olhos dos colegas isso não faz diferença nenhuma...

Incognitus

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #31 em: 2014-01-21 18:59:16 »
Vou votar sim, com total convicção.

As crianças devem ser entregues à custódia de quem seja capaz de cuidar bem delas, independentemente da orientação sexual, grupo étnico, religião, etc. E com certeza que um casal homossexual não será menos apto que um heterossexual sejam todas as outras condições iguais.

Vem consagrar igualdade de direitos para essa minoria; é bom para esses casais que querem ser pais; e, mais importante que tudo: é bom para as crianças que precisam duma família.

Eu não vou votar, com total convicção...  :D

Não acho que a lei actual limite os casais homossexuais, e não me parece que a natureza inclua 2 homens e um filho ou duas mulheres e um filho. Ou seja, a lei actual parece até mais equilibrada do que permitir OU proibir a co-adopção. Um casal homossexual continua a poder adoptar, mas apenas um deles fica como pai adoptivo, o que provavelmente também defende mais a criança pois é uma situação que os colegas compreenderão melhor (se a chegarem a conhecer).

Se não for igual, limita. E isso não é igual. Não só haveria uma diferença clara na não existência de um estatuto de pais homossexuais como isso pode ter consequências práticas. Eles os dois são os pais, não é um deles... Imagina fazer equivaler essa situação a casais heterossexuais... "Têm que escolher um de vocês para ser o pai/mãe... Apesar dos dois ajudarem igualmente a educar os vosso filho, gostarem igualmente dele, e serem casados ou viverem em união de facto"

E isso nunca defenderia mais a criança porque aos olhos dos colegas isso não faz diferença nenhuma...

Num casal normal só há um pai e uma mãe. Fica uma situação mais normal continuar a existir só um pai apesar de conviver com outro tipo.

E entre os pares (colegas) pode muito bem fazer diferença. Sabe-se lá.

Em todo o caso eu não vou votar nisto. Não é algo a que dê seja que importância for.
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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #32 em: 2014-01-21 19:22:14 »
Eu tambem acho isso, a criança fica melhor defendida na situação de um só pai ou mão.
Mas porquê Heras ? As crianças que estão na situação de poderem ser co-adoptadas:
a) foram adoptadas por um homosexual e vivem com dois homosexuais (daí a pretensão deles)
b) os homosexuais possivelmente até são casados

Recusar a coadopção é permitir que convivam em casa com dois homosexuais, impedindo apenas a formalização legal da segunda paternidade.
Mesmo que recusemos essa formalização tudo o resto, no dia-a-dia, vai continuar a ser igual (a não ser que vamos lá "resgatar" as crianças).
Se é pelo estigma, duvido que seja coisa que se mantenha escondido muito tempo.

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #33 em: 2014-01-21 19:30:12 »

Num casal normal só há um pai e uma mãe. Fica uma situação mais normal continuar a existir só um pai apesar de conviver com outro tipo.

E entre os pares (colegas) pode muito bem fazer diferença. Sabe-se lá.

Em todo o caso eu não vou votar nisto. Não é algo a que dê seja que importância for.

E deviam poder haver casais fora do normal com uma mãe e outra mãe e um pai e outro pai... Em vez da situação actual com um pai/mãe e outro homem/mulher que vive com ele/ela, desempenha exactamente o mesmo papel, e não tem os mesmos direitos de paternidade que o conjugue. Pronto, não é complicado.

Se achas que uma criança vai saber e conseguir distinguir algo que há adultos que não percebem ou não sabem estás a pensar muito mal. Não digo que não pode haver casos de preconceito e discriminação, mas o que uma criança vê é um colega ou amigo que tem dois pais do mesmo sexo como ele tem um pai e uma mãe, é só isso que ele vê. E para além disso, se essa discriminação existe não é fácil combate-la quando a própria lei consagra essa diferença.

Acho que numa questão de liberdade e igualdade perante a lei que tu, eu e outros nestes fórum valorizam mais que o resto, devias reconsiderar e tomar uma posição.

Incognitus

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #34 em: 2014-01-21 19:55:11 »

Num casal normal só há um pai e uma mãe. Fica uma situação mais normal continuar a existir só um pai apesar de conviver com outro tipo.

E entre os pares (colegas) pode muito bem fazer diferença. Sabe-se lá.

Em todo o caso eu não vou votar nisto. Não é algo a que dê seja que importância for.

E deviam poder haver casais fora do normal com uma mãe e outra mãe e um pai e outro pai... Em vez da situação actual com um pai/mãe e outro homem/mulher que vive com ele/ela, desempenha exactamente o mesmo papel, e não tem os mesmos direitos de paternidade que o conjugue. Pronto, não é complicado.

Se achas que uma criança vai saber e conseguir distinguir algo que há adultos que não percebem ou não sabem estás a pensar muito mal. Não digo que não pode haver casos de preconceito e discriminação, mas o que uma criança vê é um colega ou amigo que tem dois pais do mesmo sexo como ele tem um pai e uma mãe, é só isso que ele vê. E para além disso, se essa discriminação existe não é fácil combate-la quando a própria lei consagra essa diferença.

Acho que numa questão de liberdade e igualdade perante a lei que tu, eu e outros nestes fórum valorizam mais que o resto, devias reconsiderar e tomar uma posição.

Eu acho à partida que as crianças vão discriminar por ter pais homossexuais. E também acho que isso dificilmente alguma vez mudará, porque não tem apenas bases culturais mas também resulta directamente da natureza - é necessário um macho e uma fémea para se reproduzirem naturalmente. Da mesma forma, coisas como incesto continuarão a ser discriminadas porque existe uma base natural para serem negativas, mesmo que hipoteticamente se tornassem legais.

Eu não tenho problema em que essa adopção ocorra, não obstante isso. Mas parece-me que a adopção em questão já pode ocorrer dentro do quadro legal actual. De resto, como não dou importância nenhuma à coisa e tanto me faz como a decidam, é certo e garantido que não vou votar no referendo. Acho que no limite é como a questão do aborto - só deveria ser uma questão para os próprios e para mais ninguém, embora aqui tenha o problema acrescido da criança.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #35 em: 2014-01-21 20:03:56 »
nao vejo campanhas contra a descriminacao da poligamia, cambada de hipocritas  :D

muze

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #36 em: 2014-01-21 20:13:18 »
nao vejo campanhas contra a descriminacao da poligamia, cambada de hipocritas  :D
ahahah

já agora, o que acharias de ser possível adoptar por uma família poligâmica? um grupo de 2 a n pessoas que se juntassem para terem um filho adoptado...também vias isso com bons olhos?

acho que era interessante, já que é para destruir o modelo de família actual, este modelo apesar de ser actual pode nem ser muito natural na nossa espécie, não sabemos bem como os nossos antepassados viviam na idade da pedra. o modelo de família que utilizamos é bom por criar alguma competição entre sub-grupos da mesma tribo/sociedade principalmente hoje em dia por existir tanta propriedade privada, mas por haver uma familia monogamica caso um homem seja infértil faz com que a mulher não engravide e no passado prejudicaria a sobrevivência da tribo, já ouvi vários historiadores a defender que nalgumas tribos devia ser um grande bacanal e portanto todas as crianças tinham um conjunto de pais e não apenas um, afinal, nem se saberia bem quem era o pai
« Última modificação: 2014-01-21 20:14:06 por muze »

Thorn Gilts

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #37 em: 2014-01-21 22:37:17 »

Num casal normal só há um pai e uma mãe. Fica uma situação mais normal continuar a existir só um pai apesar de conviver com outro tipo.

E entre os pares (colegas) pode muito bem fazer diferença. Sabe-se lá.

Em todo o caso eu não vou votar nisto. Não é algo a que dê seja que importância for.

E deviam poder haver casais fora do normal com uma mãe e outra mãe e um pai e outro pai... Em vez da situação actual com um pai/mãe e outro homem/mulher que vive com ele/ela, desempenha exactamente o mesmo papel, e não tem os mesmos direitos de paternidade que o conjugue. Pronto, não é complicado.

Se achas que uma criança vai saber e conseguir distinguir algo que há adultos que não percebem ou não sabem estás a pensar muito mal. Não digo que não pode haver casos de preconceito e discriminação, mas o que uma criança vê é um colega ou amigo que tem dois pais do mesmo sexo como ele tem um pai e uma mãe, é só isso que ele vê. E para além disso, se essa discriminação existe não é fácil combate-la quando a própria lei consagra essa diferença.

Acho que numa questão de liberdade e igualdade perante a lei que tu, eu e outros nestes fórum valorizam mais que o resto, devias reconsiderar e tomar uma posição.

Eu acho à partida que as crianças vão discriminar por ter pais homossexuais. E também acho que isso dificilmente alguma vez mudará, porque não tem apenas bases culturais mas também resulta directamente da natureza - é necessário um macho e uma fémea para se reproduzirem naturalmente. Da mesma forma, coisas como incesto continuarão a ser discriminadas porque existe uma base natural para serem negativas, mesmo que hipoteticamente se tornassem legais.

Eu não tenho problema em que essa adopção ocorra, não obstante isso. Mas parece-me que a adopção em questão já pode ocorrer dentro do quadro legal actual. De resto, como não dou importância nenhuma à coisa e tanto me faz como a decidam, é certo e garantido que não vou votar no referendo. Acho que no limite é como a questão do aborto - só deveria ser uma questão para os próprios e para mais ninguém, embora aqui tenha o problema acrescido da criança.

A única coisa a recear é a eventual descriminação da criança, principalmente na escola (é a única coisa que eu vejo de mais complicado).. É certo sabido que a criança vai levar gozo na escola se os colegas souberem. No entanto, na verdade, a co-adopção é apenas legalizar o óbvio.

Significa isto que a referida descriminação já acontece, pelo que tema não é conversa por ai.
we all have a story we nevel tell

Zel

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #38 em: 2014-01-21 22:40:50 »
nao vejo campanhas contra a descriminacao da poligamia, cambada de hipocritas  :D
ahahah

já agora, o que acharias de ser possível adoptar por uma família poligâmica? um grupo de 2 a n pessoas que se juntassem para terem um filho adoptado...também vias isso com bons olhos?

acho que era interessante, já que é para destruir o modelo de família actual, este modelo apesar de ser actual pode nem ser muito natural na nossa espécie, não sabemos bem como os nossos antepassados viviam na idade da pedra. o modelo de família que utilizamos é bom por criar alguma competição entre sub-grupos da mesma tribo/sociedade principalmente hoje em dia por existir tanta propriedade privada, mas por haver uma familia monogamica caso um homem seja infértil faz com que a mulher não engravide e no passado prejudicaria a sobrevivência da tribo, já ouvi vários historiadores a defender que nalgumas tribos devia ser um grande bacanal e portanto todas as crianças tinham um conjunto de pais e não apenas um, afinal, nem se saberia bem quem era o pai

nao vejo problemas na adopcao por uma familia poligama mas primeiro precisam de ser reconhecidos como familia

a malta que defende que o que uma crianca precisa eh de amor normalmente engasga-se com os poligamos

um amigo meu leu um livro que defendia a ideia das orgias, tenho-o na minha wishlist da amazon

Zakk

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Re:co-adopção por casais homossexuais
« Responder #39 em: 2014-01-21 22:54:43 »
Eu tambem acho isso, a criança fica melhor defendida na situação de um só pai ou mão.
Mas porquê Heras ? As crianças que estão na situação de poderem ser co-adoptadas:
a) foram adoptadas por um homosexual e vivem com dois homosexuais (daí a pretensão deles)
b) os homosexuais possivelmente até são casados

Recusar a coadopção é permitir que convivam em casa com dois homosexuais, impedindo apenas a formalização legal da segunda paternidade.
Mesmo que recusemos essa formalização tudo o resto, no dia-a-dia, vai continuar a ser igual (a não ser que vamos lá "resgatar" as crianças).
Se é pelo estigma, duvido que seja coisa que se mantenha escondido muito tempo.

Eu tou como o inc é uma coisa para a qual eu não  vou votar.
É certo que um casal do mesmo sexo que faça questão em aprovar esta lei não vai poupar a criança perante a sociedade, mesmo que a lei não seja aprovada.

Acho duro para uma criança ter que ser diferente dos outros por imposição.