Não é burrice, a ganância é que lhes tolda a visão.
A ganância naquele caso é partilhada de parte a parte, tanto é ganância do banco como é ganância do devedor. E como é o devedor a escolher, a ganância maior é claramente do devedor - o banco quanto muito tem imprudência e não compreender que se a ganância do devedor correr mal, existe uma boa probabilidade de ele próprio não ver o dinheiro.
Além disso a ganância do devedor é óbvia, ao passo que a do banco teríamos que a apurar (serão estes empréstimos mais lucrativos de base? São mais complexos o que favorece serem mais lucrativos - mas simultaneamente providenciam juros mais baixos o que favorece potencialmente menores lucros ao longo do tempo - depende de como o banco conseguir cobrir a sua exposição e a que spreads tem acesso em CHF versus a sua própria moeda)
Num caso destes seria justo penalizar ambos. O banco seria penalizado com perdas nos empréstimos em que foi imprudente que depois não são pagos. O devedor seria penalizado com perdas por se ter exposto a uma variação cambial.
Ou seja, o sistema a funcionar normalmente é perfeitamente justo. Dar os bancos como "gananciosos" e nem sequer dizer que os devedores o são igualmente é basicamente o resultado de um enviezamento à priori.