A questão e solução é exactamente o que o Mistery diz:
Procurar aconselhamento judiciário qualificado e agir a partir dai.
Certamente que o melhor esclarecimento possível para este assunto, onde as partes se podem defrontar e argumentar livremente sem condicionalismo (o que não é possível em forum aberto - devido a sigilo bancário e sigilo profissional do Ulisses Pereira), é em sede de tribunal.
É por isso que pouco entendo e censuro quem, alegadamente lesado, ande para ai a levantar suspeitas e a queixar-se devido a perdas na gestão de carteiras e não tenha a coragem e dignidade de avançar judicialmente.
Que alguém se queixe acho bem, seja onde for e qual o meio. Que alguém acuse outro de ser mau gestor apresentado factos, também acho muito bem, independente do meio. Que alguém se queixe e acuse outro de cometer ilegalidades e depois não avance para tribunal, acho muito mal, principalmente quando sabe que a outra parte não pode defender-se adequadamente devido a limitações impostas pela lei.
Quem se queixa agora é a mesma pessoa que se queixou quase há um ano atrás por ter tido perdas numa carteira investida em valores mobiliários, gerida pelo Ulisses Pereira, mas que o próprio cliente acompanhou durante esse período e cujo as perdas começaram logo nos primeiros meses. O mesmo cliente a quem lhe foi perguntado se queria parar, mudar de gestor ou afins, mas que decidiu continuar. O mesmo cliente que nada fez para além de se queixar das perdas no mercado.
Para finalizar, eu tenho um caso em que o intermediário financeiro fez churning na minha conta, desviou correspondência durante dois anos, alterou os meus dados pessoas (BI e nome) no sistema informático para que eu não pudesse aceder a partir de um outro balcão do banco, escondeu-me movimentos, fez swaps, desrespeitou as minhas ordens, vendo acções que eu não tinha dado ordem (para recomprar novamente e tornar a vender e recomprar para fazer corretagem), que negou a existência de operações de trading por escrito e que depois a CMVM veio a provar terem existido, etc...
O que eu fiz? Simples, tribunal... Achava que tinha razão? Então lá fui... Claro que também enfrento uma acusação de litigância de má-fé e de denuncia caluniosa e uma excepção peremptória de caducidade; mas se acho que tenho razão, tenho de usar os meios certos e corretos para o fazer e que de facto possam fazer-me recuperar o dinheiro...
PROSA em forum, onde o direito do contraditório não é completamente possível, onde se fazem juízos de valor sem conhecer profundamente os factos (acedendo apenas a alguma informação truncada e apresenta por um dos lados), chega a uma altura que certamente não é uma tentativa de conseguir apurar a verdade e alertar, mas apenas uma campanha difamatoria, não obstante em certo momento ter a sua importância, pelo menos para alertar da consciência das pessoas que entregam o dinheiro ao gestores sem a mínima noção dos cuidados a ter na seleção do mesmo, da mesma forma que devem ser alertados para fundos de investimento (mais opacos, com hiden fees, gestores que gerem no interesse dos bancos e não dos clientes devido a falta de independencia, etc).
Resumindo: Quem se sente lesado nos seus direitos, deve procurar ajuda profissional (como sugere o Mistery: "Aconselhamento jurídico qualificado") e a partir dai avançar... o resto chega a uma altura em que não passa de prosa.
Por fim, diga-se que tenho pouco apreço pelo Ulisses como moderador do Caldeirão e não lhe reconheço nenhuma característica de bom gestor e nem sequer de bom analista (ele e boa parte aqui da malta do forum sabe isso). Parece-me, por informações que tenho, ser uma excelente pessoa (enquanto individuo na sociedade), um bom amigo e bom conversador - o que não invalida a opinião negativa que tenho nos aspectos já mencionados e nem deve isso turvar a visão das pessoas na analise do caso em questão. Eu no lugar do Ulisses, perante tudo isto, já tinha agido de outra forma se estivesse de consciência tranquila, que era avançar com processos judiciais por difamação (e há matéria para isso), embora compreenda que ele não o faça por uma questão imagem, de não parecer litigante, de nao querer atacar quem ja perdeu dinheiro.
De resto, não quero continuar alimentar este tema, que me parece já esgotado, sempre a bater na mesma coisa e, em muitos casos, é um destilar de ódios pessoais.