Às vezes a forma como as pessoas pensam chega a ser hilariante. Por exemplo, os anúncios na internet até podem por vezes ser um pouco chatos. Mas o uso de programas para bloquear anúncios é algo que não faz qualquer sentido. Não faz qualquer sentido pelo menos para quem quiser continuar a ter sites de acesso gratuito. Isto porque TODOS os sites de acesso gratuito dependem de publicidade para serem gratuitos ...
Aqui, Incognitus, não podia discordar mais da tua opinião.
Pode não fazer sentido do ponto de vista da manutenção de
alguns conteúdos como gratuitos (e sublinho o alguns), mas cabe às entidades que publicam esses conteúdos encontrarem formas alternativas de publicidade online que
não passem por abrir novas janelas no browser.
É um abuso para quem navega ter de levar com janelas que não solicitou, uma intrusão que percebo que seja sedutora, do ponto de vista do transmissor, para enfiar publicidade pelos olhos adentro dos consumidores (que mesmo que não a queiram ver, ZÁS... eheh), mas que pela irritação e sentido de intrusão que provocam é mais do que certo que vão potenciar o uso de bloqueadores (ou seja, acaba por resultar ao contrário).
Não há nenhum argumento que consiga sensibilizar as pessoas para não o fazerem, muito menos quando esses argumentos são frágeis. Repara que eu não coloco em causa a hipótese necessária sustento de portais com base na publicidade, coloco é em causa o mecanismo através da qual essa publicidade é transmitida. Arranjem outras formas. Aliás... existem muitas outras formas.
Outra coisa que me parece que está errada na tua exposição é o "TODOS os sites de acesso gratuito serem sustentados por publicidade". Não é verdade. O espírito de partilha na Internet, desde o seu início, foi o de partilhar conteúdos free, e nesse início não havia
nenhum tipo de publicidade. Com o tempo foram surgindo, e se calhar hoje essa é a "norma", a sustentação através de publicidade (não sei, não faço ideia), mas se a publicidade desaparecesse, a Internet continuaria FREE, forte e saudável, obrigatoriamente diferente na sua formulação, mas com outra filosofia de suporte e sustento.