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Autor Tópico: Ator Robin Williams encontrado morto, polícia desconfia de suicídio  (Lida 19703 vezes)

Joao-D

  • Visitante
Estás a confundir pobre com indigente.
Um casal com 2 filhos em que entram € 500,00 por mês limpos é pobre. tem que pagar renda, escola, roupas, passe e as horas extraordinárias é para comprar comida. Não tem tempo de pensar em coisas ruins, excepto a vontade de esganar um politico ou banqueiro corrupto

O valor considerado como limiar da pobreza é um rendimento de 421 euros. 500,00 euros é muito pouco, mas ainda não é considerado pobre.
É curioso, mas há pelo menos um estudo feito em Portugal publicado este ano que mostra que 48% das pessoas (quase 50%) que tem um rendimento inferior a 421 euros não se acha pobre.

Zel

  • Visitante
problemas desagradaveis relacionados com a pobreza nao dao depressoes, qd portugal era bem mais pobre havia bem menos depressoes e nao eh so em portugal que se observa isso.  se um pobre se achar uma merda por ser pobre pode ter uma depressao mas isso nao eh a mesma coisa que ter uma depressao por ser pobre pois eh um problema de percepcao que a pessoa adiciona por cima dos problemas concretos da pobreza, o chave da depressao nao esta na pobreza pois ate um rico se pode achar uma merda qd se compara com os amigos ainda mais ricos


« Última modificação: 2014-08-13 20:17:19 por Neo-Liberal »

Joao-D

  • Visitante
Acho que as situações mais graves de depressão são as que acontecem devido a traumas por maus tratos físicos ou sexuais e as que acontecem por viciação de drogas leves e duras. São problemas que não têm haver com a expetativa das pessoas para a sua vida. Não conheço nenhum estudo, mas acho também possível que a depressão aumente em pessoas com mais idade. Algumas podem achar que não vale a pena viver mais, que chegou o tempo de dizer basta, que já viveram o suficiente. Estes casos, também não têm haver com as expetativas que têm para a sua vida. No caso do Robin Williams, não sei o que foi, ele fez filmes há pouco tempo, não tinha falta de trabalho, mas o seu comportamento bipolar era conhecido e a dependência de álcool e drogas também. Podem existir problemas pessoais graves, mas também pode não existir. Ele tinha filhos, netos, casou 3 vezes, fez tudo o que lhe apeteceu na vida, tinha 63 anos, pode, simplesmente, ter achado que já tinha vivido o suficiente.

Bem dito.

É um tema complexo e ha muitas teorias. Mas cada um sabe o que sente em determinadas situacoes e pode ou nao dar a volta. Alias no fundo ninguem dá a volta a um trauma, pode é aprender a viver com ele. Traumas, stress pos traumatico, etc sao cicatrizes que ficam para a vida. Dantes tambem pensava no tema duma forma fria e pensava que quem estava mal tinha de se por bem, ate ter uma parceira sexual com graves problemas traumaticos. Estar nisto fez-me olhar para este problema do lado de dentro e perceber aquilo que nao percebia. Era uma pessoa com altos valores morais e mesmo com a minha relacao meramente sexual com ela, fez-me fazer tudo para a ajudar.

A depressao é uma doenca lixada e é o maior problema deste seculo com varios efeitos secundarios a nivel economico e social. A venda de anti depressivos mostra isso e que se desenganem os que dizem que é apenas por quererem mais e nao conseguem. Isto é um verdadeiro disparate.

O problema, tirando traumas passados é que a sociedade está a evoluir para um buraco, os valores de antes ja nao existem, as amizades sao efemeras e longe do que eram, as pessoas hoje convivem online e nao pessoalmente, onde nao existe o toque humano. A revolta instala-se na presença de injustiças sociais, a semente entra e começa-se a olhar melhor para a verdade da mentira. As relacoes e casamentos hoje sao futeis, ha 80 divorcios por 100 casamentos, a ideia de familia ja pouco existe ou pelo menos, existe com uma realidade diferente. Sao tantos factores que é futil dar opinioes ocas sobre temas que nao se dominam.

Sim, é um tema complexo. Gostei da frase que assinalei a negrito.
Uma pessoa que não passou por uma experiência do género ou não conhece ninguém muito próximo que passou pela experiência de uma grave depressão tem dificuldade em compreender e pode achar que a depressão é um pretexto para qualquer coisa sem significado, mas não é.

O tratamento psicológico dos casos é dificil e, muitas vezes, por causa que os psicólogos não estão presentes, mesmo estando presentes, ouvem mas não escutam, e não aconselham nem sugerem formas das pessoas levarem a vida delas. Não se preocupam minimamente com os doentes. Certamente há psicólogos bons e maus, mas conheço casos em que os psicólogos, simplesmente, ignoraram os doentes.

Zel

  • Visitante
eh perfeitamente possivel dar a volta a um trauma ou entao nao estou a perceber o que querem dizer com trauma, a mente eh descondicionavel

Zel

  • Visitante
ha um outro tipo de razoes que eu acho que ajuda a que as pessoas tenham mais depressoes e tem a ver com o corpo e nao com cenas de status social e expectativas, dou aqui 2 exemplos

1-hoje em dia a maioria dos empregos sao intelectuais, as pessoas fazem poucas coisas com o corpo e ao ar livre
2-comem demasiado e a toda a hora, algumas pessoas tendem a ficar deprimidas qd comem muito, antigamente comiam bem menos
« Última modificação: 2014-08-13 20:22:10 por Neo-Liberal »

Zel

  • Visitante
uma das principais correlacoes com a depressao eh o excesso de pensamentos negativos e compulvisos, ja repararam que quando fazem desporto pensam menos em tretas inuteis ? usamos demasiado a mesma parte do cerbero no dia-a-dia e entramos em loop, com a idade isto piora
« Última modificação: 2014-08-13 20:28:47 por Neo-Liberal »

Joao-D

  • Visitante
Quando se diz que "não se dá a volta a um trauma, pode é aprender a viver com ele ", é no sentido de que uma pessoa que passa por uma situação mesmo grave, pode ser por exemplo, casos de violência física e/ou sexual, coisas que elas nada fizeram para merecer, mas que lhes aconteceram, não se vão esquecer disso para toda a vida. Vão ter muitos momentos durante a vida em que se vão lembrar disso. Vão pensar que aquilo não era suposto ter acontecido a elas. Depois de coisas destas acontecerem, o comportamento delas muda obrigatoriamente. Para continuarem a viver, têm de aprender a viver, com o que lhes aconteceu. O que não é fácil, porque elas não esquecem.

Joao-D

  • Visitante
uma das principais correlacoes com a depressao eh o excesso de pensamentos negativos e compulvisos, ja repararam que quando fazem desporto pensam menos em tretas inuteis ? usamos demasiado a mesma parte do cerbero no dia-a-dia e entramos em loop, com a idade isto piora

Com isso já concordo. Mas, para uma pessoa que foi vitima de maus tratos (físicos, sexuais) é dificil para ela não ter pensamentos negativos. Vai ter uma auto-estima baixa.
Acho também que o deporto ajuda, para quem gosta de fazer desporto.


Uma outra situação que conheço. Uma pessoa maior de idade com depressão consumidora de drogas e álcool, o internamento dela só pode ser feito por opção própria, então ela opta por não ser internada e continua a consumir e a estragar a vida. É uma opção, mas ao mesmo tempo não é, porque ela não está mentalmente capaz de decidir o que é melhor para ela, mesmo sendo maior de idade.
« Última modificação: 2014-08-13 21:13:30 por João-D »

Zel

  • Visitante
uma das principais correlacoes com a depressao eh o excesso de pensamentos negativos e compulvisos, ja repararam que quando fazem desporto pensam menos em tretas inuteis ? usamos demasiado a mesma parte do cerbero no dia-a-dia e entramos em loop, com a idade isto piora

Com isso já concordo. Mas, para uma pessoa que foi vitima de maus tratos (físicos, sexuais) é dificil para ela não ter pensamentos negativos. Vai ter uma auto-estima baixa.
Acho também que o deporto ajuda, para quem gosta de fazer desporto.


Uma outra situação que conheço. Uma pessoa maior de idade com depressão consumidora de drogas e álcool, o internamento dela só pode ser feito por opção própria, então ela opta por não ser internada e continua a consumir e a estragar a vida. É uma opção, mas ao mesmo tempo não é, porque ela não está mentalmente capaz de decidir o que é melhor para ela, mesmo sendo maior de idade.

acho que a maioria das pessoas com depressao nao passaram por um trauma do tamanho duma violacao em crianca ou guerra, isso eh a excepcao


Joao-D

  • Visitante
Talvez, apesar das violações em Portugal serem, infelizmente, algo frequentes.
Uma mulher é violada por dia, em média. E três crianças são violadas por dia, em média.

Mas, os maus tratos podem não ser sexuais, apenas físicos e verbais, e serem na mesma experiências  traumáticas. Por exemplo, se a personagem Bart da série "Os Simpsons", que retratam uma família
 “quase-comum” de classe-média, existisse na realidade e crescesse, ele seria com uma grande probabilidade uma pessoa deprimida.
Há vários casos em Portugal e no mundo de "Barts" que se tornam pessoas com depressão.

Em Portugal, acho que há também vários casos de pessoas que têm depressão por serem viciadas em álcool e/ou drogas. Há vários problemas diferentes.

Incognitus

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Talvez, apesar das violações em Portugal serem, infelizmente, algo frequentes.
Uma mulher é violada por dia, em média. E três crianças são violadas por dia, em média.

Mas, os maus tratos podem não ser sexuais, apenas físicos e verbais, e serem na mesma experiências  traumáticas. Por exemplo, se a personagem Bart da série "Os Simpsons", que retratam uma família
 “quase-comum” de classe-média, existisse na realidade e crescesse, ele seria com uma grande probabilidade uma pessoa deprimida.
Há vários casos em Portugal e no mundo de "Barts" que se tornam pessoas com depressão.

Em Portugal, acho que há também vários casos de pessoas que têm depressão por serem viciadas em álcool e/ou drogas. Há vários problemas diferentes.

Isso não seria muito frequente para estes efeitos. Assumindo 4 violações por dia todos os dias do ano durante 71 anos e cumulativas (cada pessoa violada uma vez), só daria 1% da população total violada, ou 2% das mulheres se fossem só mulheres. Não explicaria traumas muito espalhados.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Joao-D

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Não sei se há traumas muitos espalhados. Ninguém disse que havia.
Já se escreveu de vários factores que podem dar origem a depressão que não são necessariamente traumas.

Joao-D

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Já agora, as estatísticas que dei são de casos que são reportados em Portugal. Há obviamente casos que não são reportados. Segundo a RAINN [Rape, Abuse and Incest National Network], uma organização norte-americana contra a violação, os abusos e o incesto, uma em cada seis mulheres é vítima de violação ou de tentativa dela.

No entanto, como disse, maus tratos não é apenas quando é uma violação, os maus tratos podem ser físicos e/ou psicológicos também, em casos de continuação durante anos, dão origem a casos de depressão. Drogas também podem dar origem a depressão. E outros casos que já foram referidos há posts atrás.

Æ

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uma das principais correlacoes com a depressao eh o excesso de pensamentos negativos e compulvisos, ja repararam que quando fazem desporto pensam menos em tretas inuteis ? usamos demasiado a mesma parte do cerbero no dia-a-dia e entramos em loop, com a idade isto piora

Que tipo de pensamentos negativos?
Por exemplo, no mundo dos negocios, conheco alguns grandes empresarios carregados de expectativas negativas sobre negocios, altas doses de pessimismo e nao caem em depressao. Em alguns casos ate parece que é isso que as move. Conheco um empresario com algumas raizes portuguesas dono de uma empresa cotada na nyse com uma capitalizacao bolsista de 17 bilioes que é bastante feliz mas o pessimismo e pensamentos negativos sao o dia a dia dele.
La está, nao ha grandes regras para isto, existem algumas excepcoes( caso das violacoes), traumas profundos nao sao faceis de dar a volta, especialmente vindos da infancia ou adolescencia. Por exemplo um pai ou mae com atitudes bully para com um filho, com humilhacoes etc. ainda ha uns meses um filho matou a mae com 20 facadas por levar carolos a toda a hora e ser humilhado pela mesma. Ha muitos casos que os filhos nao se revoltam, reprimem os impulsos e isso leva-lhes um problema para a vida.
Podemos ficar aqui a dar milhares de teorias ou exemplos.
A titulo de curiosidade, uma pessoa com baixa imunidade é certamente um candidato a sofrer uma depressao.
Doenças intestinais idem. Razoes e teorias venham elas

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A genética tem alguma influência e como o cérebro é, em grande medida, uma incógnita, ainda estamos muito longe de conseguir explicar as doenças mentais.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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O Robin Williams estava nas primeiras fases de ter Parkinson's.
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kitano

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e estava meio falido...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Joao-D

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What media got wrong on Robin Williams' suicide

The media also oversimplified the reasons Williams took his own life -- for example highlighting money problems -- when we know that there is no one reason people choose to take their lives. The reasons are varied and complex.

Concerning too is the effect that wall-to-wall media coverage about a celebrity suicide can have on the public. However unintentionally, it can appear to glamorize and romanticize the incident. One of the most well documented examples of the copycat effect of a celebrity suicide was that of Marilyn Monroe. During the month of her suicide in August 1962 there were an additional 303 suicides, an increase of 12%.
Suicide is a sensitive and complicated subject which affects a huge number of people. This is why, when news of Robin Williams' death first broke, we issued a briefing to all newsdesks which provided advice on how to report suicide in a sensitive, and responsible, way.
We followed it up with a second briefing the next afternoon. We urged journalists to consult Samaritans media guidelines, this resource has been produced in conjunction with journalists and has been welcomed by editors.
While we appreciate journalists have a hugely difficult task presenting breaking news to readers quickly and concisely against increasingly tight deadlines, accuracy and sensitivity cannot take a back seat. When journalists are writing pieces they should always consider the impact that the tone, content, prominence and imagery of their story will have on their audience.
Opinion: Suicide doesn't set you free
I have been asked a lot over the last few days why certain aspects of a death by suicide should not be reported. In short it's to keep people, who may be struggling with their mental health, safe. We know that around 6,000 people take their own life every year in the UK, and thousands more will attempt suicide, seriously contemplate it and battle mental health problems.
When done correctly, media coverage can be incredibly powerful in helping people to seek support and advice. It can also contribute towards changing public attitudes towards mental health problems and reducing the stigma that sadly still exists.
We are hopeful that there is willingness in the media industry to listen and act on the concerns raised by the mental health charities, experts and their own audiences. Social media is giving readers a voice like never before and editors now know quickly when they are out of step with the public mood. We believe we can work collaboratively with the media to make mental health and suicide reporting safe.

http://edition.cnn.com/2014/08/14/opinion/robin-williams-suicide-media/


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Robin’s Pain: The Mystery of Suicide — and How to Prevent It

Robin Williams was just one of 39,000 Americans who take their lives each year. The long-standing puzzle is why anyone arrives at so tragic a place. Increasingly, there are answers

The great paradox of the human brain is that it can’t feel pain. The organ that is the seat of all joy and worry and love and sorrow and whimsy and fear is itself insensible to injury. It’s the reason brain surgery can be conducted on conscious patients without their being any more physically aware of the cutting than if a garment they were wearing were being violated the same way.

But the pain the brain can cause — the bottomless well of grief, the psychic blackness of depression — is something else again. There is both presumption and a certain pointlessness in trying to explain the awful convergence of sorrow and circumstance that drove Robin Williams to end his life. Williams himself may not have known, and if he did, the secret died with him. That doesn’t stop others from trying to make sense of it, of course — and so we hear that he was suffering from clinical depression or bipolar disorder, or that his battles with substance abuse finally claimed him.

Williams was publicly sanguine about his mental state, telling NPR in 2006, “No clinical depression, no. I get bummed, like I think a lot of us do at certain times. You look at the world and go, ‘Whoa.’ Other moments you look and go, ‘Oh, things are O.K.’” But after his death, his representative released a statement saying he had been “battling severe depression of late.”

The only thing that can be said with certainty is that Williams arrived at the same terrible place 39,000 other Americans reach each year, and like them, he concluded that the only way to annihilate a terrible despair was to annihilate the self. All anyone can do responsibly is reason back from there — reverse engineer the tragedy — and see what that might reveal.

The numbers can tell you something — sort of. Up to 90% of all people who commit suicide have been diagnosed with depression or some other form of mental illness in their lives. About one third of people with serious depression have had struggles with drugs and alcohol, perhaps as a result of trying to medicate their pain chemically. About 25% to 35% of people who commit suicide have a chemical substance in their blood at the time of death.

But there are plenty of depressed or chemically dependent people in the world, and while their struggles are real, their stories — and their lives — don’t end the way Williams’ did. The difference appears not just to be pain, but pain of a particular valence.

“It’s intolerable, unbearable anguish that can’t go away,” says psychologist Dan Reidenberg, executive director of Suicide Awareness Voices of Education (SAVE) and U.S. representative to the International Association of Suicide Prevention. “No matter what people have tried — treatment, medication — it doesn’t help. Logic becomes unreal. Attention and focus fall apart. The brain is just an organ and at some point it says, ‘I can’t take the pain anymore. I must take myself out.’”

But that doesn’t happen overnight. There’s a certain ambivalence and a strange kind of deal-making that can go on before a decision to die is actually reached. Suicidal scenarios may be considered, even planned, taken off the shelf and toyed with as a possibility. “This starts to play certain tricks on the mind,” says Reidenberg. “People think, ‘If someone smiles at me today I’m not going to do it. I’m going to have my last meal and if that goes well, I won’t do it.’”

Not all suicides creep up so slowly — or at least they don’t seem to. Situational despair — the kind that comes from the death of a loved one or a sudden bankruptcy — can, anecdotally, precede a suicide, but this happens less than is popularly believed. All of those investors who leapt to their deaths when the stock market crashed in 1929? Those were mostly a myth — though there were some isolated suicides in the days and months that followed the crash. And even in those cases, there was likely an underlying depression or mental illness that was exacerbated by circumstance. If tragedy were the threshold requirement for suicide, a spectacularly successful and globally celebrated person like Williams — or Kurt Cobain or Ernest Hemingway or Marilyn Monroe — would never have ended things as they did.

On those occasions that short-term pain does play a role in suicide, it’s likelier to occur among teens. That’s partly because the impulse control region of their brains have not fully come online yet — which is why even happy teens make such wildly poor decisions sometimes — and partly because they have such a flawed sense of the long arc of time. “The teenager cares about right now, what’s in front of me,” says Reidenberg. “They’re not looking at the next 60 years, they’re thinking about the next six minutes.”

The biggest thing working in the teens’ favor is that they often seem less than entirely certain about the wisdom of suicide, even after they’ve resolved to try it. “There’s a much higher rate of suicide attempts among adolescents than among other groups, but a much lower rate of actual death,” says psychologist John Draper, project director of the National Suicide Prevention Lifeline, which runs a website and 24-hour hotline (1-800-273-8255) for people in crisis. “A big part of them doesn’t want to die and the overwhelming majority get through those moments and are glad they’re alive.”

Indeed, says Reidenberg, both teens and adults who attempt suicide but survive often report that in the instant after they took the decisive step — swallowing the pills, leaping from the window — they began hoping that they’d survive the fall or be found alive before the drugs could do their work. Some never try again.

Stopping people short of that point — or pulling them back from the brink if they’ve reached it — can sometimes be a matter of simple preparation. For anyone who has flirted with suicide, Draper recommends putting together a safety plan that can be used in a time of crisis — a list of friends, family members and professionals to contact for help, as well as reminders of self-calming activities or short-term distractions that have worked in the past. Keeping the instruments of self-harm out of reach is important too. About 60% of the 33,000 gun deaths in the U.S. each year are suicides.

Making psychotherapy more widely available can help as well. Roughly 60% of the people who need mental health services in the U.S. each year do not get it, often beause of the stigma of seeking help, though just as often because of lack of insurance. The Affordable Care Act is changing that, with requirements that all policies cover mental, not just physical illnesses.

Early detection of people prone to suicide could make a difference, and one finding earlier this summer revealed that a gene known as SKA2, which is abundant in the prefrontal cortex, may play a role in helping people manage negative feelings and contain impulsive behavior — both important brakes on suicidal behavior. Handily, the gene produces blood markers that indicate its level of activity, providing a quick way of diagnosing potential problems long before they start. Talk therapy is important too, and medications may be an important adjunct, though just which drug is best depends on just which patient is being treated — antidepressants for the depressive, mood stabilizers for the person with bipolar disorder.

As with any deadly disease, of course, there is nothing certain about who will be lost to suicide and who will not. Williams himself seemed to understand the knife edge on which such mortal matters balance. In a 2006 TV interview, after completing two months of treatment for a relapse into alcoholism, he described how easy it is for a former drinker to pick up the bottle again. “It’s the same voice that … you’re standing at a precipice and you look down, there’s a voice and it’s a little quiet voice that goes, ‘Jump.’” This week, in his own way, Robin Williams jumped — and a little bit of all of us went with him.

http://time.com/3107468/robin-williams-dead-suicide-psychology/
« Última modificação: 2014-08-14 20:21:29 por João-D »

vbm

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Nunca apreciei muito deste actor.
Muito palhaço para o meu gosto!

E, impressiona, um brado tão clamoroso
pela  morte de um mero actor de cinema.

Não me parece assim tão relevante.
Americano demais para dele ter gostado.

Zel

  • Visitante
como actor tb nunca gostei dele, so sabia fazer o papel de palhaco comovido

nao entendo como eh que alguem como ele pode estar falido
« Última modificação: 2014-08-14 21:28:55 por Neo-Liberal »