tu tentas avaliar possiveis razoes de forma racional (para ti), nao entendes que a interpretacao da pessoa deprimida eh o verdadeiro problema e nao o problema em si mesmo isolado da interpretacao. aquilo q para ti eh irrelevante pode dar suicidio para outra pessoa. o facto de o robin estar na drogas eh provavelmente mais um sintoma de um problema psicologico do que uma razao para o suicidio. depois usas o argumento de autoridade de que es especialista do assunto porque ja viste casos semelhantes, mas se essa logica predominasse entao todos os jogadores profissionais de futebol seriam bons treinadores. mas nao sao porque ha pessoas q nunca entendem o q as rodeia por muito contacto que tenham com a informacao
Não tinha lido esta parte. Tu misturas tudo num só assunto. E assim fica dificil responder.
Por partes, jogar futebol é diferente de ser treinador de futebol. Há jogadores que se interessam pela parte tática e que ouvem com atenção os treinadores e ficam atentos aos posicionamentos dos jogadores adversários e colegas em campo, e outros que não ligam nenhuma para isso, querem é jogar à bola, quase da mesma forma que as crianças que brincam na rua.
Como disse há um tempo, acho que os que jogam na posição 6 (médio defensivo), têm mais tendência a entender a parte tática do futebol porque a posição deles faz a ligação entre o ataque e a defesa, e têm por isso de compreender tanto o posicionamento da defesa como do ataque. Isso não quer dizer que só os números 6 possam ser bons treinadores. Tudo depende do estudo que a pessoa, seja treinador ou não, faça sobre o jogo. Mas não mistures assuntos.
Em relação à depressão, drogas e álcool.
Como os psicólogos costumam dizer, cada caso é um caso.
Para entender bem é necessário falar com a pessoa que passa pela experiência individualmente e ouvi-la com atenção.
Geralmente, é isso que os psicólogos fazem, embora ache que os psicólogos devem também dar indicações, conselhos, às pessoas, e não apenas ouvirem.
Como disse, há uns anos, conheci várias pessoas com problemáticas de abuso de drogas e álcool e também com depressão e abusavam de drogas e álcool por razões diferentes.
Por exemplo, conheci uma pessoa que desconfiei que teve uma experiência traumática e bebia grandes quantidades de álcool para o esquecer, mas não confirmei se teve uma experiência porque não me disse. – Foi uma suspeita que tive numa conversa.
Outra pessoa, bebia grandes quantidades de álcool para no fim sentir a “moca” que dava no final. Não bebia para saborear a bebida.
Outras, disseram que começaram a consumir drogas para experimentar e acabaram por consumir todo o tipo de drogas que se pode imaginar, desde as mais leves até às mais pesadas.
Outras, não chegaram às drogas que são mais pesadas, mas estavam na mesma visivelmente alterados depois de tanto consumirem.
Nos casos que conheci as pessoas não conseguiram deixar as drogas. Eram situações de pessoas que abusavam de drogas há vários anos.
Conheci muitas situações e seria dificil falar de todas, mas havia, por exemplo, uma pessoa que esteve em várias clínicas de tratamento no estrangeiro e em Portugal, durante vários anos e, mesmo assim, não parava completamente de consumir. Apenas, no tempo que falei mais com ela, consumia drogas menos duras do que aquelas que consumia antes.
Conheci uma pessoa que há 7 / 8 anos não conseguia parar de consumir drogas, apesar de tratamentos e internamentos, e acabou por se suicidar. Esta foi a situação pior, mas em nenhuma das que conheci houve finais que se possam dizer felizes.
Aquilo que posso afirmar é que uma pessoa depois de abusar de drogas e álcool durante vários anos fica alterada psicologicamente e fisicamente. Vi isso.
E, daquilo que li, a dependência de drogas e álcool pode levar à depressão e a depressão pode também levar ao consumo de drogas e álcool.
O caminho aponta para os dois lados.
Se uma pessoa com depressão abusa de álcool e drogas é uma situação bastante dificil de resolver.