Karnuss, a tua cunhada e a mãe estão cá em Portugal ? Como é que fazem com a carne ? Supostamente, além de uma série de outros requisitos, o animal deve ser sangrado antes de morrer, não é ? Suponho que isso por cá seja proibido. Sei que há alguns talhos Halal mas presumo que a carne tenha de ser importada ?
Sim estão cá. A minha cunhada nasceu em Bali mas passou a maior parte da vida em Braga e Lisboa. A mãe dela é mesmo de Braga. A única restrição com a carne é não comerem porco, de resto comem carne normal de vaca, frango etc, do supermercado. E tb bebem vinho e álcool. É não rezam 5x ao dia viradas para Meca :-)
Se formos a ver, a comunidade muçulmana em PT é esnagadoramente assim
O que isso parece significar é que nem elas gostariam que lhes fosse imposto um Islão a sério ...
Qual seria a opinião delas se estivessem perante a alternativa de lhes ser imposta a sua religião com todas as suas implicações (e não apenas da forma soft que a praticam), versus o ser ilegalizada essa imposição?
A mesma que a dos católicos não praticantes (que representam a maioria dos católicos) - encolhem os ombros, ignoram a provocação e continuam a professar a sua fé da maneira que entenderem melhor. Um católico é-o por acreditar em Deus e na ressurreição de Cristo, e não por ir ir à missa todos os dias ou fazer sexo apenas dentro do casamento; um muçulmano é-o por acreditar que só há um Deus e que Maomé é o seu profeta, e não pro rezar 5 vezes ao dia voltado para Meca, ou por usar burka.
Relativamente ao estudo do Pew Forum on Religion and Public Life sobre a sharia que colocaste mais atrás suspeito que os resultados sejam influenciados por um tipo de bias politicamente correto, inverso ao que aconteceria caso fizessem as perguntas cá: naqueles países é mais socialmente bem visto defender a sharia (mesmo que a maioria não saiba exactamente o que isso é), daí a sobre-representação de respostas positivas relativamente à mesma; porque na realidade, quando se vêm confrontados com a aplicação da sharia em modo "completo", os mesmos que a defendem opõe-se à sua implementação efectiva. Basta ver os resultados das eleições livres na Tunísia, onde os partidos islamitas como o Ennahda, apesar das sondagens extremamente favoráveis, foram derrotados pelos secularistas do Nidaa Tounes.