Muito bem. A libanesa, jornalista, teve razão. É algo que os indivíduos têm de aprender: exercer a sua autoridade dentro do seu poder. Que não é uma estrita emanação do patrão que os contrata, mas existe e exerce-se na deontologia de cada actividade profissional. [ Assim, por exemplo, quando a princesa Diana disse ao motorista, no túnel de Alma, para ir mais depressa e fugir aos paparazzi, ele devia simplesmente abrandado ou parar mesmo o carro, - a responsabilidade da condução era dele, não da princesa -, e desse modo, já o Dodi não teria desgraçadamente morrido!] Considero que a justiça deve defender todos os profissionais que desassombradamente repudiam todas as ordens violadoras da responsabilidade de cada um com os seus deveres e direitos de cidadania e deontologia profissional.
Em todo o caso, embora no exemplo videogravado, a libanesa, jornalista, tenha a razão consigo, em Portugal, o que noto e destaco, é a incompetência dos jornalistas a entrevistarem as pessoas que pensam e sabem; incompetência por ignorância e por não terem a maturidade de saberem situar-se em relação ao seu papel numa entrevista; lamentavelmente, especializaram-se, aliás, em entrevistarem-se uns aos outros e raramente às pessoas independentes da sociedade civil, que aliás tendem, elas próprias, a recusar entrevistas, justamente pela falta de profissionalismo dos entrevistadores!