My 2 cents, com base no que tenho lido sobre isto:
Este não é um problema de "nós" ocidentais conta "eles" muçulmanos, é mais complexo que isso.
As principais vítimas dos atentados terroristas perpetrados por fundamentalistas islâmicos por este mundo fora são muçulmanas (Yemen, Afeganistão, Turquia, Tunisia, Beirute, Bagdad). O facto de se noticiarem as vítimas ocidentais com muito mais enfoque não altera esta realidade objetiva. Os muçulmanos são as principais vítimas do ISIS. Eu diria que, a este ritmo, qualquer dia já não há muçulmanos para além dos que adiram ISIS... Naturalmente que as vitimas "de cá" nos suscitam maior comoção, mas não devemos deixar de ver a "big picture".
Por outro lado, aparentemente estes terroristas (de Paris e Bruxelas) eram pequenos ou médios delinquentes, com uma prática religiosa ou muito recente ou muito superficial, em que as relações com os pares foram a principal força agregadora. Malta de segundas e terceiras gerações, "alienados" da sociedade em que cresceram, que lhes dá o básico e lhes suscita desejos inatingíveis. No fim, basta um rastilho (ideologia religiosa) para o atentado.
Para controlar este indivíduos, é necessário adotar políticas que a esquerda europeia não está disposta a aceitar, por as considerar políticas "de direita" (profiling, vigilância mais apertada de certas comunidades, restrições à imigração de muçulmanos, possibilidade de expulsão de 2ª e 3ª gerações, etc...).
Por fim, IMHO continua a faltar uma grande manifestação de muçulmanos condenando estes atentados inequivocamente, sem "mas". É inaceitável que ainda não o tenham feito. Que falta faz a esta gente uma autoridade central, tipo Papa...