A arbitrar no campo tenho a ideia de que o Jorge Sousa da associação de futebol do Porto foi o melhor. Foi também essa a avaliação final.
Sobre o sorteio, acho que os árbitros de um modo geral têm razão, porque não há sorteio em mais nenhum lado. Na Espanha, Itália, Inglaterra, UEFA, FIFA, etc, há sorteio. Eu acho que a nomeação faz sentido quando se nomeia os melhores árbitros para os jogos mais importantes. A não nomeação prejudica a carreira dos melhores árbitros, porque a classificação está feita para atribuir melhor grau de pontuação aos jogos mais importantes (entre os primeiros classificados). E se eles não arbitrarem esses jogos não conseguem subir nas carreiras.
O problema é que na época passada houve jogos importantes que não tiveram os melhores árbitros.
E, por exemplo, o Marco Ferreira, que é um arbitro profissional e internacional, não arbitrou nenhum jogo importante, nem na primeira divisão, nem segunda, e dizem que isso foi decisivo para ele descer de categoria. Dizem também que houveram outros árbitros profissionais, que estavam também para descer de escalão, como ele, e que nos últimos jogos foram nomeados para arbitrar jogos entre os primeiros classificados da segunda liga só para não descerem de escalão.
A minha conclusão desta história é que haveria facilmente acordo entre árbitros e clubes se o presidente do conselho de arbitragem (Vítor Pereira) se demitisse. A maioria dos clubes acho que aceitaria o sorteio se fosse outro a nomear os árbitros. A hipótese óbvia de substituir o Vítor Pereira seria o Pedro Proença, mas o Vítor Pereira já disse que não demitia, e é isso que está confuso. Dá a ideia de que os clubes não conseguiram expulsar o Vítor Pereira do lugar, e que foi por isso que avançaram para o sorteio.