Este é um tópico muito recorrente no fórum, pelo que para não entupir outros tópicos foi criado este especificamente para o tema.
Segundo o Merriam-Webster, as definições são as seguintes (em bold é a minha ênfase, já que a primeira definição não é necessariamente abrangente. É possível colectivismo que enfatiza o colectivo sobre o indivíduo SEM que se pronuncie sobre a posse dos meios de produção. Isto embora o colectivismo "mais conhecido" seja o socialismo/comunismo que advoga a posse pública dos meios de produção. De notar que o ponto 1 não diz que isso é necessário, diz sim "especialmente", o que até está correcto na medida em que o colectivismo mais comum é o socialismo/comunismo).
Definition of COLLECTIVISM
1
: a political or economic theory advocating collective control especially over production and distribution; also : a system marked by such control
2
: emphasis on collective rather than individual action or identity
Definition of INDIVIDUALISM
1
a (1) : a doctrine that the interests of the individual are or ought to be ethically paramount; also : conduct guided by such a doctrine (2) : the conception that all values, rights, and duties originate in individuals
b : a theory maintaining the political and economic independence of the individual and stressing individual initiative, action, and interests; also : conduct or practice guided by such a theory
De forma simples, o colectivismo advoga a primazia do colectivo sobre o indivíduo e o individualismo advoga a primazia do indivíduo sobre o colectivo. Na prática, isso significa que opções tomadas por representantes do colectivo sobrepõem-se a opções divergentes tomadas pelos indivíduos, ao passo que no individualismo isso não acontece.
------------- Polémica
O único problema que geralmente ocorre no fórum sobre estas duas formas de organizar a sociedade, tem essencialmente a ver com a forma como o colectivismo sobrepõe as suas opções às dos indivíduos onde tal patentemente não é necessário.
Por exemplo,
na cultura isso significa arbitrariamente apoiar um dado artista, em vez de permitir que as opções de todo o povo apoiem proporcionalmente os artistas que cada indivíduo deseja apoiar.
Na educação isso significa o colectivo impossibilitar a escolha da escola, seja dentro do sistema público, seja a possibilidade de optar por uma escola privada gozando de um apoio igual ao que todas as outras crianças obtêm. No caso da escola privada a opção pela mesma é penalizada por o Estado via o não apoio à criança cujos pais optem pelo ensino privado. Sendo o custo de uma educação até de uma única criança uma percentagem elevada do rendimento médio em Portugal, esta penalização de não apoio de uma dada opção não sendo uma proibição, é próxima.
A sociedade em si é gerida num misto de colectivismo e individualismo, estando muitos campos abertos a que o indivíduo decida inteiramente pela sua cabeça. A polémica surge em campos onde existem limitações a essa possibilidade não obstante não existirem razões para tal (entendendo-se "razões" por "não existirem vítimas inocentes independentemente das opções tomadas" -- já que "bons motivos" existirão sempre muitos para justificar qualquer opção ou medida colectivista, já que o colectivismo existe precisamente por se achar existirem bons motivos para se sobrepor ao individualismo).