Uma sociedade liberal funciona como a nossa, apenas em pormenores onde não há necessidade de forçar os outros, não se força.
Por exemplo, não se forçam opções culturais, eventualmente não se forçam apoios culturais. Não se forçam escolhas de escolas nem hospitais mesmo tendo-se um serviço de saúde e educação gratuitos, financiados pelo Estado.
Não se forçam formas de segurança social excepto talvez uma base igual para todos. O resto pode ficar por cada um OU pelo Estado, para quem por ele opte. Esquemas capitalizados, fora da base igual para todos.
E por aí adiante.
Aquilo que temos hoje já está bastante bom, se limarmos as arestas ao Estado de forma a que ele não seja tão usado para avançar as agendas de algumas pessoas e organizações. Coisas financiadas pelo Estado como saúde, educação, justiça, segurança, etc, são razoavelmente consensuais e se não o fossem poder-se-ia ter uma pequena cláusula de opt-out para as consensualizar. O que falta nesses casos é apenas moldar esses sistemas de forma a que quem queira ser assistido por entidades do Estado o seja, e quem queira ser por outras o seja também, desde que ao mesmo custo. E dentro e fora do Estado existir liberdade de escolha. E as entidades Estatuais poderem falir (implicando destituições de gestores e trabalhadores, não necessariamente o fecho da instituição, como também ocorre no privado).
Já só se luta nas margens.