Muito se tem escrito, em tão pouco tempo deste tópico, sinal que é um tema quente. A nível académico e internacional, usando um termo de direito, "a doutrina divide-se", pelo que, espanta-me, ver por aqui tantas certezas.
Se me permitem, queria deitar mais uma acha para a fogueira.
Crêem que existe algum nexo de causa/efeito, o facto de, na transição de economias para o capitalismo, os países que questionaram a forma FMI/Washington (por exemplo a China e a Índia) e optaram por inserir-se na globalização, de forma independente, mais gradual, sem aderir ao Consenso de Washington, vieram a obtiver melhores resultados, económicos e sociais. Ao invés, aqueles que não questionaram a forma FMI/Washington, e, aderiram de forma incondicional e consensual, acabaram como a Argentina ou o Brasil, com graves crises financeiras. A própria Rússia, que seguiu à risca o tratamento de choque apregoado pelo FMI, enfrentou sérias dificuldades económicas e sociais. Já a Polónia, que optou por uma abordagem mais gradual e de transição, saiu-se bem melhor.
Há aqui alguma causa/efeito, ou é obra do acaso?
Bom fim de semana.