Sou a favor de ajuda aos refugiados. Sou contra que eles e seus descendentes fiquem a colonizar o nosso território. O nosso objectivo como europeus deve ser preservar o território da Europa para os nossos desdendentes e não para os descendentes dos outros. Sermos colonizados é semelhante a perdermos militarmente parte do nosso território (e, às vezes, acaba por resultar no mesmo, pense-se ao que aconteceu aos sérvios no Kosovo, para quem conhece toda a história).
Não creio que estejamos nem remotamente próximos de uma situação de colonização (embora num ou noutro país "fronteiriço" o caso mude de figura), mas no geral partilho dessa posição quanto aos refugiados. Enquanto situação tendencialmente temporária (que terminará eventualmente com o fim da guerra na Síria, e com o recuo territorial do ISIS), a ajuda durará enquanto não for possível permitir o regresso destas pessoas ao seu país. Findo este período, defendo que deva haver um plano e um esforço (embora não uma obrigatoriedade) para encaminhar os refugiados de volta para os países de origem. O assunto é imensamente mais complexo do que isto, mas no grosso esta é a minha posição.
A situação não é temporária, este fluxo é apenas um de muitos, que levou a populações islâmicas consideráveis em França e já suficientemente grandes na Suécia para causarem muitos problemas.
A situação da guerra na Síria prevê-se temporária. O fluxo que dela decorre naturalmente---a fuga da população civil---é o assunto que está neste momento a causar uma crise humanitária e a testar a verdadeira democracia e união entre os povos europeus (nos "exames" até agora efectuados, tal democracia e união não tiveram 0 valores, mas ainda assim chumbaram miseravelmente).
Em todo o caso, a questão continuar a colocar-se, quer em relação a este movimento concreto, quer em relação a todas as outras causas que determinam que haja esse fluxo: Como vai a Europa reagir? O que vai fazer face à crise humanitária em curso? O que vai fazer em relação a todos os "estrangeiros" que pretendam viver e permanecer (ser regressar aos países de origem) dentro das suas fronteiras?
Claro que há colonização. E, em muitos países europeus, uma enorme colonização.
Os refugiados devem ser preferencialmente ajudados nos países vizinhos. A nós poderemos ajudar fortemente esses países.
E o estatuto de refugiado deve prever o repatriamento obrigatório quando terminar a situação que deu origem ao refúgio (eventualmente com prazos alargados se tiverem empregados, com filhos na universidade ou doenças).
Sim, a guerra na Sìria será temporária, embora de duração incerta (nunca se sabe quanto tempo dura uma guerra, penso que o recorde é da guerra dos cem anos, durou 116 anos). O problema é que haverá sempre outras guerras. Mesmo atualmente, a maioria dos que pedem refúgio não é síria. São afegãos, somalis e de muitas outras nacionalidades.
Controlar a imigração não é anti-democrático. Tenta discutir sem usar esse tipo de rótulos.
Relativamente a união entre países europeus a solidariedade variou:
-a Suécia e a Alemanha tentaram ser solidárias, mas rapidamente atingiram (ultrapassaram?) o limite.
-outros países, embora considerando que se devem receber refugiados, mostraram-se menos receptivos.
-mas muitos países (principalmente do leste) são contra a entrada de refugiados. Querem-nos recambiados para a Turquia. Nesse caso, não é uma questão de falta de solidariedade com a Grécia ou a Itália, é uma questão de divergência de opiniões. Eles acham que a Europa deve impedir a entrada/recambiar os imigrantes. E ajudar os refugiados nos países vizinhos (Turquia/Líbano/Jordânia). E também consideram que permitir a entrada/permanência apenas estimula a vinda de mais e o negócio dos traficantes, agravando os problemas na Europa e não resolvendo o problema dos refugiados (os que estão no Médio Oriente são os que mais precisam de ajuda e, por muitos que venham, muitos nunca virão, particularmente os mais vulneráveis/doentes/pobres que são aqueles que mais precisam de ajuda).