Depois com a desvalorização todos os Gregos perderiam poder de compra (empregados e desempregados), pelo que a Grécia ficaria mais competitiva. A partir do ponto mais baixo alcançado imediatamente após a saída do Euro, a Grécia tenderia a recuperar e a obter mais emprego. Quando este tipo de desvalorizações ocorre, geralmente faz sentido comprar o mercado imediatamente após a desvalorização (após a implosão, entenda-se).
No fundo seria igual ao que se está a tentar com a desvalorização interna. Mas com a desvalorização interna o pessoal berra imenso para se conseguir uma desvalorização do custo de trabalho de pouco mais de 10% (como vês no teu gráfico). Ao passo que com uma desvalorização da moeda, esse custo do trabalho caí 40% ou 50% de um dia para o outro e ninguém pia.
(Já agora, algumas das medidas que estão nesses gráficos, como o "risco de pobreza" são intrinsecamente falaciosas e nem sequer piorariam inicialmente com uma quebra de 40-50% do poder de compra -- incluindo o poder de compra dos pobres ou quase. De seguida essas medidas melhorariam com o aumento de emprego, ainda que esse aumento ocorresse 30% ou 40% abaixo do poder de compra que tinham antes)