Englobamento de rendimentos de capital e taxação sobre o mesmo tem-se vindo a escapar, mas desta vez será dificil. Terá de ser rapado tudo.
É comprar agora e não vender então? Para não se gerar mais valias...
Eu estou a especular, claro, mas isto dos rendimentos de capitais é um terreno apetecível e fácil de vender (vejam lá que eles só pagam 28% por ganhos "fáceis" e as pessoas que trabalham pagam muito mais !).
Além de que "fortunas" acima de X é também muito fácil tributar com o apoio geral. Sendo que fortunas em Portugal significará muito pouco. Quaisquer 50K ou 100K já é um ricalhaço.
Ficaria surpreendido:
a) que não houvesse orçamento rectificativo (não é possível encaixar uma crise destas sem rectificativo)
b) havendo rectificativo isto dos capitais será uma coisa que pode bem acontecer, antes de cortarem salários ou aumentarem IVA, IRS, etc.
Sobre a forma.... isto é o tipo de coisas que implica um projecto de lei (de orçamento rectificativo), o que nos pode dar alguma margem. Talvez não seja como aquela decisão das mais valias há uns anos, em que fizeram a meio do ano, com efeitos retroactivos ao princípio do ano (o Zenith é que sabia se isso chegou a sustentar-se ou não, não me recordo se foi declarado inconstitucional).
Sobre taxa sobre "fortunas" também podemos confiar que estes gajos são incompetentes e eventualmente deixem algumas portas abertas por não conhecerem bem os produtos financeiros (e sabemos que não conhecem). No último dia que conta para taxação em vez de ter um longo trocá-lo por um sintético do longo, por exemplo. Mas isso seria coisa para a secret, se lá chegarmos.