Em relação à diferença na performance desportiva, que é factual (a maioria ou mesmo todos os records do mundo femininos em atletismo, natação, ciclismo, etc. são piores dos que os masculinos), os defensores da inexistência de género defendem a teoria de que tal acontece porque a sociedade (a tal construção social) leva a que o universo inicial de rapazes/homens a praticar desporto é muito superior ao universo inicial de mulheres e, portanto, o resultado final é melhor nos homens devido a esse ponto de partida.
Enfim, isto das ciências sociais dá para arranjar as mais variadas explicações, até para a performance física...
Fonix, a sério que a explicação que dão é essa?!
Mesmo que o universo inicial fosse mais restrito, ao longo do tempo e nas inúmeras modalidades de certeza que apareceria uma atleta freak acima da média que bateria o melhor homem.
Lembram-se da Paula Radcliffe? Era uma freak em termos de provas de longa distância e o melhor que fez em meia maratona foi 1:05 num percurso não qualificável para marca homologada.
E não só. Existe uma vitimização que, ao invés de reconhecer as diferenças físicas, procura explicações na discriminação tais como nos níveis iniciais e intermédios não terem acesso aos mesmos meios e métodos de treino, eventos de alto nível em quantidade igual à dos homens, um sistema desportivo gerido por homens para homens, etc.
Este artigo, por exemplo, mostra um pouco disso:
https://howwegettonext.com/is-gender-segregation-in-sports-necessary-dc188150f242A parte dos homens terem mais testosterona, serem em média mais pesados, mais altos, terem braços e pernas mais compridos, ossos maiores para suportar mais músculo, maiores pulmões, maior coração, mais glóbulos vermelhos, etc. é completamente desprezado, como se fossem variáveis sem qualquer importância para o desporto.