Outra coisa, o tratamento que a esquerda dá a Israel faz crer que a mesma não compreende ou não quer compreender qual é o tipo de sociedade que nos urge proteger quando postos perante 2 alternativas. Certamente não são as sociedades bárbaras que circundam Israel.
Admito que certa esquerda esteja a ser injusta contra Israel. No entanto, parte das críticas são justificadas. Na minha opinião, não se pode negar a Israel o direito de existir, e logo, o direito à autodefesa, e logo, o direito a usar as suas forças armadas quando é necessário defender-se. Mas já críticas muito severas podem ser feitas a respeito do tratamento dado aos palestinianos nos territórios ocupados. Penso que a maioria da "esquerda" tem esta posição (pelo menos eu tenho).
Basicamente, os palestinos se dividem nos seguintes grupos – palestinos da Cisjordânia, palestinos da Faixa de Gaza, palestinos de Jerusalém, árabes-israelenses e refugiados palestinos. Estes últimos também se diferem dependendo do país onde vivem
Palestinos da Cisjordânia – é onde vive a maior parte dos palestinos. Eles são governados pela Autoridade Palestina, mas sob ocupação militar e civil (assentamentos) de Israel. As forças policiais palestinas agem em coordenação com as de Israel. Residem em cidades como Ramallah, Belém, Jericó, Jenin e Hebron. Este território faria parte do futuro Estado palestino. Para cruzarem para Israel, necessitam de uma difícil autorização das autoridades israelenses. Mas muitos podem cruzar livremente para Jordânia
Palestinos da Faixa de Gaza – é uma área bem mais conservadora do que a Cisjordânia e fica à beira do Mediterrâneo. São governados pelo
Hamas, em meio a bloqueio terrestre, aéreo e marítimo israelense e terrestre egípcio. Apenas em raríssimos casos recebem autorização para entrar em Israel ou no Egito. Mesmo estudantes que recebem bolsas de prestigiadas universidades americanas para doutorado e atletas são barrados muitas vezes. As forças do Hamas são inimigas das de Israel e, em determinadas épocas, lançam foguetes contra os sul israelense. Israel costuma responder. Por duas vezes, a escalada levou a guerras. Este território também integraria o futuro Estado palestino
http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/qual-a-diferenca-entre-os-palestinos-de-jerusalem-e-os-de-gaza/e so para terem uma ideia de como estado policial nao controla tudo
Esqueça, neste caso, os refugiados. Os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza podem ser barrados nos postos de controle e nas barreiras (muro ou cerca, dependendo do lugar). Já os árabes-israelenses e os palestinos de Jerusalém podem circular livremente por Israel. E eles são os principais responsáveis pelos recentes ataques. Isso dificulta muito a forma como as forças israelenses conseguem impedir os esfaqueamentos. Além disso, muitas ações são por impulsão. O terrorista decide, alguns casos, segundos antes da ação. Em outros, horas ou dias. E a maior parte deles atua como lobos solitários, sem ligação com grupos como o Hamas
Palestinos de Jerusalém – são os palestinos ou descendentes que viviam na parte oriental da cidade Após a anexação, muitos palestinos (tanto cristãos como muçulmanos) receberam o direito à cidadania, mas a maioria não aceitou.