Este post é complexo e deu-me imenso trabalho. Estive a obter os dados que pude sobre o xadrez nos EUA. Vejamos.
Os mestres podem ser national masters (o + baixo) e outros acima, senior masters, FIDE masters, international masters e grandmasters (comum a todos os países).
Em 2014, parece que havia 866 mestres nos EUA, diz neste site:
https://www.chess.com/forum/view/general/how-many-uscf-national-master-are-thereE aí também dizem que esse número é national masters e acima.
(e eles baseiam-se no site da Federação americana:
https://new.uschess.org/home/ )
Não dizem por raças. Mas encontrei o seguinte site, especialmente esta página:
http://www.thechessdrum.net/drummajors/index.htmlNeste pode ver-se a lista de mestres negros de todo o Mundo. Destes alguns já mortos e outros não dos EUA. Se nos concentrarmos nos vivos e que são dos EUA, eu conto 89 nessa página.
Por estas stats, os negros são 89 / 866 = 10.3% dos mestres americanos. Mas vou admitir algo menos, pois alguns podem já não estar activos e o nº de 866 acima diz respeito aos activos. Portanto admitamos que os negros são aí uns 7%.
Isto só por si já não é nada mau. Serem aí metade da sua proporção na população, quando têm menos $$ (e isso conta para poder ter tempos livres para jogar) já é bem admirável.
Mas também se pode ver a sua proporção nos jogadores que jogam federados regularmente. Cerca de 90% destes são brancos e 6% negros. Vem aqui:
http://answers.google.com/answers/threadview/id/752764.htmlOra se são 6% dos jogadores federados e 7% dos mestres, afinal não estão nada mal. Isto produz um controle pela motivação, pois presumo que todos os federados estão igualmente motivados. Portanto para iguais níveis de motivação (estar federado) obtêm quase iguais níveis de resultados (serem mestres).
Nas stats dos GMs estão pior: só 1 negro dos EUA (Maurice Ashley) versus 51 GMs no país:
https://ratings.fide.com/topfed.phtml?country=USAMas 1 / 51 dá 2%, mas não é uma stat fiável. Há uma série de outros jogadores negros com potencial para chegar a GM rápido.
Nas stats de international masters, há 3 negros dos EUA e não consigo encontrar o nº total, mas não é muito maior que 50.
Ou seja, afinal a posição dos afro-americanos no xadrez parece bem proporcional ao seu interesse pelo jogo. E bastante melhor do que a sua presença em áreas profissionais de topo.
Não estou a fazer enviesamento. Os dados acima podem ter algumas insuficiências (por ex, o nº 866 é de 2014 e já pode ter subido). Também dos 89 mestres negros dos EUA podem ter uma proporção maior de aposentados (eu assumi uns 30% aposentados).