A heritabilidade do QI deve ser mais do tipo broad sense do que narrow sense: ou seja, depende de combinações de genes, e de homozigotia, que são características que não se transmitem de pais para filhos. É genético e não ambiental, e por isso é que os estudos de gémeos mostram essa influência genética, mas a maioria dos factores genéticos não se repetem, não são transmitidos -- isso não abona em favor das teses raciais, porque as diferenças racias são, essas sim, transmissíveis.
Se realmente és investigador na área da biologia, tinha a obrigação de saber que características homozigóticas são sempre transmitidas de pais para filhos, quando os progenitores têm a mesma homozigotia. Basta ver, por exemplo, os casos homozigóticos dos grupos sanguíneos, ou seja, os genótipos AA, BB, OO, em que 100% dos filhos têm outra vez genótipos AA, BB, OO, respetivamente quando ambos os progenitores têm o mesmo tipo de homozigotia de acordo com as leis de Mendel, cf. a tabela "Blood group inheritance" em ABO blood group system.
Assim sendo, és realmente investigador em quê? Já vi que não é biologia, como aqui alegas (sublinhado adicionado):
o QI dos negros em africa eh de 70 mas nos EUA eh de 84
portanto os factores ambientais fizeram o QI dos negros subir 14 pontos ou mais nos ultimos 100 anos
independentemente disso mantem um QI claramente inferior aos brancos e que se faz sentir na sua incapacidade de tirar cursos superiores em areas quantitativas
Uma afirmação racista contradita pela minha experiência de investigador. Já lidei com muitas dezenas de investigadores negros (sub-saharianos e americanos) nas áreas da bioinformática, biogenética, virologia. Não notei que fossem piores que os outros. Vi muitos deles a fazer apresentações.
Já agora, sobre tudo isto convém notar que as coisas não estiveram paradas nas últimas décadas. Essa raridade dos negros na ciência via-se em ~1980, mas já passaram 30 anos e agora já fizeram progressos. Há agora muitos mais do que antes. E esse aumento de frequência, foi genético?
Vocês estão a pensar muito em genética, fixa e imutável. Mas há uma outra aproximação que contribuiria para verem as causas destes padrões: epidemiologia. Tudo isto segue padrões epidémicos. As ideias científicas e culturais propagam-se como patogenes.
Antes de passares ao teu ataque pessoal, podias parar um pouco para pensar. A homozigotia num locus transmite-se para os filhos se acontecer em ambos os pais (como tu escreves acima, sublinhado meu). Se um progenitor for AA e o outro não o for, só parte dos filhos será AA, na melhor das hipóteses. Se um for AA e o outro aa, os filhos serão aA ou Aa, logo nenhum será AA. Se um progenitor for homozigoto em muitos loci, o mais normal é que um filho não o seja na maioria desses loci, a não ser que o outro progenitor também seja. Logo neste caso, tal como nas combinações de genes em geral, as combinações não se transmitem aos filhos. Está claro?
Eu sou investigador. E tu és investigador em quê? O teu contributo para este fórum tem sido praticamente nulo. E nesta thread sobre as diferenças raciais, ainda só escreveste baboseiras. Se queres contribuir nesta thread mais a sério, poderias esforçar-te um pouco mais.
Sou investigador em matemática, embora as minhas credenciais não sejam para ser lidas como um argumento de autoridade
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Em contrapartida, os teus disparates são tão flagrantes que é suficiente a biologia aprendida no ensino secundário (nomeadamente as leis de Mendel) para detetar um impostor ou um incompetente num alegado "investigador" em biologia.
Já agora, eu só dei alguns exemplos. Contudo, a tua nova afirmação acima (cf. sublinhado a cores e tudo para se ver melhor) também está errada. Não é só
se, há mais casos, basta um dos progenitores ser homozigótico e o outro ter o mesmo alelo, mesmo que o segundo seja heterozigótico.
Exemplos:
* Quando o pai tem o genótipo BB e a mãe tem o genótipo AB, então 50% dos filhos são homozigóticos (genótipo BB) e os outros 50% dos filhos são heterozigóticos (genótipo AB).
* Quando o pai tem o genótipo AA e a mãe tem o genótipo AB, então 50% dos filhos são homozigóticos (genótipo AA) e os outros 50% dos filhos são heterozigóticos (genótipo AB).
Nos dois exemplos agora dados um dos progenitores é homozigótico e 50% dos filhos ainda são homozigóticos, logo há mais casos em que a homozigotia passa de pais para filhos.
Ou seja, não é só
se como tu agora alegas no segundo sublinhado. Para toda a gente ver, basta consultar a mesma tabela "Blood group inheritance" em
ABO blood group system.
Uma vez que és "investigador" em biologia, é de lamentar que tropeces tanto nas leis de Mendel que até se ensinam no ensino secundário.