Eu sei que não será possível, a menos que se crie uma espécie de distopia futurista em que os filhos são retirados aos pais, sorteados e distribuídos aleatoriamente por outras famílias.
Isso seria como se um governo promove-se a criação de crianças independentemente da reprodução sexual. Coisas como barrigas de aluguer, adopção por casais homossexuais, famílias monoparentais, institucionalização de criança por erros mínimos dos pais, etc. permitiriam a desconstrução da organização social mais pequena que é a família. Os indivíduos criados com menores vínculos afectivos, e com maior probabilidade de desenvolverem algum tipo de carência emotiva, recorreriam ao Estado para procurar o suporte para preencher a angústia provocada pelo sistema social/económico vigente. O Estado por sua vez teria muita facilidade em controlar estes indivíduos, porque todos nós somos programados para retribuir quem nos trata bem e nos libertas das responsabilidades das decisões do dia a dia.
Bolas, que distopia assustadora. Ainda bem que estamos a séculos de assistir a tal coisa...
vbm... lembras-te de um livro chamado Island...? Havia lá qualquer coisa relacionada com a ideia do Karnuss, que depois é desenvolvida pelo Tridion, visando: cortar os laços afectivos que são a cola da unidade familiar.
Mas enfim, Tridion, no meio da ironia, na realidade não é a mesma coisa. São até quase o contrário. O retirar os filhos aos pais de que ele fala, no contexto que fala, não tem nada a ver com as barrigas de aluguer, embora na prática aqui haja esse factor---retirar-se o filho à mãe.
A questão do Karnuss é mesmo a deconstrução da cola. Nos casos que indicaste, e que são reais, a ideia é precisamente a oposta: proporcionar hióteses de "cola familiar" onde ela anteriormente seria impossível.
"O que os comunistas propõem é uma nova forma de organização da vida social, uma sociedade
emancipada da exploração do homem pelo homem: a sociedade comunista. E, para que esta
sociedade comunista seja possível,
é imprescindível superar também a atual forma de família –,
pois, como vermos, a monogamia é a expressão, na vida familiar, da exploração do homem pelo
homem.
Somos favoráveis a uma organização familiar que não seja ordenada pela propriedade
privada. O que significa que somos favoráveis à liberdade mais completa para que as pessoas
possam viver seus amores com a maior intensidade e a maior autenticidade. S
uperar o casamento
monogâmico é decisivo para a constituição de uma sociedade que possibilite o desenvolvimento
universal e pleno (Marx denominava de "desenvolvimento omnilateral" – isto é, por todos os lados)
dos indivíduos. E, para que isso seja possível, é imprescindível superar a sociedade capitalista"
em vez lealdade a famila ficava lealdade ao partido ....
quem diz comunistas pode dizer fachistas etc...
isto laços afectivos que são a cola da unidade familiar ja passou pela cabeça de muita gente.... porque tem muita força