Há inteligência biológica, animal,
humana, algorítmico-probabilística,
e inteligência nula ou meramente
sequencial de determinações
físico-químicas.
Agora, sem dúvida o mundo natural
é surpreendente: os insectos, por exemplo,
a mosca, a instantaneidade da sua movimentação
no espaço, a rapidez da sua percepção visual e olfactiva,
a múltipla capacidade de reprodução são um espanto
de adaptação e interacção com o meio ambiente.
---------- // ----------
Portanto, distinguimo-nos dos robots,
não por fazermos o mesmo que eles,
i.e., alcançar resultados valiosos,
na sequência de operações
que os determinam
e causam,
mas sim porque sofremos e nos custa muito
alcançar isso e compreendê-lo deveras
e sempre na eminência de
mudarmos de ideias
e passarmos a
fazer outra coisa qualquer!
Ou seja, somos gente e não máquinas.
Mas ainda assim, por muito que isso
nos torne semelhantes a outros
mamíferos sofredores
como nós,
o ponto é que só conhecemos o nosso sofrimento
e não o dos outros! E mesmo, por exemplo,
numa cirurgia, com anestesia,
não sentimos em absoluto
n a d a, por muito
que estejamos
a ser esquartejados!
De resto, já noutras espécies animais,
insectos, peixes, está por saber
se sofrem dores… ou
meramente morrem!