A mim não me incomoda nada por a máscara. Aliás, até já não me sinto bem se for à rua sem ela. Para apanhar ar sem máscara vou para sítios remotos, longe de pessoas.
Em primeiro lugar nem toda a gente tem essa possibilidade de ir para sitios remotos. Um passeio de 10 / 15 minutos em zonas urbanas à hora de almoço é o que as pessoas têm no máximo, não raras vezes nos grandes centros. Por outro lado, se isto se tornar lei, tanto estás a infringir ao andar na Av da Liberdade em Lisboa sem máscara, como na serra da estrela, sem ninguém à volta porque o conceito de sítio isolado é impossível de definir correctamente em lei (tal como o código da estrada não define "rua principal" e opta por ter cegamente a regra da direita quando não há sinais - mesmo que a pessoa venha de uma viela).
Ou seja, estás a querer meter isto em lei e, imediatamente a seguir, a dizeres que vais infringir a lei ao teu critério, procurando sitios isolados. Se é para isso, para dobrar a lei ao nosso gosto ou porque achamos que temos bom senso, então que não se legisle e fique ao critério de cada um.
Além do mais, sobre a diminuição do risco, é sempre bom saber qual é o risco inicial e da diminuição que estamos a falar. Faz lembrar aquela conversa de que comer X aumenta o risco de cancro em 50%.
Depois vai-se ver e o risco inicial são 2 pessoas em cada 10.000. Passa de 2 em 10.000 para 3 em 10.000. Continua a ser baixíssimo, mas a malta fica apavorada com a notícia porque não se preocupou em perceber que o risco inicial era baixo e que 50% sobre quase nada continua a ser quase nada.