Isso também é o resultado da economia ser mais sensível ao turismo. Para a mesma gestão, o resultado seria sempre pior.
Portugal podia, porém, ter fechado menos.
Como é óbvio, o sul da Europa, o Club Med, teria sempre que sofrer mais devido à queda do turismo. O norte tecnológico adapta-se melhor ao teletrabalho e já têm habitualmente maior distanciamento social.
É curioso ver que a Suécia, que tentou fechar menos no primeiro ano, teve muito mais nortes que os seus vizinhos e não ficou melhor na economia.
Eu não considero que seria melhor para Portugal ter fechado menos. O mais inportante seria fechar mais cedo. Nas fases em que os casos estavam a subir e se teria que fechar, mais valia fechar mais cedo, o que teria 2 vantagens:
- por um lado, como o pico era mais baixo, o fecho não teria que ser tão prolongado para obter o mesmo vale;
- por outro lado, poupavam-se alguns mortes (não só por ter menos infetados, mas principalmente por evitar períodos de maior sobrecarga no SNS em que a taxa de mortalidade aumenta). Janeiro de 2021, em que chegámos a ter 300 mortes/dia, foi o caso mais óbvio. Depois do evidente disparate do Natal de 2020, perderam-se as 2 primeiras semanas de 2020 a discutir quando se fechava.
E alguém percebeu porque se abriram os bares e discotecas este mês? Qual a lógica de haver restrições há 2 meses que agora não são necessárias?
De qualquer modo, sem variantes surpreendentes, a partir de Fevereiro vai ficar tudo calmo.
Era possível ter feito muito melhor. Nunca seríamos uma Finlândia, mas poderíamos ter sido mais parecidos com a Grécia ou do que a Itália (que até partiu logo em desvantagem pois estava desprevenida quando apanhou com a castanha primeiro que os outros países europeus).