Parece-me que estás para aí com um problema lógico qualquer. Vou tentar de novo:
* Um problema one-off de 10% do PIB não é terminal.
* Um problema recorrente de 10%/ano do PIB é terminal.
* O governo anterior tomou medidas para lidar com o problema recorrente.
* Este governo está a tomar medidas para recriar o problema recorrente.
Não são necessárias explicações partidárias, e este vai ser penalizado, e aquele não vai, etc. Até parece que gostas mais de quem cria e recria o problema recorrente.
O PS se ganhar votos, ganha-os devido a recriar o problema recorrente (o que é extremamente popular). Se o PS for obrigado a conter o problema recorrente, o PS perde votos. A coligação é o oposto -- ganha votos se o PS tiver que lidar com o problema, perde-os se o PS abrir as torneiras e ocorrerem eleições antes de ter que lidar com o problema. É razoavelmente simples.
de uma coisa podes estar seguro: a tua forma de argumentar implicando persistentemente a ideia de que estou a ter um aposição 'ilógica', não vai ter resposta.
e principalmente estás a atacar um espantalho.
o que está em causa é a viabilidade da economia portuguesa dentro do euro.
um segundo resgate, prova
sem margem para dúvidas, que a economia portuguesa é inviável dentro da moeda única.
Se achas que não vai ser necessário um segundo resgate... só espero que tenhas razão.
mas acho que não vai ser possível evitá-lo.
ou posto de outra forma: o eurogrupo vai tentar impôr-nos um segundo resgate acompanhado de mais medidas de estrangulamento da economia portuguesa.
nós não vamos aceitar esse segundo resgate.
penso que isto é claro, tal como o expus.
se quiseres comenta isto. se vais sair em tangentes sobre algo que não afirmei, não esperes resposta.
H