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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3506150 vezes)

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #7180 em: 2014-04-04 23:16:59 »
Trata-se de uma escrita rebuscada e subtil... que revela um espírito crítico mas gentil!

Não a apreende quem é apressado... pois só bem entende um cérebro maravilhado! :)

 
Quanto mais diferente de mim alguém é, mais real me parece, porque menos depende da minha subjectividade.

Fernando Pessoa, "Livro do Desassossego"


Gentileza, a tua, Rui Vaz.

Um abraço,
Vasco


Interessante, a frase de Pessoa!

hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #7181 em: 2014-04-04 23:20:30 »
nao consigo perceber nada do que o vbm escreve, alguem tem o mesmo problema?

Já desisti de sequer ler...
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #7182 em: 2014-04-05 20:32:07 »

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #7183 em: 2014-04-05 23:36:51 »
Este tipo de nomeações deixa-me sempre dúvidas...
Miguel Frasquilho vai ser presidente da AICEP
A carreira dele foi ser assistente na faculdade, secretário de estado do tesouro, deputado e director de research no BES (esta última está longe de ser uma experiência empresarial 'pura' de meter as mãos na vida de uma empresa no dia a dia).
Até pode vir a ser bom mas não haveria alguém com mais experiência do 'mundo real' ?

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #7184 em: 2014-04-06 12:51:45 »
Este tipo de nomeações deixa-me sempre dúvidas...[ ]
mas não haveria alguém com mais experiência do 'mundo real' ?

Para quê?

"Facilitar" o diálogo?
"Dificultar" negociações?

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Re: Portugal falido
« Responder #7185 em: 2014-04-06 14:20:11 »
A Raquel Varela pela primeira vez diz alguma coisa de jeito e com razão :)

"Podem voltar a passar o Roque Santeiro, o Bem Amado, a Gabriela, a Tieta, o Amarcord e a Batalha de Argel, o Maigret, o Poirrot e a Miss Marple, o Tom Saywer e o Bel e Sebastião, o BBC vida selvagem e as viagens de Cousteau, e eu volto a ver televisão. Poupam imenso dinheiro em actores bonitos, argumentos para ignorantes, cenários limitados, e muitos gritos e barulhos, que é hoje aquilo em que a televisão se tornou - lixo e barulho. Por mim também podem voltar a passar os telejornais dos anos 80 que aprenderíamos mais sobre a crise do que com o espectáculo de mediocridade a que temos que assitir hoje. Não é saudades do passado: é que começa a ser intolerável o mau gosto, a redução mecânica da realidade, a pobreza de espírito, a falta de liberdade de expressão elementar, o contraditório, a promoção da mediocridade. Começa a não haver qualquer coincidência entre o que passa nas televisões - seja na ficção seja nos noticiários - e a realidade."

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #7186 em: 2014-04-06 15:32:07 »
A Raquel Varela pela primeira vez diz alguma coisa de jeito e com razão :)

"Podem voltar a passar o Roque Santeiro, o Bem Amado, a Gabriela, a Tieta, o Amarcord e a Batalha de Argel, o Maigret, o Poirrot e a Miss Marple, o Tom Saywer e o Bel e Sebastião, o BBC vida selvagem e as viagens de Cousteau, e eu volto a ver televisão. Poupam imenso dinheiro em actores bonitos, argumentos para ignorantes, cenários limitados, e muitos gritos e barulhos, que é hoje aquilo em que a televisão se tornou - lixo e barulho. Por mim também podem voltar a passar os telejornais dos anos 80 que aprenderíamos mais sobre a crise do que com o espectáculo de mediocridade a que temos que assitir hoje. Não é saudades do passado: é que começa a ser intolerável o mau gosto, a redução mecânica da realidade, a pobreza de espírito, a falta de liberdade de expressão elementar, o contraditório, a promoção da mediocridade. Começa a não haver qualquer coincidência entre o que passa nas televisões - seja na ficção seja nos noticiários - e a realidade."

Se queres evitar que essa degradação dos conteúdos aconteça, é melhor não deixares só ao livre mercado a capacidade de decidir sobre os conteúdos. Bem vindo ao grupo dos que concordam com a subsidiação de conteúdos!
 ;)

artista

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Re: Portugal falido
« Responder #7187 em: 2014-04-06 15:46:11 »
A Raquel Varela pela primeira vez diz alguma coisa de jeito e com razão :)

"Podem voltar a passar o Roque Santeiro, o Bem Amado, a Gabriela, a Tieta, o Amarcord e a Batalha de Argel, o Maigret, o Poirrot e a Miss Marple, o Tom Saywer e o Bel e Sebastião, o BBC vida selvagem e as viagens de Cousteau, e eu volto a ver televisão. Poupam imenso dinheiro em actores bonitos, argumentos para ignorantes, cenários limitados, e muitos gritos e barulhos, que é hoje aquilo em que a televisão se tornou - lixo e barulho. Por mim também podem voltar a passar os telejornais dos anos 80 que aprenderíamos mais sobre a crise do que com o espectáculo de mediocridade a que temos que assitir hoje. Não é saudades do passado: é que começa a ser intolerável o mau gosto, a redução mecânica da realidade, a pobreza de espírito, a falta de liberdade de expressão elementar, o contraditório, a promoção da mediocridade. Começa a não haver qualquer coincidência entre o que passa nas televisões - seja na ficção seja nos noticiários - e a realidade."

Se queres evitar que essa degradação dos conteúdos aconteça, é melhor não deixares só ao livre mercado a capacidade de decidir sobre os conteúdos. Bem vindo ao grupo dos que concordam com a subsidiação de conteúdos!
 ;)

Eu diria que têm de começar por deixar eles próprios de ver essa mediocridade... a realidade é esta, as audiências ditam as Leis, sempre foi assim e será... a educação será a única forma de melhorar as coisas, sendo que dificilmente se muda muito! Os conflitos de gerações são cada vez mais violentos, dado que as sociedades alteram-se de uma forma cada vez mais rápida... custa um bocado a encaixar, a mim também, mas é assim, tentar remar contra a maré não me parece uma solução, apenas agrava o problema, pelo menos o nosso...

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #7188 em: 2014-04-06 15:55:25 »
A Raquel Varela pela primeira vez diz alguma coisa de jeito e com razão :)

"[ ] é hoje aquilo em que a televisão se tornou - lixo e barulho. [ ] o espectáculo de mediocridade a que temos que assitir hoje. [ ] é que começa a ser intolerável o mau gosto, a redução mecânica da realidade, a pobreza de espírito, a falta de liberdade de expressão elementar, o contraditório, a promoção da mediocridade. Começa a não haver qualquer coincidência entre o que passa nas televisões - seja na ficção seja nos noticiários - e a realidade."


E nisto, tem razão.


Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #7189 em: 2014-04-06 16:17:34 »
Querer forçar os outros a ver aquilo que nós achamos ser importante é uma forma de ditadura.

Já não digo a TV por cabo, que nem toda a gente tem, mas basta ver que o canal 2 está disponível à hora da casa dos segredos e de outro tipo de 'lixo' e, no entanto, tem audiências baixas.

Apesar disso, aquilo que vocês estão a defender, sem porventura se aperceberem, é que sejamos todos obrigados a ver o canal 2 ou similar, contrariando assim a escolha voluntária (por acharem que as pessoas não conseguem fazer uma escolha voluntária "correcta").

Special, em especial para ti, é perfeitamente possível que alguém diga que passar horas e horas a ver ténis é uma total perda de tempo e que devias antes ver uns documentários históricos ou uns concertos de música clássica.  ;)

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #7190 em: 2014-04-06 17:48:00 »
Querer forçar os outros a ver aquilo que nós achamos ser importante é uma forma de ditadura.

Já não digo a TV por cabo, que nem toda a gente tem, mas basta ver que o canal 2 está disponível à hora da casa dos segredos e de outro tipo de 'lixo' e, no entanto, tem audiências baixas.

Apesar disso, aquilo que vocês estão a defender, sem porventura se aperceberem, é que sejamos todos obrigados a ver o canal 2 ou similar, contrariando assim a escolha voluntária (por acharem que as pessoas não conseguem fazer uma escolha voluntária "correcta").

Special, em especial para ti, é perfeitamente possível que alguém diga que passar horas e horas a ver ténis é uma total perda de tempo e que devias antes ver uns documentários históricos ou uns concertos de música clássica.  ;)

O problema é que, desde há uns 10-15 anos, os conteúdos tornaram-se popularuchos em todos os canais públicos, excepto em alguns da TV Cabo. Eu posso ver TV Cabo, mas há imensa gente com poucos recursos que não tem $$ para ela e assim, mesmo que queira escolher conteúdos mais "intelectuais" (sim, porque há imensa gente pobre que é inteligente e gosta de conteúdos culturais) não tem escolha possível. O modelo que estás a defender faria sentido se houvesse aí uns 500 canais, todos tão baratos que qq pessoa pudesse aceder aos que quisesse.

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #7191 em: 2014-04-06 18:00:51 »
eu conheco muitos pobres e todos tem tv cabo (menos um casal) e metade tem sport tv

nao sei se ainda la estao as barracas perto do aeroporto de lisboa mas quem passava por la via as antenas da tv cabo
« Última modificação: 2014-04-06 20:02:17 por Neo-Liberal »

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #7192 em: 2014-04-06 18:14:47 »
eu conheco muitos pobres por razoes familiariares e todos tem tv cabo (menos um casal) e metade tem sport tv

nao sei se ainda la estao as barracas perto do aeroporto de lisboa mas quem passava por la via as antenas da tv cabo

Pois eu conheço alguns, até mesmo que se consideravam de classe média, que atinham e deixaram de assinar devido à crise actual.

Além disso creio que o pacote da TV Cabo mais básico também tem um conjunto muito limitado de canais e também se ajavardaram. Por ex, o Discovery costumava ser bom, mas desde há uns anos só passa uns tipos americanos a bricarem com engenhocas mecânicas em garagens. O Canal História costumava também ser bom, mas desde há uns anos tende a passar:

1) as batalhas dos soldadinhos americanos nos muito diversos cenários de guerra em que eles se meteram, sem a mínima atenção à complexidade histórica e social dessas guerras e ao sofrimento das populções, com uma quase exclusiva atenção nos aspectos técnicos das armas -- ou seja, lixo socialmente insensível.

2) As muitas descobertas arqueológicas em Israel, umas pedrinhas que podem ter sido de Jesus ou do rei não sei quantos -- ou seja, as tretas bíblicas que estão mais na moda agora. Ou seja, uma versão arqueológica do Dan Brown, dos Códicesde não sei quantos, dos papas, etc.

Não admira que a população do Ocidente esteja a ficar crescentemente dumbed down.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #7193 em: 2014-04-06 18:59:17 »
O problema é que, desde há uns 10-15 anos, os conteúdos tornaram-se popularuchos em todos os canais públicos, excepto em alguns da TV Cabo. Eu posso ver TV Cabo, mas há imensa gente com poucos recursos que não tem $$ para ela e assim, mesmo que queira escolher conteúdos mais "intelectuais" (sim, porque há imensa gente pobre que é inteligente e gosta de conteúdos culturais) não tem escolha possível. O modelo que estás a defender faria sentido se houvesse aí uns 500 canais, todos tão baratos que qq pessoa pudesse aceder aos que quisesse.
A tua ideia cai por terra porque o canal 2 tem programas um pouco mais 'intelectuais' à hora do 'lixo' (OK, admito que não seja o nível que tu possas querer) e, contudo, são poucas as pessoas que o vêm.

Portanto, o que tu defendes apenas e possível forçando todos a ver outras coisas, quando estas preferem a TVI ao canal 2, ambos gratuitos e disponíveis.

Até mesmo a RTP, quando apresentou aquela série do "Conta-me como foi", que eu achei razoavelmente interessante, era totalmente cilindrada pelo restante 'lixo' da SIC e TVI. Ou seja, só consegues o que pretendes se retirares as opções às pessoas porque, havendo opções, elas não querem o que tu queres. Daí que eu diga que é a defesa de uma ditadura em termos de conteúdos.

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #7194 em: 2014-04-06 19:50:09 »
[ ]
Portanto, o que tu defendes apenas e possível forçando todos a ver outras coisas, quando estas preferem a TVI ao canal 2, ambos gratuitos e disponíveis.
[ ]


Não há crise
com o canal 2
pois vai passar
a ser gerido por:


Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #7195 em: 2014-04-06 21:18:26 »
O problema é que, desde há uns 10-15 anos, os conteúdos tornaram-se popularuchos em todos os canais públicos, excepto em alguns da TV Cabo. Eu posso ver TV Cabo, mas há imensa gente com poucos recursos que não tem $$ para ela e assim, mesmo que queira escolher conteúdos mais "intelectuais" (sim, porque há imensa gente pobre que é inteligente e gosta de conteúdos culturais) não tem escolha possível. O modelo que estás a defender faria sentido se houvesse aí uns 500 canais, todos tão baratos que qq pessoa pudesse aceder aos que quisesse.
A tua ideia cai por terra porque o canal 2 tem programas um pouco mais 'intelectuais' à hora do 'lixo' (OK, admito que não seja o nível que tu possas querer) e, contudo, são poucas as pessoas que o vêm.

Portanto, o que tu defendes apenas e possível forçando todos a ver outras coisas, quando estas preferem a TVI ao canal 2, ambos gratuitos e disponíveis.

Até mesmo a RTP, quando apresentou aquela série do "Conta-me como foi", que eu achei razoavelmente interessante, era totalmente cilindrada pelo restante 'lixo' da SIC e TVI. Ou seja, só consegues o que pretendes se retirares as opções às pessoas porque, havendo opções, elas não querem o que tu queres. Daí que eu diga que é a defesa de uma ditadura em termos de conteúdos.

Então e a "ditadura" dos conteúdos mais populares que a grande maioria quer? E se, por essa grande maioria os querer, esses conteúdos se tornarem tão ubíquos, que as minorias que preferem outros, e que não têm $$ suficiente, ficarem sem acesso ao que desejariam?

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Re: Portugal falido
« Responder #7196 em: 2014-04-06 23:18:25 »
A Raquel Varela pela primeira vez diz alguma coisa de jeito e com razão :)

"Podem voltar a passar o Roque Santeiro, o Bem Amado, a Gabriela, a Tieta, o Amarcord e a Batalha de Argel, o Maigret, o Poirrot e a Miss Marple, o Tom Saywer e o Bel e Sebastião, o BBC vida selvagem e as viagens de Cousteau, e eu volto a ver televisão. Poupam imenso dinheiro em actores bonitos, argumentos para ignorantes, cenários limitados, e muitos gritos e barulhos, que é hoje aquilo em que a televisão se tornou - lixo e barulho. Por mim também podem voltar a passar os telejornais dos anos 80 que aprenderíamos mais sobre a crise do que com o espectáculo de mediocridade a que temos que assitir hoje. Não é saudades do passado: é que começa a ser intolerável o mau gosto, a redução mecânica da realidade, a pobreza de espírito, a falta de liberdade de expressão elementar, o contraditório, a promoção da mediocridade. Começa a não haver qualquer coincidência entre o que passa nas televisões - seja na ficção seja nos noticiários - e a realidade."

Se queres evitar que essa degradação dos conteúdos aconteça, é melhor não deixares só ao livre mercado a capacidade de decidir sobre os conteúdos. Bem vindo ao grupo dos que concordam com a subsidiação de conteúdos!
 ;)

Toda a gente sempre concordou com a subsidiação dos conteúdos que lhe interessam. E com o penalizar dos outros em tudo o que não gostam.

Agora o difícil é alguém fugir a essa regra, e não o adoptá-la.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #7197 em: 2014-04-06 23:21:10 »
Querer forçar os outros a ver aquilo que nós achamos ser importante é uma forma de ditadura.

Já não digo a TV por cabo, que nem toda a gente tem, mas basta ver que o canal 2 está disponível à hora da casa dos segredos e de outro tipo de 'lixo' e, no entanto, tem audiências baixas.

Apesar disso, aquilo que vocês estão a defender, sem porventura se aperceberem, é que sejamos todos obrigados a ver o canal 2 ou similar, contrariando assim a escolha voluntária (por acharem que as pessoas não conseguem fazer uma escolha voluntária "correcta").

Special, em especial para ti, é perfeitamente possível que alguém diga que passar horas e horas a ver ténis é uma total perda de tempo e que devias antes ver uns documentários históricos ou uns concertos de música clássica.  ;)

O problema é que, desde há uns 10-15 anos, os conteúdos tornaram-se popularuchos em todos os canais públicos, excepto em alguns da TV Cabo. Eu posso ver TV Cabo, mas há imensa gente com poucos recursos que não tem $$ para ela e assim, mesmo que queira escolher conteúdos mais "intelectuais" (sim, porque há imensa gente pobre que é inteligente e gosta de conteúdos culturais) não tem escolha possível. O modelo que estás a defender faria sentido se houvesse aí uns 500 canais, todos tão baratos que qq pessoa pudesse aceder aos que quisesse.

Não há 500 canais digitais "via ar" porque a entidade (Estado) que esperam que obrigue a população a ver coisas mais culturais parece ter escolhido que assim seja ...
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Re: Portugal falido
« Responder #7198 em: 2014-04-06 23:22:19 »
O problema é que, desde há uns 10-15 anos, os conteúdos tornaram-se popularuchos em todos os canais públicos, excepto em alguns da TV Cabo. Eu posso ver TV Cabo, mas há imensa gente com poucos recursos que não tem $$ para ela e assim, mesmo que queira escolher conteúdos mais "intelectuais" (sim, porque há imensa gente pobre que é inteligente e gosta de conteúdos culturais) não tem escolha possível. O modelo que estás a defender faria sentido se houvesse aí uns 500 canais, todos tão baratos que qq pessoa pudesse aceder aos que quisesse.
A tua ideia cai por terra porque o canal 2 tem programas um pouco mais 'intelectuais' à hora do 'lixo' (OK, admito que não seja o nível que tu possas querer) e, contudo, são poucas as pessoas que o vêm.

Portanto, o que tu defendes apenas e possível forçando todos a ver outras coisas, quando estas preferem a TVI ao canal 2, ambos gratuitos e disponíveis.

Até mesmo a RTP, quando apresentou aquela série do "Conta-me como foi", que eu achei razoavelmente interessante, era totalmente cilindrada pelo restante 'lixo' da SIC e TVI. Ou seja, só consegues o que pretendes se retirares as opções às pessoas porque, havendo opções, elas não querem o que tu queres. Daí que eu diga que é a defesa de uma ditadura em termos de conteúdos.

Então e a "ditadura" dos conteúdos mais populares que a grande maioria quer? E se, por essa grande maioria os querer, esses conteúdos se tornarem tão ubíquos, que as minorias que preferem outros, e que não têm $$ suficiente, ficarem sem acesso ao que desejariam?

No mundo actual e com a tecnologia actual é difícil ficar-se sem acesso aos conteúdos que se deseja - só sem acesso à internet.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #7199 em: 2014-04-07 01:14:41 »
Querer forçar os outros a ver aquilo que nós achamos ser importante é uma forma de ditadura.

Já não digo a TV por cabo, que nem toda a gente tem, mas basta ver que o canal 2 está disponível à hora da casa dos segredos e de outro tipo de 'lixo' e, no entanto, tem audiências baixas.

Apesar disso, aquilo que vocês estão a defender, sem porventura se aperceberem, é que sejamos todos obrigados a ver o canal 2 ou similar, contrariando assim a escolha voluntária (por acharem que as pessoas não conseguem fazer uma escolha voluntária "correcta").

Special, em especial para ti, é perfeitamente possível que alguém diga que passar horas e horas a ver ténis é uma total perda de tempo e que devias antes ver uns documentários históricos ou uns concertos de música clássica.  ;)

Tirando a tv por satelite é dos canais que mais vejo ;)  acrescentando as noticias na sic :)
O problema é que não sao documentários históricos, concertos de musica classica mas sim pimbaleada 10H por dia , bigbrothers 3h por dia etc .....