O sistema já é como gostarias que ele fosse.
Não é inteiramente porque o que o vbm queria era o sistema actual mas com as renováveis sem impacto na tarifa...era preciso era arranjar quem investisse. Tirando essa parte, ele descreveu o sistema.
Voltando à questão inicial....
À luz dos princípios da UE e da competitividade e racionalidade dos mercados, porque é que as grandes eléctricas europeias não investiram construindo parques solares nos países do sul da Europa que lhes garantiriam um retorno infinitamente superior ao obtido nos seus países de origem.
Porque é que os alemães ( e não só ) , como já referi com o objectivo de subsidiarem a sua própria indústria de painéis solares , em vez de terem mais de 5% do seu território coberto pelos painéis fotovoltaicos , não optaram pela construção em Portugal ou em Espanha, assegurando taxas de eficiência e eficácia infinitamente superiores de que beneficiariam a sua pp indústria e os seus pp consumidores.
Porque é que a UE iniciou um litígio com a China sobre os dir. de importação da indústria solar que só penalizou fiscalmente os países da Europa dos Sul ?
Porque é que não estarão a ser aplicados os princípios política energética comum ? Porque é que Portugal não devera estar na liderança da captação de investimento em centrais solares assegurando a produção de electricidade limpa e muito mais competitiva? Porque é que o investimento neste sector não há-de ter a mesma racionalidade que a de todos os outros mercados ? Porque é que os princípios da UE não hão-de ser aplicados ?
Quanto ao custo mais oneroso das energias renováveis importa ter presente que a produção da energia limpa confere o direito ao certificados de carbono cujo valor de mercado será tendencialmente crescente ( conforme os compromissos já assumidos pela UE - prot. de Quioto ) e minimizará os custo superior de produção.
Porque é que teremos que manter uma central a carvão que é uma das maiores poluidoras da Europa e que por si só é responsável por um défice crónico da nossa balança comercial de quase 5 mil milhões de € e que decorre da importação de carvão em circunstâncias nem sempre transparentes.
Porque é que temos de assumir défices tarifários crónicos cuja racionalidade é difícil de justificar ? porque é que o mercado não há-de funcionar ?
Portugal , país de turismo, tem que assumir como prioridade estratégica a produção de energia limpa beneficiando das suas condições naturais ... Vento, sol e o hídríco . o futuro estará do nosso lado com o crescente e irreversível desenvolvimento desta indústria e da tecnologia que a suporta.
PS : recomendo a quem tiver interesse neste tema a ler o relatório do anterior Sec. de Estado da Energia sobre este sector e que quando enfrentou ente poderoso lobbie de ex-políticos e negociantes/intermediários não teve alternativa senão demitir-- se.