No teu mundo as respostas ou são brancas ou pretas, negas a realidade que na maior parte das vezes é cinzenta.
Quando para resposta ás tuas perguntas, não tomas em conta a corrupção em todas as suas vertentes, a ganancia de muitos seres humanos que tomam decisões muito importantes, o desprezo pelos outros, o achar que só o nosso trabalho é que é importante , que as dividas são promovidas devido aos actuais interesses de alguns para mal de muitos, que não podemos querer para os outros aquilo que não desejamos para os nossos filhos, qualquer resposta não tem o mínimo de valor e de realidade.
As coisas serem cinzentas e tudo ter uma probabilidade associada, não é razão para não se reconhecer que as respostas são esmagadoramente em determinados sentidos. Em ciêncas sociais não existem correlações a 100% e eu sou o primeiro a dizê-lo. Pelo contrário, o que tu fazes é ignorar respostas óbvias "porque as coisas são cinzentas", o que é absurdo.
A ganância de muitos seres humanos que tomam decisões muito importantes, também não a ignoro. È por isso que defendo o que defendo, e que as decisões devem ser descentralizadas e tanto quanto possível, ditadas pela generalidade dos indivíduos em vez de centralizadas. Porque assim o impacto desse problema é minizado. Tu pelo contrário como resposta a isso queres mais Estado - o que AGRAVA o problema.
A corrupção é relacionada com o ponto anterior. Mesma resposta.
O desprezo pelos outros está presente quer tenhamos mais, quer menos, Estado. Tu própria és um bom exemplo disso, ao defenderes acerrimamente medidas que prejudicam todos os outros apenas para te favoreceres a ti própria. Eu, pelo contrário, defendo que todos sejam tratados de igual forma, e se houver alguém a ser penalizado, que seja penalizado quem está a ser injustamente remunerado acima de um mercado livre.
Quem dita o valor do nosso trabalho não somos nós próprios. São os outros, que compram o seu output. Quem sobrevaloriza o valor do seu trabalho és tu, não eu. Eu reconheço que o valor que o meu trabalho terá será o que os outros lhe derem, não o que eu lhe dou. Quanto muito o valor que eu dou ao meu trabalho tem que ser confrontado com a forma como os outros o valorizam, ditanto para mim a sua continuidade ou não.
"que não podemos querer para os outros aquilo que não desejamos para os nossos filhos". Mais uma coisa que só tu praticas. Eu quero para os filhos de toda a gente os mesmos apoios, e igualdade no tratamento. Tu, não. Tu por exemplo estás feliz com uma educação pública que só apoia os filhos de alguns. Certamente que não desejarias que esse sistema não apoiasse os teus mas apoiasse os dos outros, não é? Pois bem, o sistema não me apoia a mim, que tal? É de apoiar ou de repente mudaste de opinião?
Enfim ... cada tiro, cada melro.