Das duas um, ou moras numa herdade ou num bairro da lata
Epá, essa é genial. Pagar resíduos sólidos e não ter caixote. Ainda é melhor do que pagar o audiovisual e não ter televisão nem rádio em casa.
É daqueles casos em que se diz "vamos rir pra não chorar" ...
São as tais anormalidades que minam as coisas e que provam que a gritaria de país sobre uma administração liberal são bastante exageradas.
Aquele link que colocaste sobre os bailarinos também tinha chamado a minha atenção.
Como falou-se da aquacultura (à propósito do oceanário) e eu tinha prometido colocar uns dados que tinha ouvido numa emissão interessante do "Olhos nos Olhos"; houve ligação das duas situações pois nesse programa o
Prof. Valadares Tavares deu como um dos exemplos a aquacultura.
Aqui vai então: (notas pessoais colocadas a azul)
- Empresas de serviços com licenciamentos relativamente fáceis, mas indústria e logística com processos bastante mais complexos. Os municípios são um dos maiores obstáculos.
- Municípios com sistemas pouco transparentes, sem estatísticas dos tempos processuais.
-
Organigrama dos passos para criar um negócio de aquacultura. 15 entidades envolvidas que devem dar parecer positivo.
- Regulação da actividade de um infantário; 10 DL, 2 portarias, 7 despachos - total 90 páginas
- Falta de avaliação exógena (e pelo próprio público utente) das instituições estatais. Conflito entre entidades e competição par ver quem fica com a tutela. Pelo meio o público é prejudicado nesta luta de poder.
- Segundo o Banco Mundial, Portugal aparece no 25º lugar na facilidade de financiamento às PMEs
- Aquisição de bens e serviços como uma área de desperdício e má gestão
(esta é uma tecla que eu bato-me muito neste fórum e que parece sempre esquecida no meio das batalhas ideológicas que por aqui andam; um orçamento superior à 10 biliões de Euros, desgraçado em corrupção de pequena e média dimensão. Um enorme lastro nas nossas contas públicas)-
63% do orçamento referido é adjudicado por ajuste directo.
-Novas PMEs têm dificuldaes em aceder a contratos por ajustes directos
(a não ser que seja uma PME fundada com vereadores locais, testas de ferro de presidentes de câmaras, os esquemas do costume)- Limite nos ajustes directos (de empreitadas) podem ir até 150 000 Euros e o convite poder ser feito apenas a um fornecedor. Em bens e serviços o limite são 75 000 Euros.
(Porque não uma plataforma electrónica em que há um limite e uma descrição clara das tarefas à executar? Quem quiser fornecer o material ou serviços acede e indica os seu preço)-Portugal está em
último lugar em tempo necessário para resolver processos civis, comerciais, administrativos e outros. A resolução demora em média
mais de 800 dias. Países como a Holanda, Finlândia, Rep. Checa, ficam bem
abaixo dos 200 dias. São 13 os países abaixo dos 200 dias. (
na Dinamarca quase não se vê a barra do gráfico) (estudo CEPEJ, Comissão Europeia, 2012)
-O número de processos civis, comerciais, administrativos e outros que estão pendentes (em primeira instância por 100 habitantes),
Portugal está novamente na cauda, com 15 processos. Há 17 países com perto de 6 ou menos processos (basicamente 1/3).
Na Dinamarca são 2 e na Holanda menos de 2 (relembrando que cá são 15)Tudo isto embora Portugal em PPP gasta basicamente o mesmo que a Dinamarca nos tribunais.
Peço desculpa se existir algum dado incorrecto. Na altura tentei fazer apontamentos com o maior rigor possível (principalmente dos gráficos que ele mostrou).
Fica o link para quem quiser ver:
https://www.youtube.com/watch?v=70P92Iq9tYIAgora vejam como um programa com conteúdo interessante para se entender certos assuntos apenas têm 340 visualizações ...