O facto de haver pessoas a poderem consumir neste tipo de actividades, ser um sinal verde para aumento de impostos, para mim é um péssima ideia.
O nível de impostos pagos neste momento é assustador. É completamente injusto.
Contabilizemos tudo, IVA, ISP, ISV, IRS, TSU, multas, taxas, impostos sobre capitais e por aí fora.
É extraordinário que a população não se revolte em massa contra uma retirada de rendimentos e capital desta magnitude. Mas estamos tão habituados e a subida vai sendo gradual e disfarçada, que acabamos por nos resignar.
O estado deve providenciar educação, providenciar cuidados de saúde, políticas preventivas de saúde, apoiar os idosos para que tenham algum rendimento, providenciar sistemas de segurança e justiça rápidos e eficazes, providenciar e manter infraestruturas básicas e essenciais.
Mas estas funções que são nobres e essenciais para o funcionamento duma sociedade justa e equilibrada, foram sendo cada vez mais expandidas, para áreas cada vez mais "cinzentas" e duvidosas.
Resultado: o orçamento não chega para o essencial. E fundos que deveriam ser canalizados para o essencial, são desviados para alimentar e sustentar lobbies e grupos de interesse. E para comprar votos.
No final desta insanidade toda, mesmo com as cargas fiscais actuais, ainda temos défices significativos. Com esta carga fiscal, o governo deveria ter superavit e estar a engordar um fundo soberano. Mas tal ideia nunca entrou sequer numa mesa de debate dum canal televisivo ou dum jornal de peso.