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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3508918 vezes)

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #14280 em: 2017-07-07 09:55:59 »
Concordo com as observações do automek, acrescento apenas que o sistema publico de ensino é miserável porque é constituído por professores comunistas que produzem uma influencia nefasta nos jovens.
Alguns tentam convencer os jovens que o "lucro" é algo de terrivel.

Para catolicos lucro e pecado

tens aceitar facto povo so gosta ver funcionarios publicos  ricos  Viver Bem :D
« Última modificação: 2017-07-07 11:01:10 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.

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Re: Portugal falido
« Responder #14281 em: 2017-07-07 13:48:36 »
Ainda sobre a questão levantada pelo Visitante, este artigo do Arroja está bom porque analisa a margem das empresas e tenta perceber, a nível macro, se realmente as empresas são "forretas" a pagarem mal. Infelizmente o próprio agregado da margem não é muito alto.

O país do salário mínimo

Citar
...
Evidentemente, haverá sempre quem venha alegar que o problema dos baixos salários é a avareza dos nossos empresários. Neste ponto em particular, há que analisar os dados da central de balanços do Banco de Portugal, constantes do último boletim estatístico (p.277), designadamente a demonstração de resultados agregada das empresas portuguesas. Aqui, observa-se que a margem de rentabilidade líquida (resultado líquido em proporção do volume de negócios) era em 2015 de 3,5%. Entre os custos das empresas, os salários representavam cerca de 13% do volume de negócios. A rubrica do custo das matérias vendidas e matérias consumidas era aquela que maior peso tinha na estrutura de custos (50%), logo seguida da rubrica de fornecimentos e serviços externos (22%). Em conjunto, estas três parcelas representavam 85% do volume de negócios, sendo que a diferença face à margem líquida era consumida pelas amortizações (4% do volume de negócios), juros (2%), impostos (1%) e ainda outros gastos não discriminados (5%). Resta, portanto, a pergunta: há espaço para aumentar os salários?

Dos números anteriores, poupando os leitores às fórmulas contabilísticas, resulta grosso modo que o valor acrescentado bruto das empresas portuguesas é de 23% dos proveitos. Este é o valor acrescentado que permite remunerar os factores de produção (trabalho e capital), bem como o Estado (impostos). Assim, se os salários representavam 13% dos proveitos em 2015, então, mais de 50% do valor acrescentado era utilizado para remunerar o factor trabalho. É muito ou é pouco?

A resposta dependerá da comparação de Portugal com países cuja especialização sectorial seja semelhante à nossa. Porém, a título de referência interna (e como exemplo extremo), o grupo EDP, que segundo o seu R&C 2015 pagava um salário médio três vezes superior ao salário médio nacional, dedicava então 15% do seu valor acrescentado bruto à remuneração do factor trabalho. Ora, isto demonstra que é possível pagar muito, remunerando relativamente mal, mesmo num país como Portugal – onde em média se paga pouco, remunerando relativamente bem.
...

Se a maioria é PME sem grandes exigências contabilísticas não é legitimo usar esses dados para elaborar estatísticas rebuscadas. Há quem defenda que o PIB não é uma boa medida da criação de riqueza porque há muita economia paralela que lhe escapa, seria mais realista usar o volume de contentores movimentados nos portos, pois as transacções da economia paralela também passam necessariamente por lá.

Pela mesma ordem de ideias, para aferir o valor acrescentado bruto das PME não se deveria olhar para as contas, para o facturado, devia usar-se como indicador o parque automóvel dos proprietários da empresa (estando em Portugal julgo que já bastava).

Vamos lá deixar as desculpas que não há margem para subir salários, e pensar em criar empresas à séria, que criem valor, que criem riqueza. A incompetência é a mãe de todas as desculpas.
« Última modificação: 2017-07-07 13:50:20 por Visitante »

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #14282 em: 2017-07-07 13:51:39 »
porque nao usam balança comercial positiva e negativa


Em lisboa e bem negativa  balança comercial e onde se ve grandes carros novos na rua


Norte Região responde por quase 40% das exportações do país, mas ... e o Centro perfaz o trio das regiões cuja balança comercial é positiva

http://www.jn.pt/economia/dossiers/os-ultimos-10-anos-no-norte-em-numeros/interior/norte-reforca--exportacoes-mas-precisa-de-investimento-5513497.html


estas regioes sao feitas PME  por isso ...
Com o Alentejo e o Centro perfaz o trio das regiões cuja balança comercial é positiva, ou seja, que exportam mais do que importam - apesar de serem estas as três regiões mais pobres do continente

E só empresas médias ou de grande dimensão conseguem gerar dinheiro suficiente para investir e inovar. É por isso que apela às empresas portuguesas para que cresçam. "Para manterem a competitividade, as empresas têm de investir e as PME não têm recursos suficientes", adiantou Jorge


http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/balanca_comercial_da_grande_lisboa_tem_defice_de_16_mil_milhoes

resumindo gastam quase tudo na capital se forem olhar importaçoes e carros novos!
« Última modificação: 2017-07-07 14:18:31 por Reg »
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #14283 em: 2017-07-07 13:54:54 »
Atirar a maior parte para a incompetência, esquecendo a enorme responsabilidade do estado na falta de competitividade das empresas (como o artigo que deixaste refere, e bem) é fingir que não temos o elefante na sala. O elefante estado que come 50% da riqueza gerada.

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Re: Portugal falido
« Responder #14284 em: 2017-07-07 14:26:52 »
Também compete aos empresários e gestores pressionar o Estado a ser mais eficiente na gestão dos recursos, sejam financeiros ou outros, como por exemplo a justiça. Mas qual o incentivo que têm em fazê-lo, se estão instalados e muito bem remunerados? O assalariado médio é que alomba com todas essas ineficiências e incompetências.

O assalariado médio foi transformado num 'mecanóide' que não tem tempo para pensar nem se aperceber que anda a ser usurpado. Quando se aperceber disso, quando lhe deixarem abrir os olhos, vais ser a verdadeira Revolta de Atlas.

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Re: Portugal falido
« Responder #14285 em: 2017-07-07 14:29:44 »
compete aos eleitores....pressionar o Estado

esses nao votam 50%  basta votos funcionarios publicos e pensionistas para governar com 43%..

Por isso PME nao esperem grande coisa  ( a nao ser sejam do partido do governo :D)

isto tem nome ser realista
« Última modificação: 2017-07-07 14:40:44 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #14286 em: 2017-07-07 18:42:28 »
Também compete aos empresários e gestores pressionar o Estado a ser mais eficiente na gestão dos recursos, sejam financeiros ou outros, como por exemplo a justiça. Mas qual o incentivo que têm em fazê-lo, se estão instalados e muito bem remunerados? O assalariado médio é que alomba com todas essas ineficiências e incompetências.

O assalariado médio foi transformado num 'mecanóide' que não tem tempo para pensar nem se aperceber que anda a ser usurpado. Quando se aperceber disso, quando lhe deixarem abrir os olhos, vais ser a verdadeira Revolta de Atlas.

Pouco importa se os empresários são incompetentes ou não -- sejam o que forem, são os melhores que temos.

O assalariado médio não alomba com nada. Se acha que é possível fazer melhor, faça-o ele. Ser empresário ou trabalhador não é uma raça ou espécie ...

Nestas coisas não há revoltas. Há fazer melhor ou o nível de vida será ainda mais baixo (se fizerem revoltas em vez de se porem a trabalhar para fazer melhor).
« Última modificação: 2017-07-07 18:43:28 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Portugal falido
« Responder #14287 em: 2017-07-07 19:21:57 »
Também compete aos empresários e gestores pressionar o Estado a ser mais eficiente na gestão dos recursos, sejam financeiros ou outros, como por exemplo a justiça. Mas qual o incentivo que têm em fazê-lo, se estão instalados e muito bem remunerados? O assalariado médio é que alomba com todas essas ineficiências e incompetências.

O assalariado médio foi transformado num 'mecanóide' que não tem tempo para pensar nem se aperceber que anda a ser usurpado. Quando se aperceber disso, quando lhe deixarem abrir os olhos, vais ser a verdadeira Revolta de Atlas.

Pouco importa se os empresários são incompetentes ou não -- sejam o que forem, são os melhores que temos.

O assalariado médio não alomba com nada. Se acha que é possível fazer melhor, faça-o ele. Ser empresário ou trabalhador não é uma raça ou espécie ...

Nestas coisas não há revoltas. Há fazer melhor ou o nível de vida será ainda mais baixo (se fizerem revoltas em vez de se porem a trabalhar para fazer melhor).

Nos países pior governados e com pior elite empresarial, como o nosso, é onde existem mais desigualdades. Isto não é uma fatalidade.  É verdade que temos vindo a melhorar, mas tem-se feito pouco e devagar, por incompetência e comodismo dos líderes actuais, e isso irá fazer perpectuar as desigualdade no futuro.

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Re: Portugal falido
« Responder #14288 em: 2017-07-07 20:24:11 »
Também compete aos empresários e gestores pressionar o Estado a ser mais eficiente na gestão dos recursos, sejam financeiros ou outros, como por exemplo a justiça. Mas qual o incentivo que têm em fazê-lo, se estão instalados e muito bem remunerados? O assalariado médio é que alomba com todas essas ineficiências e incompetências.

O assalariado médio foi transformado num 'mecanóide' que não tem tempo para pensar nem se aperceber que anda a ser usurpado. Quando se aperceber disso, quando lhe deixarem abrir os olhos, vais ser a verdadeira Revolta de Atlas.

Pouco importa se os empresários são incompetentes ou não -- sejam o que forem, são os melhores que temos.

O assalariado médio não alomba com nada. Se acha que é possível fazer melhor, faça-o ele. Ser empresário ou trabalhador não é uma raça ou espécie ...

Nestas coisas não há revoltas. Há fazer melhor ou o nível de vida será ainda mais baixo (se fizerem revoltas em vez de se porem a trabalhar para fazer melhor).

Nos países pior governados e com pior elite empresarial, como o nosso, é onde existem mais desigualdades. Isto não é uma fatalidade.  É verdade que temos vindo a melhorar, mas tem-se feito pouco e devagar, por incompetência e comodismo dos líderes actuais, e isso irá fazer perpectuar as desigualdade no futuro.

Na minha opinião, uma grande parte da nossa desigualdade tem a ver com a população também ela apresentar uma grande desigualdade de capacidade. Temos desde um grande conjunto de pessoas que são competitivas com os melhores do mundo, a um grande conjunto de pessoas que não são competitivas com ninguém. O mesmo se passa nos EUA. O mesmo não se passa, por exemplo, nos países nórdicos, onde a dispersão é menor (mas está a aumentar, devido à emigração).

Aliás, aparentemente comunidades nordicas a viver nos EUA tendem a manter um nível de desigualdade parecido com o dos seus países de origem.

----

Uma outra coisa, eliminar desigualdades usando transferências directas é basicamente roubo assistido pelo Estado, e indefensável quando uma pessoa que trabalha tem que passar quase todo o seu dia a fazer coisas para os outros quer queira quer não. Tirar-lhe parte disso para dar a outra pessoa, directo, é o mesmo que fazer dessa pessoa escrava parcial.

Sistemas como saúde, educação, etc, já podem ser defensáveis e também implicação redistribuição. Eventualmente seria de fazer o mesmo com comida -- desde que esta estivesse disponível para todos os cidadãos (e não apenas aqueles abaixo de um dado nível de rendimento).
« Última modificação: 2017-07-07 20:26:26 por Incognitus »
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Re: Portugal falido
« Responder #14289 em: 2017-07-07 20:53:02 »
Isso que referes das comunidades nórdicas nos EUA é interessante, parece indicar que a questão das desigualdades tem uma grande componente cultural. Sendo assim é necessário introduzir a educação para a cidadania nas escolas, onde esteja incluída a sensibilização para as desigualdades. No fundo educar as pessoas desde crianças a não tolerar as desigualdades. Julgo que é consensual que as desigualdades nas sociedades são nefastas.

Quanto às transferências directas, elas terão de ser usadas enquanto a sociedade não estiver sensibilizada, durante o tempo que demora a educar uma geração, pois uma vez estando serão as próprias pessoas, de forma voluntária, a querer eliminar as desigualdades que vêm à volta. Sentir-se-ão melhor numa sociedade mais igual, hoje é um bocado ao contrário, os desventurados, os que ficam para trás por uma qualquer razão, são olhados como preguiçosos.

Na Holanda o nível de transferências directas é de tal ordem, que uma empregada doméstica tem um rendimento equivalente ao de um juiz. O juiz tem um vencimento superior mas depois a empregada tem um conjunto de benefícios do estado que somados ao salário iguala o vencimento do juiz. O juiz tem de pagar por aquilo que a empregada recebe gratuitamente.  E isso tem uma grande vantagem, faz com que não haja vassalagem, são todos considerados iguais, a empregada, querendo, pode adquirir um automóvel igual ao do juiz e viver numa casa igual à do juiz.
« Última modificação: 2017-07-07 20:58:00 por Visitante »

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #14290 em: 2017-07-07 20:56:00 »
os norticos tem igualdade e nos salarios porque no resto tem la montes milionarios  donos de empresas

portugal com salario minimo quase igual salario medio nacional esta ficar igual
« Última modificação: 2017-07-07 20:57:18 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #14291 em: 2017-07-07 21:08:20 »
os norticos tem igualdade e nos salarios porque no resto tem la montes milionarios  donos de empresas

portugal com salario minimo quase igual salario medio nacional esta ficar igual

Mas os milionários com uma cultura de igualdade não são arrogantes. Olha o dono do Ikea.

Curiosamente não defendo salário mínimo igual ao médio, isso desincentiva a competitividade benigna. Todos devemos ter a educação que nos permita ser competitivos e fazer por isso. Agora quem por algum motivo não conseguir, saúde, menor capacidade, não se pode tolerar que seja banal deixá-lo para trás, acusá-lo de preguiçoso, e dar-lhe uma côdea para matar a fome. É esta mentalidade que hoje existe e que tem de ser mudada.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #14292 em: 2017-07-07 21:14:51 »
lol,  escolheste mau exemplo   :D

esse foi nazista, financiou os comunistas polacos e agora mudou nacionalidade suiça  8)   

alem disso ele ganhou foi tirar produçao fora  sueçia.... para polonia comunista... dos baixos salarios..

Nos princípios dos anos 60 a IKEA angariou muitos inimigos: os produtores suecos de móveis procuram liquidar este novo competidor. Os fornecedores foram intimidados: se não boicotassem a IKEA seriam boicotados. Boicotada pelos fornecedores, a IKEA apesar de ter muitos clientes, não conseguia satisfazer à procura. Em 1961, coincidentemente, a associação de produtores de móveis da Polônia procurava parceiros com anúncios em jornais suecos. Em plena guerra Fria, os poloneses andavam a procura de quem lhes pagasse com moeda forte ao invés de com rublos soviéticos. Kamprad viu, nesta oportunidade, a solução dos seus problemas. Em 1961, voou a Varsóvia e fechou um acordo muito favorável aos seus interesses.

Assim, a Polónia tornou-se um dos maiores fornecedores de móveis da IKEA (actualmente é o segundo maior, depois da China). Os baixos salários poloneses tornaram os preços da IKEA ainda mais competitivos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ingvar_Kamprad

« Última modificação: 2017-07-07 21:34:13 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #14293 em: 2017-07-07 21:33:55 »
Na Holanda o nível de transferências directas é de tal ordem, que uma empregada doméstica tem um rendimento equivalente ao de um juiz. O juiz tem um vencimento superior mas depois a empregada tem um conjunto de benefícios do estado que somados ao salário iguala o vencimento do juiz. O juiz tem de pagar por aquilo que a empregada recebe gratuitamente.  E isso tem uma grande vantagem, faz com que não haja vassalagem, são todos considerados iguais, a empregada, querendo, pode adquirir um automóvel igual ao do juiz e viver numa casa igual à do juiz.
Eu não percebi se achas isso bom ou mau mas eu acho este exemplo bastante nefasto. Qual é o incentivo para alguém perder uns 4/5 anos a estudar direito, ganhar experiência e depois estudar mais 2 ou 3 (não sei quanto é para ser juiz) se, no final, vai ganhar o mesmo (ou quase) que uma empregada doméstica que não teve de se esforçar (a estudar) ?

Não estou a desvalorizar o trabalho de empregada doméstica. É duro e desagradável. Estou é a questionar o facto de não precisar de se esforçar para se qualificar e, no final, ter um rendimento igual, não porque o mercado o pague, mas sim porque retiram compulsivamente dinheiro ao patrão.

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Re: Portugal falido
« Responder #14294 em: 2017-07-07 21:45:20 »
A primeira vista

Meteram estado social financiar trabalho na Hollanda

sempre e um progresso  em relaçao americanos que o dao  a troco de nada sem fazer nada para outros,  mas secalhar foram e longe demais como diz Automek

mas tambem tem austuridades destas na cultura deles
Ter carro na Holanda é muito caro. O equivalente ao IUC é calculado ao peso e custa aproximadamente em média quatro vezes mais que em Portugal. Vêm-se muito poucos jipes e todo-o-terrenos, pois têm um IUC muito caro, fazendo com que sejam mais eficientes na mobilidade. A gasolina é das mais caras da Europa, estacionar no centro da cidade ou em parques custa cerca de 5€ por hora, os seguros são caríssimos assim como as manutenções e reparações. Interessante notar, atestando aqui mais uma vez a questão cultural, que empiricamente são os emigrantes e seus descendentes que optam muito mais pela utilização do automóvel, mesmo apesar de terem rendimentos muitas vezes mais baixos, sendo que a maioria dos holandeses usa a bicicleta, e usa-a apenas como uma ferramenta prática, barata e segura de mobilidade quotidiana.
« Última modificação: 2017-07-07 22:01:21 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #14295 em: 2017-07-07 22:58:25 »
Na Holanda o nível de transferências directas é de tal ordem, que uma empregada doméstica tem um rendimento equivalente ao de um juiz. O juiz tem um vencimento superior mas depois a empregada tem um conjunto de benefícios do estado que somados ao salário iguala o vencimento do juiz. O juiz tem de pagar por aquilo que a empregada recebe gratuitamente.  E isso tem uma grande vantagem, faz com que não haja vassalagem, são todos considerados iguais, a empregada, querendo, pode adquirir um automóvel igual ao do juiz e viver numa casa igual à do juiz.
Eu não percebi se achas isso bom ou mau mas eu acho este exemplo bastante nefasto. Qual é o incentivo para alguém perder uns 4/5 anos a estudar direito, ganhar experiência e depois estudar mais 2 ou 3 (não sei quanto é para ser juiz) se, no final, vai ganhar o mesmo (ou quase) que uma empregada doméstica que não teve de se esforçar (a estudar) ?

Não estou a desvalorizar o trabalho de empregada doméstica. É duro e desagradável. Estou é a questionar o facto de não precisar de se esforçar para se qualificar e, no final, ter um rendimento igual, não porque o mercado o pague, mas sim porque retiram compulsivamente dinheiro ao patrão.

O teu raciocínio está viciado. Nem todos têm vocação para se qualificar, para serem juízes, empresários, têm outros dons, outras vocações, outras capacidades. E têm o direito de viver com a mesma dignidade, pois trabalham e esforçam-se tanto ou mais que o juiz. Depois o vencimento do juiz não é determinado pelo mercado, é decretado pelo Estado. Por que razão há-de ser o mercado a determinar o salário da empregada doméstica tornando a sua vida indigna perante a do juíz?

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Re: Portugal falido
« Responder #14296 em: 2017-07-07 23:01:10 »
maioria das pessoas fazem trabalhos que nao gostam

por vocaçao devem ser minoria

Em italia ser juiz sem ser corrupto normalmente acabam  mortos  especialmente no sul

se for ganhar mesmo mais vale profissao mais pacifica e com menos stress para os honestos!
« Última modificação: 2017-07-07 23:18:42 por Reg »
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O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.

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Re: Portugal falido
« Responder #14297 em: 2017-07-07 23:48:46 »

 Nem todos têm vocação para se qualificar, para serem juízes, empresários, têm outros dons, outras vocações, outras capacidades. E têm o direito de viver com a mesma dignidade, pois trabalham e esforçam-se tanto ou mais que o juiz. Depois o vencimento do juiz não é determinado pelo mercado, é decretado pelo Estado. Por que razão há-de ser o mercado a determinar o salário da empregada doméstica tornando a sua vida indigna perante a do juíz?


Que absurdo! Tens noção do que escreveste???

Primeiro, pode-se viver com menos dinheiro, mas com dignidade.

Segundo, o que cada um recebe não deve depender do esforço, mas sim dos resultado do esforço. Se alguém consegue produzir mais e melhor com menos esforço merece mais.

Terceiro, o que poderias dizer é que deveria ser o mercado a determinar o ordenado do juiz e não o contrário. Isto é, o estado pagaria aos juízes o suficiente para conseguir atrair candidatos à magistratura com os requisitos necessários.

Quarto: quando dizes que alguém tem direito a receber alguma coisa estás a dizer que outros têm o dever que abdicar de grande parte do fruto do seu esforço, do seu tempo, da sua vida para lhes entregar esse "direito" de mão beijada.

Quinto: claro que nem todos têm capacidade ou vocação para ser juiz. Mas se baixares o remuneração de juiz (ou de médico, ou de engenheiro), alguns com essa capacidade vão preferir fazer outras coisas que permitam ter maior "qualidade de vida" e tempo livre. E vais perder bons engenheiros.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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Re: Portugal falido
« Responder #14298 em: 2017-07-07 23:54:03 »

Se a maioria é PME sem grandes exigências contabilísticas não é legitimo usar esses dados para elaborar estatísticas rebuscadas. Há quem defenda que o PIB não é uma boa medida da criação de riqueza porque há muita economia paralela que lhe escapa, seria mais realista usar o volume de contentores movimentados nos portos, pois as transacções da economia paralela também passam necessariamente por lá.

Pela mesma ordem de ideias, para aferir o valor acrescentado bruto das PME não se deveria olhar para as contas, para o facturado, devia usar-se como indicador o parque automóvel dos proprietários da empresa (estando em Portugal julgo que já bastava).

Vamos lá deixar as desculpas que não há margem para subir salários, e pensar em criar empresas à séria, que criem valor, que criem riqueza. A incompetência é a mãe de todas as desculpas.

Aqui tens razão: os lucros das PME são sub-declarados.
Claro que, a ser assim, elas criam algum valor e riqueza (= parque automóvel). Podes não gostar dessa riqueza, mas pelos vistos é a riqueza que a maioria dos empresários aprecia (e que os trabalhadores, se pudessem, também quereriam).
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Re: Portugal falido
« Responder #14299 em: 2017-07-07 23:57:11 »

Se a maioria é PME sem grandes exigências contabilísticas não é legitimo usar esses dados para elaborar estatísticas rebuscadas. Há quem defenda que o PIB não é uma boa medida da criação de riqueza porque há muita economia paralela que lhe escapa, seria mais realista usar o volume de contentores movimentados nos portos, pois as transacções da economia paralela também passam necessariamente por lá.

Pela mesma ordem de ideias, para aferir o valor acrescentado bruto das PME não se deveria olhar para as contas, para o facturado, devia usar-se como indicador o parque automóvel dos proprietários da empresa (estando em Portugal julgo que já bastava).

Vamos lá deixar as desculpas que não há margem para subir salários, e pensar em criar empresas à séria, que criem valor, que criem riqueza. A incompetência é a mãe de todas as desculpas.

Aqui tens razão: os lucros das PME são sub-declarados.
Claro que, a ser assim, elas criam algum valor e riqueza (= parque automóvel). Podes não gostar dessa riqueza, mas pelos vistos é a riqueza que a maioria dos empresários aprecia (e que os trabalhadores, se pudessem, também quereriam).

E cultural gostam Carros
« Última modificação: 2017-07-07 23:59:06 por Reg »
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O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.