[ ] Porque o mercado é isso: as outras pessoas a exercerem a sua liberdade. [ ]
Esse é um exercício condicionado, - logo, limitado -,
ao que o mercado oferece. Ora, o mercado tende
a oferecer o que é mais procurado. Daí, o que
muito valha, mas poucos o queiram,
não há, porque o mercado
não tem.
Falso problema por uma série de razões. Desde o facto de que todas as opções são sempre condicionadas por algo, até ao facto de o mercado ter uma diversidade incrível de ofertas sempre em permanente expansão. Para algo não estar disponível, isso só acontece quando não faz sentido produzi-lo, pela perspectiva do produtor. Ora, nesse caso:
* Ou aqueles que desejam a coisa a produzem ou suportam.
* Ou decidem pagar mais por ela até ao ponto que se torne viável produzi-la.
* Se NÃO decidem pagar mais por ela, então isso apenas significa que as suas proclamações de valor da dita coisa são ocas, porque o valor de algo é aquilo que estamos dispostos a prescindir para obter ou manter o algo. Se não se quer prescindir de "mais" para ter esse algo, significa que não se o valoriza "como se diz".
Sem dúvida, é uma observação lógica. Mas justamente, é o que digo.
As pessoas têm mesmo de produzir e autoconsumir o que
ninguém lhes dá, mas gostam, precisam, querem.
E apenas quando tais actuações minoritárias
começam a ganhar alguns adeptos,
é que os vendedores desatam
a produzi-las nalguma
escala, sobretudo
vendendo 'gato
por lebre';
até o dia, em que se proclama
que o 'rei vai nu' e cessa
de pagar-se pelo
que nada vale.