O Estado deve apoiar instituições relevantes a nível cultural, como é o caso da Fundação Serralves, e garantir a sua independência de curadoria. É o que eu acho e a meu ver, o que a maioria das pessoas acha.
Está-se mesmo a ver que esses curadores são uns sábios, escolhidos imparcialmente e representando todo um leque de ideologias. E muitos deles até devem ser artistas bem prestigiados, no passado vencedores de muitos concursos para distribuição de subsídios públicos.
Verdadeiros oráculos de Delfos.
Não sei onde queres chegar com isso do leque de ideologias, mas o João Ribas, curador de Serralves na altura dessa polémica exposição e que acabou por levá-lo a demitir-se por restrições colocadas à entrada nas salas contra a sua vontade, é de certeza um perigoso esquerdista leninista das jotinhas, colocado pela geringonça em Serralves, com um programa político óbvio. Ora vejamos, vindo do jornal que vocês adoram para não haver dúvidas:
"Em 2006, era descrito pelo New York Times como “jovem crítico”, a propósito de uma exposição que organizou na galeria Bellwether. Em 2009, os adjetivos subiam de tom e o centro de artes visuais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) destacava a “alta qualidade” do trabalho de “Mr. Ribas”. Filho de emigrantes minhotos, João Ribas foi viver para em Nova Iorque aos nove anos de idade. “É uma história muito comum, a emigração de portugueses para os EUA, e vejo esta experiência de forma bastante positiva”, recorda, em conversa com o Observador. Vista de fora, a ascensão do bracarense João Ribas tem a marca da raridade. Formou-se em Estudos Culturais e Filosofia, na New School for Social Research, em Nova Iorque – instituição a cuja história se ligam nomes como os de John Dewey, Bertrand Russell ou Claude Lévi-Strauss. Começou por estagiar no MoMA PS1, centro de arte experimental contemporânea, integrado no museu de arte moderna de Nova Iorque, e na mesma cidade tornou-se curador do Drawing Center (2007-2009). Depois transferiu-se para o MIT List Visual Arts Center, em Massachussets (2009-2014). Chega a diretor de Serralves na sequência de um concurso internacional promovido pela Fundação de Serralves, casa-mãe daquele que é considerado o mais importante museu português de arte contemporânea. Foi escolhido por unanimidade, entre candidatos de todo o mundo."
Entretanto apenas gostava de saber, por curiosidade, que arte é que vocês, com o vosso dinheiro e em forma de mecenas, apoiariam? Seria nenhuma? O vosso ideal de mundo é um sem arte? Ou financiariam alguma, visto que defendem que cada cidadão deveria financiar o que gosta?