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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3509322 vezes)

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18020 em: 2019-03-24 18:00:10 »
Portanto o problema é a existência de qualquer subsídio à cultura (pelo menos escapa o património) e não a impossibilidade de canalizar o dinheiro dos impostos individuais para as instituições pelas quais se têm mais apreço. Isso do financiamento ir para coisas chocantes, das crianças cancerosas, escolas a caír é paleio demagógico (um bocadinho para o trivial por sinal).
Tu tens conhecimento (se não tinhas passaste a ter) que:
a) vão 350M para a cultura (excluindo o património)
b) há carências diversas na educação e na saúde, algumas delas graves tais como falta de verbas para corações artificiais, obras no liceu camões, etc., que se resolviam com bem menos do que esses 350M.

Perante isto podias defender que se gastasse menos na cultura e se desse a estas áreas.

Ou então, que é o que defendes, que se aguentem estas carências para que a cultura não fiquem sem financiamento.

Eu compreendo que nunca tenhas sido confrontado nas opções que defendes mas aqui há pessoas que sabem que os orçamentos ilimitados, à la Costa em campanha eleitoral, não existem. Perante escolhas há quem preferisse escolher pela saúde e educação e não pela cultura. Se a tua opção é contrária, só tens de assumir isso sem te sentir melindrado.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18021 em: 2019-03-24 18:09:36 »
Não tenho nada contra, nem vai mudar nada. Vcs não querem é que vá o quer que seja para a cultura, não venham com essa conversa da escolha.
Se na declaração de IRS houver duas opções: indicar as instituições culturais para onde deve ser canalizada percentagem de IRS dedicada à cultura e uma segunda opção deixam isso para decisão nos organismos apropriados, os únicos que iriam optar pela primeira opção são aqueles qua atualmente são grandes consumidores de cultura.
Esses últimos que vão regularmente a concertos, cinema, exposições vêem programas culturais  etc, já teriam opinião formada acerca da qualidade ou falata de qualidade da companhia de teatro X ou do grupo que tenta recriar a música lusitana e iriam explicitamente as preferências.
No vosso caso ou tem um familiar nalguma entidade cultural ou quando virem que não vão poupar nada no IRS e ainda por cima tem de arranjar NIF da instituição preferida, preguiça vem ao de cima e clcam na segunda opção :-=)
E mesmo essa do familiar também tenho dúvidas. Ja devm terem insultado tanto o homem (ou mulher) nas reuniões familiares da épocas festiva acusando-o de dilapadar o dinheiro dos contribuites para fazer porcarias, que cada um já só vai ás festas de família se não tiver lá o outro  :D
E o cidadão médio seja ela pseudo-liberal comunista,  branco ou preto vai proceder da mesma forma.


Introduza-se lá esse direito de opção, mas comecem a pensar já noutros argumentos para mudar o que vai continuar na mesma  ;D
Porque é que limitas o processo ao IRS ? Um cheque cultura, como noutros países, é muito mais directo consumidor - produtor e mais susceptível de envolver a pessoa na escolha de ir ao teatro, gastar num livro ou ir a um museu, do que ter de escolher em abstracto, numa modelo 3, para onde canalizar o dinheiro.

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #18022 em: 2019-03-24 19:50:55 »

...Vocês diriam-me que iriam ao cinema. Mas que filmes iam ver? Alguém teria que escolher os que vocês poderiam ver, ou seja, quais estão em exibição (neste caso os donos dos cinemas). Com base em quê? Nos gostos de quem faz essa escolha? Afinal há sempre alguém a escolher, que não o pagador. Ou iriam ao teatro? Ver que peça? Alguma que esteja disponível, ou seja, alguma que alguém tenha gostado (neste caso os donos dos teatros) e consequentemente contratado actores, encenador, alugado um espaço (se não fosse dono de um teatro mas lhe apetecesse estoirar dinheiro nisso) e posto em exibição....

---
Tive o propósito de deixar de fora a literatura e a música. A literatura é a forma de produzir arte mais "fácil" que existe. Apenas é preciso talento, claro, e papel e caneta, ou um computador. Há inúmeras editoras (privadas) e são publicados e distribuídos montes de livros, e mesmo apoios como prémios literários há aos montes. Digamos que é uma forma de arte que dispensa uma infraestrutura pesada, como um museu, um teatro ou uma galeria. ...

Mas porque é que tem que ser o estado a escolher? O estado pode apoiar os filmes e as peças que as pessoas quiserem ver.  Que tal dar uns cheques-cultura aos jovens para eles verem o que quiserem.?

Mesmo na literatura, o estado já chegou a atribuir bolsas para que "escritores" produzissem o seu primeiro romance!!!
« Última modificação: 2019-03-24 20:03:34 por D. Antunes »
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #18023 em: 2019-03-24 20:06:37 »
Robaz, o teu post é longo. Tem de ser por partes.

1. Que cultura apoio? Não sei responder porque, na verdade, não sei qual o teu conceito de cultura (que seguramente é diferente de outras pessoas devido à subjectividade). Tu ainda não respondeste, nem ao Antunes, nem a mim.
Exposição de lego é cultura ? espectaculo de magia é cultura ? A comic con é cultura ? o teatro é cultura ? E a revista ? E o  La feria ? Que tipo de filmes é que são cultura e quais é que não são ?

Penso que conseguiríamos uma discussão mais focada eprodutiva se se começasse por responder às questões básicas que coloquei:

Uma questão relevante é: qual o objectivo da cultura? O que se pretende com ela?
Outra questão: qual a melhor maneira de atingir esse objectivo?

O meu comentário inicial:
Tenho grandes dúvidas que seja possível definir objectivos que maioritariamente não sejam controversos.
E penso que não existem estudos científicos que mostrem qual o melhor caminho cultural (a financiar) para atingir esses objectivos.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
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Warren Buffett

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René Descartes

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #18024 em: 2019-03-24 20:07:01 »
Há um aspecto radical na matéria da cultura e do estado.
Toda a inserção do homem na natureza é cultura.

Mesmo sem estado, há comunidade, desde logo,
cultura. Estado surge quando a comunidade
convém em ser governada por quem a
dirige e a quem obedece. Aí, apoiar
uma em vez de outra forma
de cultura, é opção
soberana, com
agrado ou desagrado
da comunidade.

É sempre vantajoso ter um soberano
de cidadãos em vez de um de cidadões;
e melhor ainda, um soberano que
repudie abortos gráficos.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18025 em: 2019-03-24 22:21:05 »
Robaz, o teu post é longo. Tem de ser por partes.

1. Que cultura apoio? Não sei responder porque, na verdade, não sei qual o teu conceito de cultura (que seguramente é diferente de outras pessoas devido à subjectividade). Tu ainda não respondeste, nem ao Antunes, nem a mim.
Exposição de lego é cultura ? espectaculo de magia é cultura ? A comic con é cultura ? o teatro é cultura ? E a revista ? E o  La feria ? Que tipo de filmes é que são cultura e quais é que não são ?

No contexto em que estamos a discutir, o meu objectivo é saber mesmo isso. O que é que vocês apoiavam como cultura. Portanto essa definição cabe-te a ti. Se achas uma exposição de lego cultura, diz: "gastava os meus 35€ a comprar uma caixa de lego e a fazer uma escultura de lego em casa e abria a casa a visitantes, aos quais cobrava um bilhete porque sou capitalista e nada é de borla. Era esta a minha contribuição para a cultura.". Por exemplo. Gostava mesmo de saber.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18026 em: 2019-03-24 22:25:30 »
eu gostava e que deixasses os outros decidir onde torrar $$$~

e depois vias estatisticas do consumo


« Última modificação: 2019-03-24 22:29:08 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18027 em: 2019-03-24 22:28:25 »
2. Que oferta haveria? Haveria aquela para a qual há procura. Se estamos a falar de entidades na área da cultura, estas saberão o que oferecer para captar o seu público. Se houver procura pelas fotos do Mapplethorpe, então elas lá estarão. Se não houver, estará lá outra coisa qualquer também cultural.
Seria, claro, uma mudança no modus operandis: ter de oferecer a cultura que as pessoas pretendem consumir.

E como é que sabes que cultura as pessoas querem consumir? Farias estudos de mercado? Com inquéritos porta-a-porta? E depois disso, que preço cobravas de bilhete? Em que espaço?

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18028 em: 2019-03-24 22:29:09 »
eu gostava e que deixasses os outros decidir

Gostava de saber que exposição ou filme te obrigaram a ver. Que argumento mais estúpido, dass.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18029 em: 2019-03-24 22:30:02 »
se queres saber era ver estatisticas do consumo

pronto ja sabias onde
« Última modificação: 2019-03-24 22:31:36 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18030 em: 2019-03-24 22:30:54 »
3. Serralves é motivo de orgulho nacional. Esta afirmação parece aquela dos governantes "os portugueses estão contentes", "os portugueses ficaram satisfeitos", etc.

"Os portugueses" é um conjunto de 10M de pessoas INDIVIDUAIS, com preferências, ambições, visões diferentes.

Porque é que deverá ser motivo de orgulho nacional ? Nunca te ocorreu que há por esse país fora pessoas que nem sequer sabem o que é Serralves. Que se estão nas tintas para Serralves ? Que não têm interesse por exposições ?
Até no futebol, que é muito mais abrangente, conheço pessoas que estão-se nas tintas para a selecção, quanto mais uma entidade cultural.
Não devias generalizar dessa forma para justificar um gasto público (senão, se é pelo orgulho nacional, então a selecção nacional de futebol é a entidade que mais dinheiro vai receber, de longe).

Pronto, então para ti não existem orgulhos nacionais nenhuns, pois não encontrarás NADA em que os 10 milhões concordem que seja orgulho nacional. Tudo é abstracto. Tudo é subjectivo. Boa.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18031 em: 2019-03-24 22:32:10 »
se queres saber era ver estatisticas do consumo

As estatísticas do consumo estão condicionadas à partida pela oferta.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18032 em: 2019-03-24 22:33:40 »
ja nem vale pena falar

tu simplesmente es comuna dos gostos


deves pensar todos tem mesmos gostos   isso e Fe igualdade dos gostos  :D


epa da cartão e ja sabes onde gastaram  tipo  supermercados
« Última modificação: 2019-03-24 22:34:42 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18033 em: 2019-03-24 22:38:33 »
Citar
4. Nunca fui ver uma peça de ballet, mas quero que ele exista, que se mantenha a cultura, que seja preservada e apoiada pelos meus impostos. Quero a diversidade, e o desenvolvimento de massa crítica, é isso que faz o Mundo andar para a frente. E se para isso é preciso pagar mais 1% de impostos, por mim tudo bem, e não aceito que me condenem moralmente por isso.
Tens de aceitar ser condenado moralmente porque defendes o financiamento via impostos. Os impostos são compulsivos e são retirados ao produto do trabalho de alguém. É uma coercção. E além de coerção, nem permites sequer que as pessoas façam a escolha dentro do orçamento cultural.

Se não queres ser condenado moralmente bastaria defender que não deve haver apoio compulsivo à cultura mas que tu irás entregar o teu dinheiro ao ballet (e a outras coisas que julgues importante). Ou, "do mal o menos" que as pesssoas tenham direito a um sistema de cheque cultura para poderem escolher.

Se tu estiveres certo quanto à importância da cultura (tu até já disseste que achas que a maioria pensa como tu), então todas as pessoas irão apoiar o ballet e o resto das coisas que existem hoje. Não haveria qualquer alteração do resultado final.

Sim, defendo que um Estado soberano deve cobrar impostos para garantir oferta cultural diversificada à população (de entre outras muitas coisas). Portanto, se tu vês os impostos como um roubo é lá contigo, por isso é que és neo-liberal. Eu não sou. Sou social-democrata (visto da Europa) ou liberal (visto da America), portanto defendo impostos sim. Os países nórdicos, meu modelo de sociedade e de Estado, cobra bastantes impostos. Nunca critiquei isso. O que não aceito é que ponham em causa a minha boa moral por defender isso. Depois, as pessoas contribuem uma parte para um bolo global que é distribuído por toda uma panóplia de cultura. Para além disso, têm total opção de escolha e pagam o que quiserem consumir. Se vais ao teatro, pagas bilhete. Se vais ver o Mapplethorpe, pagas bilhete. Se vais á cinemateca, pagas bilhete. Se fores ao ballet, pagas bilhete. Se fores ao museu, a não ser aos domingos e tal, pagas bilhete. És livre de escolher o que quiseres, porque a primeira contribuição geral que todos fizemos permite que haja essa oferta diversificada, permite que tenhas a verdadeira liberdade de escolha, que não aconteceria se apenas te fosse possível pagar bilhete para ver o homem-aranha no cinema ou ir ao rock-in-rio, pegando em exemplos anteriores. Assim, tens mais escolha, todos temos mais escolha, mais liberdade.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18034 em: 2019-03-24 22:40:14 »
ja nem vale pena falar

tu simplesmente es comuna dos gostos


deves pensar todos tem mesmos gostos   isso e Fe igualdade dos gostos  :D


epa da cartão e ja sabes onde gastaram  tipo  supermercados

what? pelo contrário, eu quero que haja diversidade na oferta cultural, exactamente por pensar que nem todos gostam de batata frita.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18035 em: 2019-03-24 22:44:59 »
ja existe sem estado


so for por visão  cultura e entretenimento    o que não falta e isso todos gostos  pelo mundo todo

« Última modificação: 2019-03-24 22:52:04 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18036 em: 2019-03-24 22:50:05 »
Robaz, o teu post é longo. Tem de ser por partes.

1. Que cultura apoio? Não sei responder porque, na verdade, não sei qual o teu conceito de cultura (que seguramente é diferente de outras pessoas devido à subjectividade). Tu ainda não respondeste, nem ao Antunes, nem a mim.
Exposição de lego é cultura ? espectaculo de magia é cultura ? A comic con é cultura ? o teatro é cultura ? E a revista ? E o  La feria ? Que tipo de filmes é que são cultura e quais é que não são ?

Penso que conseguiríamos uma discussão mais focada eprodutiva se se começasse por responder às questões básicas que coloquei:

Uma questão relevante é: qual o objectivo da cultura? O que se pretende com ela?
Outra questão: qual a melhor maneira de atingir esse objectivo?

O meu comentário inicial:
Tenho grandes dúvidas que seja possível definir objectivos que maioritariamente não sejam controversos.
E penso que não existem estudos científicos que mostrem qual o melhor caminho cultural (a financiar) para atingir esses objectivos.

Objectivo da cultura: É difícil descrever por poucas palavras, mas diria que é algo que faça pensar, que leve à reflexão, sobre o que se passa no Mundo.

Melhor maneira de atingir isso: produzir cultura que, com as ferramentas próprias, desperte esse instituto de reflexão, nos faça pensar. Quem estuda a área, quem vive e trabalha em cultura, saberá melhor que eu e por isso é que confio neles para garantirem a oferta mais diversificada e rica possível. Já percebi que muitos acham-se entendidos em tudo e com o seu grau de individualismo máximo acham que sabem o que é melhor para si próprios a todos os níveis, nem sei como não foram professores deles próprios, como não são médicos deles próprios, como não projectam e constroem eles a própria casa e montam os seus próprios carros. Eu, no entanto, apesar de ser uma área pela qual me interesso, sei que há muito boa gente que sabe de cultura muito mais que eu e que devem ser eles a definir a melhor oferta possível que me podem proporcionar. Mais uma vez dou como exemplo o João Ribas.

JohnyRobaz

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Re: Portugal falido
« Responder #18037 em: 2019-03-24 22:50:55 »
ja existe sem estado

reality shows e telenovelas. Que diversidade!

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18038 em: 2019-03-24 22:53:35 »
ja existe sem estado

reality shows e telenovelas. Que diversidade!

 vamos fazer conta cultura e entretenimento  as tv ja tem pouca audiençia  por isso não e ai pessoas se estão entreter
com "cultura"

audiencias disso devem ser volta 500 000  pessoas penso eu

falta o resto 9.5  milhoes pessoas não sabes
« Última modificação: 2019-03-24 22:58:12 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

O problema dos comunistas, de tão supostamente empenhados que estão em ajudar as pessoas, é que deixam de acreditar que elas realmente existem.

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Re: Portugal falido
« Responder #18039 em: 2019-03-24 23:08:19 »
2. Que oferta haveria? Haveria aquela para a qual há procura. Se estamos a falar de entidades na área da cultura, estas saberão o que oferecer para captar o seu público. Se houver procura pelas fotos do Mapplethorpe, então elas lá estarão. Se não houver, estará lá outra coisa qualquer também cultural.
Seria, claro, uma mudança no modus operandis: ter de oferecer a cultura que as pessoas pretendem consumir.

E como é que sabes que cultura as pessoas querem consumir? Farias estudos de mercado? Com inquéritos porta-a-porta? E depois disso, que preço cobravas de bilhete? Em que espaço?
A NOS está na área das telecomunicações e decide apresentar serviços que os clientes possam querer comprar/consumir. Como é que faz, não sei. Eles lá saberão. O preço que cobram pelo serviço e a forma do disponibilizar idem.

Serralves está na área da cultura e decidiria apresentar serviços culturais que os clientes possam querer comprar/consumir. Como é que faz, não sei. Eles lá saberão. Já o fazem hoje. O preço que cobram e o espaço em que o apresentam, idem.