O povo é o soberano. Mesmo nas monarquias, particularmente na nossa, desde sempre, os monarcas, ainda que não eleitos, não eram uma pura emanação da Nobreza nem do Clero. E dependiam justamente do povo para se oporem, se necessário às outras duas classes. Platão era aristocrata. Para ele, era claro que o governo tinha de pertencer aos melhores, precisamente os que sabiam, não os ignorantes. É facto, que o exercício do mando requer mais aptidões do que apenas o <saber-saber>. Mas um bom governo nunca deve distanciar-se dos que sabem e compreendem, dos sábios e dos amigos dos sábios. Isto não é 'nepotismo' nenhum! Pode ser elitismo. Mas é-o distanciado do mero interesse corporativo de monopolistas e sindicatos, e assenta na dignidade central da pessoa humana, assistida pela sua maior aptidão, a razão, a razoabilidade, a justiça, ordem cultural que civilizacionalmente sabemos opor, impor, sobrepor, mas fundamentalmente aliar, conjugar à natureza, à qual nada se subtrai pois tudo lhe obedece, sem prejuízo de, conhecendo-a, melhor nos capacitarmos a dela beneficiarmos. (Tudo o mais são tretas, televisão, locutores, 'felicidade' irradiada por multimédia, futebol, telemóveis e filmes com pipocas, lol)