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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3506193 vezes)

hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #3020 em: 2013-05-11 14:27:51 »
os banqueiros sao todos ladroes, vivem da falta de concorrencia, das bolhas que criam, de saberem esconder o risco e o transferirem para a sociedade e de grandes negocios imorais com o estado, eu nao tenho pena nenhuma que cortem pensoes que so existem a custa da sua free option para fornicar o resto do pais

nao eh por acaso que os ordenados e bonus na banca sempre foram altissimos em relacao a posicoes equivalentes fora da banca, qq nabo ganha la bem e tem uma pensao altissima as custas de roubar o pais mesmo que nao o entenda e nao participe nisso diretamente

qual eh o banco que agora nao esta na mama do estado e nao anda a esconder o seu buraco com a conivencia do regulador atraves de expedientes com fundos de private equity e outros que aqui ja referi?

Sem duvida alguma.
De forma indirecta, eu é que pago as pensões milionárias, desses banqueiros corruptos, que mais não fazem que se alimentar da teta do estado.

Não deixa de ser irónico tamanho queixume de César viver às vossas custas, quando de livre e expontânea vontade e ao mesmo tempo poupam na moeda de César [i.e. crédito]. Vejam lá se caem na real, pois são necessários dois para se dançar um tango.
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #3021 em: 2013-05-11 14:57:30 »
isto para ja nao falar da aldrabice que a transferencia do fundos certamente foi e a prejuizo do estado, ou acham que os bancos nao cobraram o seu quinhao habitual ?
Disto é que já não estou certo Zel. Na altura disse-o e volto a dizer. A transferência pressupôs um determinado Valor Actual descontado por uma taxa de rentabilidade futura. Nesta taxa o estado pode perfeitamente ter sido enganado (eram 8%, salvo erro) mas, por outro lado, tem o poder de mudar as regras a meio do jogo. Facilmente inventa novas sobretaxas ou elimina definitivamente um subsidio ou outra coisa qualquer e torna aquilo que parecia mau num bom negócio. E nesse caso não é apenas para os Pinhais, Jardins e Cª. É também para o normal bancário, de uma simples agência bancária. Eu não me sentiria bem ao ver o estado a receber o meu fundo de pensões. O estado também não é pessoa de bem.

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #3022 em: 2013-05-11 14:57:55 »
isto para ja nao falar da aldrabice que a transferencia do fundos certamente foi e a prejuizo do estado, ou acham que os bancos nao cobraram o seu quinhao habitual ?

Com as medidas recentes e a recuperação dos activos que compunham os fundos, o mais provável é que o negócio em última análise tenha sido altamente positivo para o Estado. É claro que pouca diferença faz pois o ganho gasta-se rápido.
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dafuq

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Re: Portugal falido
« Responder #3023 em: 2013-05-11 15:18:48 »
Desde o inicio nunca percebi quais as linhas que determinaram esta passagem de fundos. Um fundo de pensoes privado passa para o estado, quais terão sido as contrapartidas? E o que levou a associaçao de bancos e outras entidades aceitarem isto? Foi uma proposta aceite ou uma imposição ? É que os bancos ja nesta fase estavam a par do que estava a acontecer em termos economicos e que o resultado passaria por austeridades etc. Entao o que os levou a aceitarem isto? Nao tiveram capacidade de previsão? Aceitaram apenas o facto que o acordo supostamente blindado iria continuar blindado mesmo que o mundo acabasse? E ainda por cima com um montante destes? ( nao me recordo bem quanto mas uns bilioes certamente)
Qual foi o factor ou a contrapartida?

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #3024 em: 2013-05-11 15:24:29 »
Desde o inicio nunca percebi quais as linhas que determinaram esta passagem de fundos. Um fundo de pensoes privado passa para o estado, quais terão sido as contrapartidas? E o que levou a associaçao de bancos e outras entidades aceitarem isto? Foi uma proposta aceite ou uma imposição ? É que os bancos ja nesta fase estavam a par do que estava a acontecer em termos economicos e que o resultado passaria por austeridades etc. Entao o que os levou a aceitarem isto? Nao tiveram capacidade de previsão? Aceitaram apenas o facto que o acordo supostamente blindado iria continuar blindado mesmo que o mundo acabasse? E ainda por cima com um montante destes? ( nao me recordo bem quanto mas uns bilioes certamente)
Qual foi o factor ou a contrapartida?

Para os bancos, estes livram-se de uma potencial liability futura. De algo que no mínimo lhes podia trazer chatices.

Já o Estado obtém os activos e trata-os como receita do momento (mas não contabiliza a liability futura de ter que continuar a pagar as pensões ... também por isso as reduz agora agressivamente).
« Última modificação: 2013-05-11 15:25:42 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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dafuq

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Re: Portugal falido
« Responder #3025 em: 2013-05-11 15:41:23 »
bem visto. Nao vi a coisa por esse prisma

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #3026 em: 2013-05-11 18:11:01 »
isto para ja nao falar da aldrabice que a transferencia do fundos certamente foi e a prejuizo do estado, ou acham que os bancos nao cobraram o seu quinhao habitual ?
Disto é que já não estou certo Zel. Na altura disse-o e volto a dizer. A transferência pressupôs um determinado Valor Actual descontado por uma taxa de rentabilidade futura. Nesta taxa o estado pode perfeitamente ter sido enganado (eram 8%, salvo erro) mas, por outro lado, tem o poder de mudar as regras a meio do jogo. Facilmente inventa novas sobretaxas ou elimina definitivamente um subsidio ou outra coisa qualquer e torna aquilo que parecia mau num bom negócio. E nesse caso não é apenas para os Pinhais, Jardins e Cª. É também para o normal bancário, de uma simples agência bancária. Eu não me sentiria bem ao ver o estado a receber o meu fundo de pensões. O estado também não é pessoa de bem.

simo estado tem o poder de mudar as regras a meio do jogo mas isso eh diferente de se poder dizer que as reformas foram devidamente aprovisionadas, se a taxa foi de 8% eh obvio que nao foram e que alguns dos cortes so por isso ja fazem sentido 
« Última modificação: 2013-05-11 18:12:53 por Zel »

Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #3027 em: 2013-05-11 21:22:45 »
os banqueiros sao todos ladroes, vivem da falta de concorrencia, das bolhas que criam, de saberem esconder o risco e o transferirem para a sociedade e de grandes negocios imorais com o estado, eu nao tenho pena nenhuma que cortem pensoes que so existem a custa da sua free option para fornicar o resto do pais

nao eh por acaso que os ordenados e bonus na banca sempre foram altissimos em relacao a posicoes equivalentes fora da banca, qq nabo ganha la bem e tem uma pensao altissima as custas de roubar o pais mesmo que nao o entenda e nao participe nisso diretamente

qual eh o banco que agora nao esta na mama do estado e nao anda a esconder o seu buraco com a conivencia do regulador atraves de expedientes com fundos de private equity e outros que aqui ja referi?

Concordo em linhas gerais, mas não é algo só dos banqueiros. É das utilities também, sobretudo num país como um nosso em que são ou monopólios, ou duopólios ou tripólios a agir em concerto. Toda essa gente não tem a mínima legitimidade moral para elogiar o liberalismo económico, pois para eles é sempre socialismo para ricos. É curioso que, para justificarem as perdas dos fracos e desfavorecidos, dizem que "foi o livre mercado" e logo estes têm que aceitar, está tudo bem. Hipocrisia.


kitano

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Re: Portugal falido
« Responder #3028 em: 2013-05-12 13:06:03 »
Desde o inicio nunca percebi quais as linhas que determinaram esta passagem de fundos. Um fundo de pensoes privado passa para o estado, quais terão sido as contrapartidas? E o que levou a associaçao de bancos e outras entidades aceitarem isto? Foi uma proposta aceite ou uma imposição ? É que os bancos ja nesta fase estavam a par do que estava a acontecer em termos economicos e que o resultado passaria por austeridades etc. Entao o que os levou a aceitarem isto? Nao tiveram capacidade de previsão? Aceitaram apenas o facto que o acordo supostamente blindado iria continuar blindado mesmo que o mundo acabasse? E ainda por cima com um montante destes? ( nao me recordo bem quanto mas uns bilioes certamente)
Qual foi o factor ou a contrapartida?

Para os bancos, estes livram-se de uma potencial liability futura. De algo que no mínimo lhes podia trazer chatices.

Já o Estado obtém os activos e trata-os como receita do momento (mas não contabiliza a liability futura de ter que continuar a pagar as pensões ... também por isso as reduz agora agressivamente).

Penso que também foi uma forma do estado aceitar utilizar o dinheiro da troika para recapitalizar os bancos.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #3029 em: 2013-05-12 15:44:07 »
Exportações continuam a definhar, importações reforçam colapso

As estatísticas ontem divulgadas pelo INE relativas ao comércio externo português reforçam as tendências recentes. No trimestre terminado em março, as exportações só marginalmente foram superiores a igual período do ano anterior (+0,3%) enquanto as importações reforçaram o seu colapso ao caírem 7,2% (tinham caída 6,1% no trimestre terminado em fevereiro face a igual período do ano anterior).

A taxa de cobertura das importações pelas exportações continuou a aumentar fixando-se nos 86,2%. O último mês (março) que entrou para as contas do trimestre reforçou as indicações negativas nas exportações justificadas pelo fraco desempenho junto dos países da União Europeia. O comércio extra-comunitário registou um aumento das exportações portugueses nesse mesmo mês. As importações registaram em março uma queda homóloga superior à média do trimestre (9,8%).

As exportações para fora da UE representaram 28,5% do total no trimestre terminado em março.

A manter-se esta evolução ao longo do ano, falharam as previsões para 2013 avançadas pela generalidade das instituições nacionais e internacionais.

http://economiafinancas.com/2013/exportacoes-continuam-a-definhar-importacoes-reforcam-colapso/
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Zel

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Re: Portugal falido
« Responder #3030 em: 2013-05-12 17:05:18 »
uma data de macacos super bem pagos e que falham sempre as suas previsoes


hermes

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Re: Portugal falido
« Responder #3031 em: 2013-05-12 17:57:25 »
Exportações continuam a definhar, importações reforçam colapso

As estatísticas ontem divulgadas pelo INE relativas ao comércio externo português reforçam as tendências recentes. No trimestre terminado em março, as exportações só marginalmente foram superiores a igual período do ano anterior (+0,3%) enquanto as importações reforçaram o seu colapso ao caírem 7,2% (tinham caída 6,1% no trimestre terminado em fevereiro face a igual período do ano anterior).

A taxa de cobertura das importações pelas exportações continuou a aumentar fixando-se nos 86,2%. O último mês (março) que entrou para as contas do trimestre reforçou as indicações negativas nas exportações justificadas pelo fraco desempenho junto dos países da União Europeia. O comércio extra-comunitário registou um aumento das exportações portugueses nesse mesmo mês. As importações registaram em março uma queda homóloga superior à média do trimestre (9,8%).

As exportações para fora da UE representaram 28,5% do total no trimestre terminado em março.

A manter-se esta evolução ao longo do ano, falharam as previsões para 2013 avançadas pela generalidade das instituições nacionais e internacionais.

http://economiafinancas.com/2013/exportacoes-continuam-a-definhar-importacoes-reforcam-colapso/


Será interessante ver a quantidade de ouro exportada bem como de produtos refinados do petróleo.
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valves1

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Re: Portugal falido
« Responder #3032 em: 2013-05-12 18:32:35 »
Boa tarde

Eu nao acredito muito em processos virtuosos de destruicao criativa mas no meio de numeros relativamente maus existe um dado que talvez seja positivo :
No primeiro trimestre de 2013 pela primeira vez em muitos trimestres o numero de empresas criadas suplantou o numero de empresas falidas
Que tipo de empresas estao a ser criadas ? E mais do mesmo ? Ou estamos a entrar numa nova era de transformacao em. Direccao a um  tecido industrial moderno para Portugal
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #3033 em: 2013-05-12 19:08:55 »
Os processos de destruição criativa são bons: trata-se de obter maior qualidade, menores custos, maior produtividade...

Em todo o caso a onda de novas empresas deve estar ligada tanto ao desemprego violento, como à fuga ao exagero de impostos.
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Re: Portugal falido
« Responder #3034 em: 2013-05-12 19:21:53 »
Agora é mesmo muito comum verem-se cães abandonados, ainda agora vi mais um já com ar esfomeado.
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jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #3035 em: 2013-05-12 19:33:33 »
Agora é mesmo muito comum verem-se cães abandonados, ainda agora vi mais um já com ar esfomeado.

Hoje também fiquei impressionado a ver algo que não via à muitos anos ... um velhote a remexer nos caixotes do lixo com um pau ... só me lembro de ver isto nos anos da fome aqui em Setúbal .
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Re: Portugal falido
« Responder #3036 em: 2013-05-12 20:04:20 »
normalmente sao alcoolicos ou parecido, nao costumam ser pessoas com fome


Kin2010

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Re: Portugal falido
« Responder #3037 em: 2013-05-12 20:14:34 »
Agora é mesmo muito comum verem-se cães abandonados, ainda agora vi mais um já com ar esfomeado.

Hoje também fiquei impressionado a ver algo que não via à muitos anos ... um velhote a remexer nos caixotes do lixo com um pau ... só me lembro de ver isto nos anos da fome aqui em Setúbal .

Conheço bem as zonas de Arroios, Alameda, e Anjos, em Lisboa, e essa cena é muito frequente e desde há 10 anos pelo menos.

valves1

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Re: Portugal falido
« Responder #3038 em: 2013-05-13 20:27:27 »
Boa tarde
Ainda em relacao ao numero de empresas criadas mais importante do que as motivacoes
Das pessoas que as criaram esta o tipo de empresas criadas.  Se estamos a falar de restaurantes ou cafes em breve o numero de empresas a fechar vai aumentar novamente seq  estamos a falar em engenheiros ou quimicos. Que querem testar produtos novos entao realmente poderemos estar a falar de boas noticias para a economia independentemente se o que motivou as pessoas a criar empregos foi ou nao uma situacao de desemprego
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jeab

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Re: Portugal falido
« Responder #3039 em: 2013-05-13 20:40:13 »
Depois do euro
Por Pedro Arroja
03-05-2013 (artigo publicado no Jornal "Vida Económica")

Finalmente, vai crescendo na opinião pública nacional e internacional o sentimento de que é impossível manter a Zona Euro, e até da conveniência dos países do sul da Europa, como Portugal, abandonarem o Euro. Neste artigo, pretendo dar resposta à questão de como será a estrutura da economia portuguesa fora do Euro. Em breve, a resposta é a de que Portugal voltará à sua estrutura económica tradicional, com um aumento substancial do peso da agricultura e da indústria no PIB, em detrimento dos serviços. A saída de Portugal da Zona Euro implicará que a moeda que vier a vigorar em Portugal se encontrará fortemente depreciada face ao Euro e às outras principais moedas internacionais, como o dólar e a libra. As importações serão, portanto, bastante caras, pelo que os produtos de primeira necessidade, como são os bens alimentares, voltarão a ser produzidos no país, e primariamente para o consumo interno. Agricultura, pescas e pecuária voltarão a ganhar importância económica no país e os excedentes serão exportados. Na indústria, será o regresso às indústrias tradicionais, como os têxteis, o mobiliário, o vestuário, o calçado, produzindo primariamente para abastecer o mercado interno e subsidiariamente para a exportação. As indústrias extractivas, que  possuem tradição em Portugal, também terão novo alento. O sector sacrificado, aquele que sofrerá a maior contracção, será o sector dos serviços, e o dos serviços financeiros em primeiro lugar. O sector bancário, em particular, vai ter de ser reconstruído de novo, e adaptado à nossa tradição. Tal significa bancos pequenos, de proximidade, e orientados para a comunidade local. Bancos portugueses grandes e internacionalizados praticamente desaparecerão da cena. Na realidade, a internacionalização da banca portuguesa foi um dos maiores fiascos das últimas décadas. No domínio das relações externas, o turismo voltará a ganhar proeminência como a principal indústria exportadora, beneficiando de uma moeda mais fraca que torna o país  um destino turístico mais barato. Portugal voltará a subir no ranking mundial dos países mais visitados por turistas, um ranking no qual tem vindo a cair por força do Euro que o torna actualmente um destino muito caro. A par do turismo, as indústrias tradicionais, incluindo a montagem de automóveis, serão as principais indústria exportadoras e  a grande fonte das receitas externas que permitirá ao país alimentar a  sua sede cultural de importações. As remessas dos emigrantes voltarão a ganhar proeminência como factor de equilíbrio das contas externas. O emprego voltará a crescer no país e os portugueses vão ser chamados de novo a fazer aquilo que sempre souberam fazer – pescas, agricultura, pecuária, indústria transformadora e extractiva, as diversas actividades ligadas ao turismo, como a hotelaria e a restauração, a juntar ao tradicional e pequeno comércio local. O Estado será mais pequeno e terá uma função orientadora na economia, e ao mesmo tempo reguladora. Terá com a economia e a sociedade uma relação mais distante ou retirada, e muito menos omnipresente do que aquela que tem actualmente. Desaparecerão milhares de pequenas regulamentações que actualmente entravam a iniciativa privada e os negócios. Portugal fora do Euro será, deste ponto de vista, uma economia muito mais liberal. As relações externas, quer no que respeita à balança de transacções correntes quer no que respeita à balança de capitais, serão vigiadas pelo Estado, dada a propensão da cultura portuguesa para incorrer défices comerciais que, não sendo controlados, invariavelmente arruínam o país. São de esperar restricções a certas importações, sobretudo através de direitos aduaneiros, e alguns controles sobre os movimentos de capitais. A saída do Euro implicará um certo fechamento ou proteccionismo da economia portuguesa, mas isso será geral para todos os países. A globalização tem os dias contados.
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